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Os números das Meias Maratonas brasileiras em 2017: o perfil do corredor brasileiro

Publico hoje no Recorrido (aqui completo) o relatório das Meias Maratonas Brasileiras. Este é um levantamento único no nosso mercado de corrida e busca dar números a uma das distâncias preferidas pelos corredores brasileiros, os 21km. No ano de 2017 que se passou podemos destacar:

– Um número recorde de concluintes (pouco menos de 140.000, aumento de quase 20%);

– Um número recorde de provas (135);

– A participação feminina que só crescia, se estabilizou.

Se nossas provas ainda não são gigantes como as internacionais, elas estão cada vez maiores e mais femininas. Como tem sido praxe, a Meia Internacional do Rio de Janeiro (Yescom) aproveita a força da TV para ser com folga a maior prova do país.

Das 10 maiores provas, 8 estão no eixo Rio-SP.

A Golden Run Brasília (8ª) é a maior fora do eixo.

A soteropolitana Shopping da Bahia Farol a Farol (10ª) a maior do Nordeste.

A Meia de Floripa (13ª) é a maior da Região Sul.

A Meia Maratona de Manaus é a maior no Norte (32ª).

Já a das Cataratas do Iguaçu (18ª) é a maior fora das capitais.

Para quem acha que é fácil ganhar dinheiro organizando provas de 21km, vale lembrar que nenhuma prova apenas cresceu no período 2011-2017. E das 15 maiores, somente 4 não têm outras distâncias correndo em paralelo, o que mostra como é difícil organizar provas muito rentáveis nessa distância.

Por fim, com a entrada de novos corredores, mais inexperientes, a velocidade mediana do meio maratonista brasileiro cai. E hoje ela está em 2h19 (~6´35″/km) entre as mulheres e 2h04 (~5´50″/km) entre os homens. O que isso significa? Que se você, homem ou mulher, corre ao menos 1 segundo mais rápido que essas marcas, você chega à frente da metade (50%) de todos os demais corredores brasileiros.

Ainda falando em velocidade, se você busca uma boa marca, talvez devesse dar uma chance à Meia Maratona de Florianópolis, à de Porto Alegre e à Run City Brasília, as 3 mais rápidas do país.

Para esses e maiores detalhes, entre e confira o exclusivo infográfico das Meias Maratonas Brasileiras.

 

*aqui você tem o levantamento com as Maratonas brasileiras!

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Os números das Maratonas Brasileiras em 2017 & O perfil do maratonista brasileiro

Hoje publico o relatório com os números das Maratonas Brasileiras e o perfil do corredor brasileiro de Maratonas. Este é um levantamento único e exclusivo no nosso mercado (aqui você tem ele completo) e busca principalmente colocar um pouco de luz dando números na prova mais famosa da corrida de longa distância.

Nossos números são muito distantes dos das realidades americana, japonesa (maior número de concluintes no mundo) ou da de muitos países europeus, como a Inglaterra, que presenciam muito mais gente e proporcionalmente bem mais mulheres. Mas há pontos dos dados brasileiros a se destacar:

Número recorde de maratonistas nas provas brasileiras (quase 26.000) aumento de 29%!

Aumento substancial de mulheres que hoje são mais de 20% dos concluintes, quando eram 14% 5 anos antes.

É difícil explicar os 2 crescimentos. Um deles é o aumento dos concluintes em provas como ado Rio de Janeiro e Porto Alegre (ambas com forte presença feminina) e a consolidação da SP City Marathon.

Com exceção de 2013/2014, o mercado brasileiro de 42km cresce forte e consistentemente e 2017 viu um número recorde de provas oficiais (23).

Outro fato é o aumento dos brasileiros correndo no exterior, após a queda ano passado em função da forte recessão econômica que enfrentamos em 2016. Somando-se com os pouco mais de 6.000 concluintes brasileiros no exterior, podemos então dizer que o perfil do maratonista brasileiro é:

– Homem (80%);

– Idade entre 30 e 49 anos (70%);

– Correndo no Rio de Janeiro, em São Paulo ou no exterior (67%);

– Corre os 42km em 4h19:50.

