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“-Larry, são apenas tênis.”

Acabei de corrigir outra mácula: terminei de ler uma biografia daquele que é o maior velocista ao lado de Usain BoltJesse Owens. Tudo era precário na época que o velocista americano chegava para realizar sua mais famosa façanha, os 4 ouros olímpicos.

Ao desembarcarem de navio na Alemanha (onde ele evitava consumir pães e massas para não engordar, pois é…) Owens estava ainda sem sua nova sapatilha para competir.

Larry Snyder, seu treinador, estava preocupado, queria que o atleta a experimentasse o quanto antes.

Eu costumo dizer que uma das grandes diferenças entre os amadores médios e os que “chegam lá” é que estes sabem o que DE FATO importa no esporte. Com tão pouca tecnologia disponível seria de se pensar que uma sapatilha feita com couro de canguru (antes de serem proibidas) poderíamos imaginar que ela seria imprescindível para os feitos de Owens.

Mas Jesse sabia o que fazia dele Owens. Vendo a preocupação de seu treinador ele solta a frase:

Larry, são apenas tênis.

Se preocupa de mais com tênis quem sabe de menos desse esporte.

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“Correndo com os Etíopes” impresso… LANÇOU!!!

É com ENORME alegria que trago a vocês o resultado e o fruto de duas viagens incríveis que pude fazer a esse país incrível que é a Etiópia para aprender um pouco da cultura da corrida desse país que produziu alguns dos melhores corredores que o mundo já viu!

Tentei ao meu modo dar uma palhinha aqui a você leitor do Recorrido de como fiquei encantado e era surpreendido. A ideia tomou corpo e virou um livro.

Espero que gostem dele tanto quanto eu gostei de vivenciar o que agora é impresso em escrita.

Para adquiri-lo (na forma impressa) você pode comprá-lo clicando aqui.

p.s.: caso você prefira ler na versão digital você compra o e-book clicando aqui.

 

 

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“Correndo com os Etíopes” – LANÇAMENTO! (e-book)

É com enorme prazer que trago a vocês o resultado de duas viagens que mudaram completamente a maneira como eu enxergo a corrida! Falei já algumas vezes: fui à Etiópia esperando confirmar algumas (muitas?) de minhas teorias. E o que encontrei lá foi diferente e muito mais do que isso!

Atravessar um oceano e passar alguns dias longe de tudo (com pouca internet e pouco tempo para trabalhar à distância) não é para muitos. Então essa foi minha maneira de tentar dividir com vocês parte desse privilégio e do que aprendi por lá.

Sempre fui avesso à ideia de escrever um livro sobre corrida. Sim, este não é meu primeiro, então tentei agora ser menos professoral para explicar como um dos países mais pobres do mundo, até então sem tradição alguma em esportes olímpicos, adotou a corrida de longa distância e a dominou.

O que faz dos etíopes tão especiais, tão vitoriosos e vencedores? Como muitos já tentaram explicar, fui até lá, ver, sentir, vivenciar. Minha tarefa é nesse livro com as palavras tentar fazer dessa experiência algo também agradável a você.

Está convidado!

Vamos “rodar” comigo?

O livro Correndo com os Etíopes em versão digital (e-book) você encontra à venda aqui!

*mais informações sobre “Correndo com os Etíopes – O mergulho dentro da cultura da corrida do país que produziu alguns dos maiores corredores que o mundo já viuvocê encontra aqui.

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Livro novo na área?!? O VETERINÁRIO CLANDESTINO

É com enorme satisfação e alegria que venho até você, que compartilha muitas das minhas ideias, dizer que minha nova obra finalmente ganhou vida! Sou dono (ou como gostam de dizer, tutor) de duas cadelas.

Uma delas ficou obesa enquanto eu morava no exterior. Isso resultou em questionamentos, uma pós-graduação em Nutrição Animal e um livro que questiona tudo – absolutamente TUDO! – o que os especialistas acham que sabem sobre a silenciosa epidemia recente de obesidade em nossos amigos de 4 patas.