Já a brasileira média faz a mesma distância em 4h44:58. E ano a ano, com a entrada de novos corredores, o desempenho do brasileiro médio novamente caiu.

Aliás, Porto Alegre é novamente a maratona mais rápida do país!

Buenos Aires, Berlim, Chicago, Disney e Santiago são, nessa ordem, os destinos preferidos dos maratonistas brasileiros no exterior. Outro ponto que também vale destaque é que apenas Boston e Lisboa são as provas que vêm crescendo desde 2011 em participação brasileira.

Para ver todos os números, fica o convite para você ver o Infográfico das Maratonas Brasileiras clicando aqui.

*se acha que eu me esqueci de algo, não deixe de falar nos comentários!

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Os Maiores eventos de Corrida de Rua em 2016

Para acabar uma série iniciada dias atrás (aqui, aqui e aqui) e depois de publicar o infográfico das Meias Maratonas Brasileiras, o das Maratonas Brasileiras e a das 50 Maiores Corridas do Brasil, abaixo listo os Maiores Eventos de Corrida de Rua do Brasil em 2016.

Nesta lista, limitei apenas os eventos que somam mais de 10.000 concluintes somadas todas as distâncias e provas paralelas.

Em 2015 esses eventos eram apenas 9, mas em 2016 chegaram a 11. Desses, 2 são exclusivos para mulheres e a Night Run (Etapa II SP) ainda tem maioria feminina. Apenas 3 têm distâncias únicas (SS, Tribuna e Pampulha), somente 2 ficam fora do eixo Rio-SP, 4 têm transmissão pela TV e só 2 são noturnos.

Veja a lista completa abaixo! *reforço que são todas as distâncias somadas.

maiores-eventos-de-corrida-2016

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As 50 Maiores Corridas de Rua do Brasil (2016)

O Recorrido publica com exclusividade (aqui completo) os dados das 50 Maiores Corridas de Rua do Brasil em 2016. Este é um levantamento único no nosso mercado e busca principalmente colocar um pouco de luz dando números desse esporte em nosso país, uma vez que dependêssemos das organizadoras, não teríamos estatísticas confiáveis.

Comparado com 2015, pouca coisa mudou no perfil das 50 maiores provas. Os destaques:

– As 50 provas continuam com quase o mesmo número de concluintes (316.000), um aumento de apenas 0,7%;

Há cada vez mais mulheres (42% *já descontadas as provas exclusivamente femininas);

– As provas de 5km são as mais frequentes na lista. Em 3 anos passaram de 15 para 19;

– Já as de 10km são cada vez mais raras (de 13 a 7);

– Talvez por serem mais tangíveis, as provas de até 9km vêm ganhando bastante destaque.

top-50

Já a localização destas provas mostra-se bem concentrada. 29 em São Paulo e 13 no Rio de Janeiro. Apenas essas duas, Brasília e Fortaleza (com 2 cada) são locais de mais de uma das 50 provas.

Nenhuma fica na Região Norte.

Nenhuma na Sul.

Outra característica é notar que 4 organizadoras possuem 36 dessas 50 corridas! E das 5 maiores, todas já foram exibidas ao vivo na TV, mostrando a força desse fator em determinar o sucesso de um evento.

Porém, se ainda assim você acha que fazer corrida é fácil e garantia de muito lucro, vale destacar que mais uma vez duas corridas Top 50 foram descontinuadas de um ano para cá. Ou seja, é um investimento que está longe de ser garantia de sucesso!

O que você não pode deixar de dar é atenção às mulheres. 6 provas são exclusivas delas! E elas são maioria em 20 das demais 44. E talvez tenha que saber que nem toda prova grande é domingo de manhã! 8 são sábado à noite.

Para ver todos os números, fica aqui o convite para você ver o Infográfico das 50 Maiores Corridas do Brasil em 2016!

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As Maratonas Brasileiras em 2016

Hoje publicamos o relatório das Maratonas Brasileiras – edição 2016. Este é um levantamento único e exclusivo no nosso mercado (aqui ele completo) e busca principalmente colocar um pouco de luz dando números da prova mais famosa da corrida de longa distância nos últimos 5 anos.

Nossos números são distantes das realidades americana, japonesa ou da dos países europeus que presenciam muito mais gente e proporcionalmente mais mulheres. Mas há 2 pontos dos dados brasileiros a se destacar:

Número recorde de maratonistas nas provas brasileiras (quase 20.000);

Aumento substancial de mulheres que hoje são 19% dos concluintes.

maratonas-brasil-2016

Não dá para ter certeza do motivo deste aumento. Eu arrisco 2: a criação da SP City Marathon, que já é em sua estreia a terceira maior do país a frente de outras tradicionais. E a crise econômica que reduziu em 4% a quantidade de brasileiros correndo no exterior as 25 maiores provas do mundo em participação brasileira.

Aliás, juntando com esses cerca de 5.000 concluintes brasileiros no exterior, podemos dizer que o perfil do maratonista brasileiro é:

– Homem (81%);

– Idade entre 30 e 49 anos (69%);

– Correndo no Rio de Janeiro (20%) ou no exterior (20%);

– Corre os 42km em 4h16:15.

Já a brasileira média faz a mesma distância em 4h37:39. E ano a ano, com a entrada de novos corredores, o desempenho do brasileiro médio cai.

Buenos Aires, Berlim, Disney, Nova Iorque e Paris são, nessa ordem, os destinos preferidos dos maratonistas brasileiros. Outro ponto que também vale destaque é que apenas Boston e Lisboa são as provas que vêm crescendo desde 2011 em participação brasileira.

Para ver todos os números, fica o convite para você ver o Infográfico das Maratonas Brasileiras 2016 clicando aqui.

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Um pouco mais de ritmo na Maratona, split positivo e trapaceiros…

Tempinho atrás escrevi 2 posts sobre split na Maratona e do porquê um amador NÃO deveria mirar em tentar um split negativo nos 42km, ou seja, correr a segunda metade mais rápido que os primeiros 21km. Aqui e aqui eu explico melhor, mas basicamente o ponto é: split em uma prova tem uma forte ligação com o TEMPO de duração do esforço, não necessariamente com a DISTÂNCIA. Como os amadores correm em sua absoluta maioria acima dos 2h55, o que parece ideal é que o split seja LEVEMENTE POSITIVO e não constante ou levemente negativo.

A fisiologia e os números NÃO dão suporte à recomendação comum de que você deveria acelerar na 2a parte da prova. Lembre-se SEMPRE: o conhecimento é subtrativo, sendo assim, é sempre MUITO mais fácil a gente saber o que NÃO funciona do que aquilo que funciona. E correr a 2a metade mais veloz não se mostra melhor nem mesmo entre os melhores do mundo em esforços por aproximadamente 3 horas ou mais. Mas lógico que você pode continuar tentando! Conheço muita gente que ainda alonga antes de correr, por exemplo!

Um dos argumentos usados ao defender o split negativo é que os mais rápidos (forte correlação com mais experientes) saberiam dosar o ritmo melhor. Pois abaixo você tem os ritmos das Maratonas de Buenos Aires de 2011 e 2012 (são as únicas da história dessa prova que oferecem parciais a cada 5km). Se fosse assim, veríamos uma discrepância no padrão. Repare nas ondas que eu volto depois.

ritms-bsas-2011-2012

Parece haver um padrão, os corredores atingem sua maior velocidade em média por volta de 15km e vão em uma constante perda de velocidade para depois tentar acelerar na parte final SEM ultrapassar o pico de velocidade, o que seria muito improdutivo, vale dizer, pois seria sinal de que você não deixou tudo na pista.

Já um recente levantamento interessante tentava provar que mulheres seriam melhores maratonistas que os homens. A ideia é que elas seriam mais prudentes, arriscam menos, tese bem aceita que você encontra suporte em qualquer livro vagabundo de Psicologia. Vejamos a diferença do padrão delas correndo com o dos homens. Repare que é o comportamento da Fisiologia não o da Teoria quem determina nosso comportamento na pista em uma distância.

homens-vcs-mulheres-bsas-2011-e-2012

Homens parecem de fato sair proporcionalmente mais rápidos, tanto é que no 30-35km ainda desaceleram enquanto elas já aceleram. Perto do final da prova elas aceleram mais que homens, mas ainda assim, estão mais lentas que elas mesmas no início. Quem está certo? Isso é chute puro, mas acho que esse padrão masculino é melhor porque o feminino está muito “acelerando” ao final, sinal de que sobrou muito no tanque.