Em O Veterinário Clandestino faco questão de trazer estudos esquecidos, alguns escondidos, outros ignorados sobre como combater esse problema tão grave. Você irá se surpreender, eu te GARANTO!

Caso você queira saber mais, basta clicar e entrar no site do livro (e-book)!

http://www.oclandestino.com.br/veterinario

Muito obrigado!

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Análise: O que diferencia quem corre Boston da média?

Faz um tempinho que estava querendo escrever sobre um levantamento feito pela Runner´s World em cima de dados de usuários do Strava que diferenciariam os maratonistas que fazem a Maratona de Boston (que exige um tempo de qualificação), da média dos demais corredores. Para começar, não custa reforçar que essa necessidade de um índice por si só já diferencia os corredores de Boston dos demais, eles precisam ser mais rápidos que a média! E é justamente essa característica que pode dar uma luz a quem deseja ser assim como eles: mais velozes nos 42km.

A análise é do tipo observacional, limitada pois. Feita com as 12 semanas de treinamento anteriores à maratona e com mais de 30.000 pessoas, pode indicar teorias, não necessariamente apontar causas que fariam alguém correr mais rápido. Mas isso não tira nosso interesse!

Não sabemos de detalhes metodológicos, mas por mais pobres que fossem os dados, as primeiras conclusões são meio que óbvias e de fácil aceitação: quem corre Boston corre mais volume durante TODO o período de treinamento, mais quilômetros na semana de PICO de volume, e mais VEZES durante as semanas!

Outra das conclusões pertinentes ao treinamento também me parece bem óbvia: os maratonistas de Boston correm em média em ritmo mais veloz que os demais. Isso parece ser muito mais uma consequência, não uma causa do treinamento. Eles são mais velozes, treinam em ritmo mais rápido. Não à toa por já SEREM mais velozes, eles conseguem obter o índice. Ou seja, eles correm Boston porque já conseguem treinar mais forte, NÃO que por correr mais forte por um simples desejo consigam seu índice.

E aí chegamos a duas outras conclusões mais interessantes!

A primeira é que quem vai para Boston variaria mais suas velocidades de treino. É difícil ver isso nos números dados, então é mais uma questão de crença. Mas repare: os homens que fazem a Maratona de Boston fazem apenas 15% de seus treinos em velocidade mais veloz que a do índice. Já os não-classificados fazem 57% do volume acima de sua média em maratona! O comportamento das mulheres foi similar: 23% (Boston) vs 64%. É um pouco difícil comparar laranjas com bananas. Quando você compara alguém mais veloz com alguém mais lento, um denominador comum não deveria ser uma velocidade fixa. Mas não é essa a lição a se tirar! O que poucos enxergam aqui é: os melhores corredores, os mais velozes, se diferenciam não pela quantidade de quilômetros feitos em ritmo forte, mas em um volume total (muito) maior, e esses treinos “extras” são feitos em velocidades mais baixas! Leão “qualquer um” consegue ser 1 ou 2 vezes na semana, mas e ser um dedicado nos demais 5 dias?

E por fim uma discussão que torna o tom acalorado para muitos: os corredores de Boston, os mais velozes e mais dedicados, tiram e postam 30% menos selfies que os corredores mais lentos! Os mais dedicados parecem trabalhar em silêncio e de modo mais focado! O que é mais irônico é que os qualificados (acima da média) possuem o dobro de seguidores! Sinal esse que desempenho de certa forma é um chamariz de seguidores, além de abrir a possibilidade de que esses seguidores talvez tenham o efeito de nos motivar a treinar mais forte.

*o que escrevi acima não é muita novidade para quem acompanha este blog ou já leu o livro O Treinador Clandestino (e aqui em e-book). A diferença é que está rolando uma promoção relâmpago para adquirir ele e o livro O Nutricionista Clandestino impresso! Os 2 sem frete, ou seja, frete GRÁTIS, por apenas R$103! Como? Clicando AQUI!