Há ainda um dado que eu voltarei um dia mais pra frente. Abaixo você tem a dispersão de todos os corredores entre 2006 e 2016 (são mais de 55.000). As pessoas “abaixo” da linha preta correram split negativo e os “acima” dela correram positivo. Repare que a tendência (linha pontilhada em vermelho) não é o de quanto mais rápido, “mais negativo” seria. *Quanto mais próximo do canto inferior esquerdo, mais  rápido é o corredor.

tendencia-splits-bsas

Sim, todos esses dados são associativos, ou seja, NÃO apontam causa, podem apenas ser casualidade. Mas o segredo é: é a ausência de ASSOCIAÇÃO (negativo ser melhor em levantamento associativo) que tira a sua suposta vantagem ou força.  Mas eu quero que você veja ainda uma outra imagem…. o padrão de quem justamente correu split negativo:

positivo-bsas-2011-e-2012

Parece normal para você? Para mim não… a pessoa acelerando ao final desse jeito parece que ele está… roubando! Então veja a imagem abaixo feita com casos grosseiros de trapaceiros. Fiz uma fórmula no Excel para capturar quem estranhamente acelerava ao final da prova. Para vocês terem ideia, filtrei apenas quem fez split negativo, que acelerou demais e é impossível no Excel colocar NEM DE LONGE todos os os trapaceiros correndo! É muito triste! Imagine as provas brasileiras que às vezes têm UM único tapete intermediário… só imagine quantos escapam ilesos… *15km/h = 4´00″/km

trapaceiros-em-bsas

E se tirarmos justamente os que roubam fazendo split negativo, a curva fica ainda mais positiva. Eu não quero convencer ninguém! Eu queria era encontrar algum raciocínio que explique que negativo é melhor que não se baseie na boa vontade ou na teoria, mas no observado na prática. Reforço: não consigo provar que o levemente positivo seja melhor, ainda que eu acredite nisso. Mas consigo ver que pelo que temos, que negativo não o é!

Outro dia eu preciso voltar com os gráficos com a distribuição por sexo em POA e BsAs. Prometo para breve!

Era isso!

*eu sei que há uma “armadilha” na chegada dessa prova em especial, mas o padrão de corte de caminho é MUITO maior ao longo de TODO o trajeto do que nos meus dias de maior pessimismo na humanidade eu poderia imaginar.

 

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O retrato das Meias Maratonas brasileiras

Veja aqui o infográfico com o retrato mais completo que existe das Meias Maratonas brasileiras. Estão reunidos dados das 109 provas brasileiras, um recorde! Praticamente o dobro do que havia em 2011. Já há uns 2 ou 3 anos que revistas, marcas esportivas, portais e treinadores se adiantam a dizer que os 21km são o novo xodó do corredor brasileiro, repetindo um interesse crescente e enorme do mercado americano.

Mas parece que como um corredor não tão bem preparado, as Meias vão perdendo um pouco do fôlego. O primeiro indício é que o aumento dos concluintes se deve ao crescimento das mulheres que compensou a QUEDA entre o número de concluintes homens. As mulheres que antes eram 1/5 do concluintes (20%), hoje passam de 27%.

meias 2015

As provas aumentaram em número (em menor ritmo), mas a desaceleração no aumento de concluintes dá sinais de que é mais uma questão de baixa demanda de corredores interessados, não de oferta de provas. As provas são ainda concentradas, das 10 maiores do país, que reúnem mais da metade dos concluintes do ano, apenas duas são fora do eixo Rio-SP: a Golden Four ASICS de Brasília e a Meia Maratona Internacional de Belo Horizonte.

Em 2015 mais uma vez tivemos pouco mais de 100.000 concluintes. Não dá para tirar muita certeza com os dados atuais, a impressão que dá é que os resultados só não foram piores porque o crescimento de mulheres na Meia Maratona da CAIXA do Rio de Janeiro e na W21K ASICS respondem por cerca de 100% desse aumento entre elas. É mais ou menos como achar que somos loucos por 15km porque a São Silvestre é lotada ou que gostamos de vôlei de praia porque vamos bem nos Jogos Olímpicos. São coisas meio isoladas.

O que eu falo aqui é um puro chute: o mercado (corredores e empresas) flertou e experimentou o 21km, mas não se apaixonou. Acho que em 2016, com ou sem as Golden Four ASICS, os números patinam.

Aqui o infográfico completo!

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O que a São Silvestre e um trapaceiro revelam sobre Brasil

Ah a São Silvestre…

Sou sempre bem suspeito para falar dela. Enquanto muita gente que trabalha com corrida vem dizer que ela é ruim, eu acho ela é obrigatória no currículo de quem se declara corredor e vive a uma distância razoável de SP. Ela é a maior festa da corrida brasileira, com seus acertos e seus erros.

Não canso de dizer que a falta de contato da Yescom com quem escreve em blogs e revistas de corrida, e a falta de oferta de mimos pra esses ajuda muito no que eles escrevem e postam falando mal da prova. Sobrassem cortesias e presentes, o humor, acreditem, seria muito diferente. Já com a Globo o problema é outro, ela é aquela instituição que o brasileiro consome por escolha própria, mas tem enorme paixão em odiar. A mesma emissora que ajudou a catapultar o evento é alvo das críticas quase que por hobby.

Esqueça a Globo e a Yescom, mas esqueça também quem critica a prova porque não foi pago: VÁ à São Silvestre ao menos uma vez! Ela vale!

091 SSA Corrida de São Silvestre é um retrato muito fiel do Brasil. Ela é quente, suja, tumultada, desorganizada e por ruas muito feias. Mas é também uma festa. Ela é amistosa, divertida, receptiva e democrática.

Não demora quem aponte as provas majors como exemplo a serem seguidos. NÃO! Nada de largada por ondas às 7h00! Se a Maratona de Nova Iorque é o caos, a São Silvestre pode ser. Organizá-la britanicamente é acabar com a geral do Maracanã em dia de Fla-Flu para colocar estádios frios padrão FIFA. Não dá para achar que essa corrida tem que ser uma Sapucaí engessada quando quem vai lá correr quer mesmo é uma micareta do interior mineiro. A avenida Paulista no dia 31 não é para correr rápido, mas para festejar o fim do ano correndo. Não importa o ritmo.

Mas ela é a cara do Brasil por outros motivos também. Um deles é que soubemos ao final da prova que um senhor de 61 anos teria quebrado o recorde mundial na prova roubando. O Sr. Roberto Lopes Diniz, que tem uma fan page divulgando seus treinos e provas, foi pego no pulo do gato após trapacear. Como ele não entende muito do gingado, ele tripudeou, ou seja, além de ser um ladrão de galinha, culpou a Yescom e supostos críticos.

Bom, sempre digo que trapaceiros como o veterano pastor Roberto Diniz fizeram com que a maioria das provas abandonasse as premiações por categorias, afinal, é tanta gente roubando como ele que não compensa, não há como dar conta sem gastar muito tempo e muito dinheiro.

Outra coisa que também sempre digo é: para explicar algo, tente sempre antes ir atrás do dinheiro. O Sr Diniz recorreu ao Reclame Aqui solicitando uma premiação em dinheiro que sequer existe. Ele queria fama cortando caminho, queria seguidores em sua página, mas o pastor também queria algo bem mais mundano: dinheiro.

O comportamento doentio dele após o episódio mostra que ele é um pouco perturbado, mas a semelhança com o Brasil é outra. Foram centenas as pessoas e seguidores que o defendiam alegando 3 coisas principalmente: muita gente rouba também, ele faz um bem ao ser um incentivador de corredores e ele corre sempre.

A muitos brasileiros existiria uma certa liberdade moral para transgredir as leis. Se você é simpático, carismático, e se você faz por merecer ainda que não o suficiente, isto lhe dá o direito de roubar e sair impune. No país de Lulas, Malufs e tantos defensores deles e do Sr Roberto Lopes Diniz, quer algo mais Brasil do que a São Silvestre??

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