Danilo Balu.

 

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De homeopáticos e por que também não recomendo tênis

Soubemos dias atrás que remédios homeopáticos vendidos sem necessidade de prescrição nos EUA agora terão que conter um aviso dizendo que são baseados em teorias antiquadas “não aceitas pela maior parte dos médicos” e que “não existe evidência científica de que o produto funcione”. Outra particularidade que poucos sabem é que para você vender um suplemento nutricional você NÃO precisa demonstrar que ele serve para algo. Você precisa apenas demonstrar que ele é seguro no CURTO prazo! Nem sua composição é controlada devidamente. Ambos, homeopatia e suplementos, têm um mercado que ultrapassa a casa da centena de bilhões de dólares.

Faz um tempo que eu me pergunto o que aconteceria se do dia para a noite fosse exigido das fabricantes de tênis de corrida para que colocassem nas caixas dos tênis um aviso explicando que os alegados benefícios com controle de pisada, redução de impacto, de capacidade de amortecimento e redução de lesões são promessas baseadas em teorias antiquadas “não aceitas pela maior parte dos especialistas” e que “não existe evidência científica de que o produto funcione”.

tipos-de-pisadasAssim como aconteceu com o cigarro, ainda acho que um dia a indústria de refrigerante e açúcar vai começar a lidar com problemas judiciais de consumidores que não foram devidamente alertados do custo fisiológico de consumir seus produtos, já que são piores do que apenas calorias vazias.

Pois será que um dia a indústria de tênis também terá algo semelhante, uma vez que alega proporcionar benefícios que quase 40 anos de pesquisas ainda não econtraram resultados consistentes?

Essas eram ideias que compartilhava em conversas com o Alexandre Lopes, a quem convidei para escrever comigo um capítulo em meu livro explicando que redução de lesões, controle de pisada, amortecimento, arco do pé, drop… que tudo, absolutamente tudo o que a indústria promete e propagandeia, ela não entrega evidências mínimas de que sirva para algo em NOSSO benefício.

Pois ontem publiquei um vídeo postado pelo Sergio Rocha do Corrida no Ar no qual ele explica o porquê ele não indica tênis algum. Sem calcular comentei que concordava com 99,6% do conteúdo. E motoboys de treta me perguntam onde exatamente eu discordo. Se ainda não viu, antes de continuar você terá que ver o ponto de vista dele aqui.

Em grau bem menor eu também ficava recebendo muitas dessas perguntas. Acho que de tanto explicar meus pontos, hoje ninguém perde seu tempo me questionando. Tal qual o Sergio, gosto de tênis baixo, flexível, drop pequeno, leve e, principalmente, barato. Me distancio dele apenas quanto à questão do amortecimento. Ele gosta de pouco. Eu já vi cabeça de bacalhau, mas amortecimento e tipo de pisada ainda não. Então nem entra como quesito de compra para mim. Seguindo. Tal qual ele, não acredito na bobagem de tênis de acordo com prova e peso do corredor ou de quilometragem antes de trocar (estou atualmente correndo com um que está comigo desde 2011)… Essas teorias são de dar risada…

capa_treinador-clandestino_altaUma metáfora que ele usou é dizer que tênis bom é igual árbitro bom, você não o vê, é um mero coadjuvante. Pois meu único adendo é justamente na questão do conforto. Acho que o tênis tem que ser confortável apenas nas costuras e em não apertar seu pé. SÓ. Os corredores buscam tênis com solas macias e protetoras que atrapalham a técnica de corrida porque tiram um feedback sensorial fundamental. Correr é desconfortável. Fazer força na academia é desconfortável. Jejuar é desconfortável. Mas um desconforto assimilável é FUNDAMENTAL. É após o estresse que o corpo assimila a carga e se adapta. É com o estresse e o desconforto em NÃO ter muito suporte durante a pisada que o corpo encontra o melhor jeito para correr. Treinador ajuda, lógico. Mas ele NÃO compensa NUNCA um pé escondido em cima de um bloco de borracha porque seu treinador não dará o feedback sensorial ao qual você abriu mão. Era só isso.

Este post é uma explicação sucinta, eu sei. Se você se interessa no tema, me orgulho demais de ter escrito ao lado do Alê Lopes, o cara que para mim mais entende desse assunto no Brasil, um capítulo inteiro mostrando estudos nunca antes listados em uma publicação brasileira. Em O Treinador Clandestino está tudo lá! Era isso!

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Obrigado pela recepção!

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Em seu ensaio de 1973, Theodosius Dobzhansky, biólogo evolutivo ucraniano naturalizado americano, afirma logo em seu título que Nothing in Biology Makes Sense Except in the Light of Evolution (Nada na Biologia faz sentido exceto à luz da evolução). Danilo Balu discorre sobre o que deveria ser óbvio: um predador tem que sobreviver e ter, no mínimo, um bom desempenho quando em jejum. A primeira mutação em uma espécie que provocasse, digamos, hipoglicemia e tontura durante o jejum, a levaria à morte por inanição no dia seguinte ao seu desmame. Entretanto, teorias baseadas em suposições e wishful thinking, difundidas por profissionais com importantes credenciais e até mesmo suas associações oficiais, nacionais e internacionais de renome, invertem toda a fundamentação da Ciência. Para eles, os fatos devem obedecer à teoria e não o contrário. Mas esses são os fatos: quando um guepardo prepara-se para caçar, ele não come uma barrinha de cereal. Seu pré-treino é a fome, a gana de comer e vencer, numa caçada a 110km/h, a luta pela sobrevivência.

***

capa_treinador-clandestino_altaPoderia ter sido eu, mas somente o médico Erik Neves, um dos caras que mais respeito, poderia ter essa elegância de escrita e raciocínio. Espero que aqueles que se aventurarem em O Treinador Clandestino possam entender melhor o rumo do debate atual da corrida no Brasil.

Pude ainda contar com menções na Contra Relógio, no Webrun e no Sua Corrida. Além de participação em entrevista no Corrida no Ar!

Obrigado a recepção!

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Lançou! O TREINADOR CLANDESTINO!!

capa_treinador-clandestino_altaUma das cenas mais clássicas em Ratatouille (2007) é quando o feroz crítico francês se vira para o ratinho, personagem principal da animação, e fala: me surpreenda!

Essa frase, na forma de desafio, não saía da minha cabeça ao começar a escrever meu segundo livro. Eu queria que quem lesse encontrasse o inesperado, se sentisse quase incomodado. Eu afirmo categoricamente que em O Treinador Clandestino você vai encontrar uma abordagem JAMAIS feita em português ou mesmo em inglês! É um livro diferente de tudo o que você já viu, porque ele traz aquilo que não irá encontrar facilmente publicado onde quer que seja no Brasil. Eu lá explico ainda os porquês.

Livros de corrida existem às centenas. Livro bão de corrida existe às dezenas. Porém, neste o conteúdo é único. Pude desenvolver melhor algumas das ideias que você já conhece aqui quando vem ao Recorrido. Principalmente quando falo de assuntos como o Jejum (e sua segurança), (a ineficiência) do Alongamento, dos Tênis e da Corrida no Emagrecimento. Discuto ainda o Desaquecimento e a sobrevalorização da Hidratação.

Diferentemente de O Nutricionista Clandestino, desta vez divido (2 capítulos) com 2 dos melhores profissionais brasileiros: Raquel Castanharo e o Alexandre Lopes.

Foi um prazer enorme escrever este novo livro e queria dividir com você esta novidade!

http://www.oclandestino.com.br/treinador

valor: R$39,00 (e-book)

*impresso dentro de alguns dias!

 

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