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As mentiras que nos contam…

Não sei vocês, estou me divertindo (e me emocionando) com o The Last Dance (Netflix). Uma das coisas que a gente sempre especula na faculdade é como seria a rotina dos melhores do mundo… devem fazer fisio preventiva, profilaxia, devem seguir o que os nutricionistas esportivos tanto pregam por aí… pffff…

No meu tempo de faculdade era um mundo de pouco fluxo de informação, baseado em desejo, teoria e especulação. Aí você vai conhecer a realidade…. A experiência que eu tive até hoje acompanhando e ouvindo é essa do The Last Dance

Para quem não viu ou nem vai ver a minissérie, ela revela jogadores da principal liga de basquete do planeta (NBA) terminando jogos decisivos. O que acontece? Gelo? Botas pneumáticas? Lanche com proteína 4:1 carboidrato? Não… charuto, cerveja, vestiários sem cuidados…

Futebol? Idem. Minha experiência com atletismo? Idem. Handebol, rugby, natação, ciclismo…? Idem.

AH O AMADOR… como é fácil iludi-lo… Basta dizer você DIZER o que supostamente prós fazem para eles (literalmente) comprarem a ideia (pagando bem)…

 

p.s.: os melhores com quem treinei e competi faziam (e fazem!) coisas INIMAGINÁVEIS após os treinos… e andavam na frente… já os que andam lá atrás…. nossa… que vida triste… que morte horrível.

p.s.2: mas esses caras treinavam horrores…. igual um cachorro!

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As 50 Maiores Corridas de Rua do Brasil – ANUÁRIO 2019

O Recorrido publica com exclusividade (aqui completo) os dados das 50 Maiores Corridas de Rua do Brasil em 2019. Como sempre vem sendo este é um levantamento único no nosso mercado e busca principalmente dar números, apontar em quais cidades acontecem, quais são as distâncias mais procuradas e de maior sucesso, além de listar quais são as nossas maiores corridas de rua do país.

Comparando com 2018, temos:

– Das 50 provas 12 entram na lista (8 delas pela primeira vez desde 2014, ano do primeiro levantamento);

– O número de concluintes aumentou 6% (333.000);

– As provas de 5km continuam sendo as mais frequentes na lista;

– Mulheres são maioria em 25 das provas sendo que 5 dessas são exclusivamente femininas.

Já a localização destas provas mostra-se bem concentrada. 26 em São Paulo e 14 no Rio de Janeiro. Apenas essas duas, Belo Horizonte e Brasília são locais de mais de uma prova.

Nenhuma fica na Região Norte e somente Santos (SP) e Maringá (PR) fora das capitais.

Outra característica é notar que 3 organizadoras possuem a absoluta maioria das 50 corridas! E das 6 maiores, todas já foram exibidas ao vivo na TV, mostrando a força desse fator em determinar o sucesso de um evento.

Para ver todos os números, fica aqui o convite para você ver o infográfico das 50 Maiores Corridas do Brasil – Anuário 2019!

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Os Maiores eventos de Corrida de Rua do Brasil – 2018

Para encerrar a série dos dados das provas brasileiras em 2018, publico agora os maiores eventos de corrida do país em 2018. Nas últimas semanas publiquei os dados das Maratonas e maratonistas brasileiros, os números das Meias Maratonas do Brasil e quais são as 50 Maiores Corridas de Rua do Brasil.

Não é surpresa a liderança de nossa corrida mais tradicional. A São Silvestre muito provavelmente apenas em 2 dos seus mais de 90 anos de existência perdeu esse título (uma vez para a Maratona Pão de Açúcar de Revezamento e outra para a finada Nike 10K Human Race nos anos 2000).

Nesta lista vão apenas os eventos que somam mais de 10.000 concluintes somadas todas as distâncias em suas provas paralelas. Em 2015 esses eventos eram 9, em 2016 chegaram a onze, voltaram a ser nove e agora repetem o recorde histórico de 11.

Desde 2016 um evento exclusivamente feminino quebrava a barreira das 10.000 concluintes (*elas são maioria em apenas dois eventos, no Circuito das Estações carioca). uma delas é noturna (a Corrida de Reis em Brasília). Apenas 3 têm distâncias únicas (São Silvestre, 10km Tribuna FM e Volta da Pampulha), e dos 11 somente 3 ficam fora do eixo Rio-SP.

Mais. 6 têm transmissão pela TV e 3 (os Circuitos das Estações, todos no Rio de Janeiro) entraram pela primeira vez na lista.

Veja a lista completa na imagem abaixo!

*A Wrun (SP), as Night Run (SP), a Vênus (SP), a M5K (SP) e a Maratona de São Paulo são provas que já figuraram na lista em ano anteriores.

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Os Maiores Eventos de Corrida do Brasil (2017)

Para acabar a série dos dados das provas brasileiras em 2017, publico agora os maiores eventos de corrida do país em 2017. Nas últimas semanas publiquei os dados das Maratonas e maratonistas brasileiros, os números das Meias Maratonas do Brasil e quais são as 50 Maiores Corridas de Rua do Brasil.

Não é surpresa a liderança de nossa corrida mais tradicional. A São Silvestre muito provavelmente apenas em 2 dos seus mais de 90 anos de existência perdeu esse título (uma vez para a Maratona Pão de Açúcar de Revezamento e outra pra Nike 10K Human Race nos anos 2000).

Nesta lista vão apenas os eventos que somam mais de 10.000 concluintes somadas todas as distâncias em suas provas paralelas. Em 2015 esses eventos eram 9, em 2016 chegaram a 11 e agora voltam a ser nove.

Diferentemente de 2015 e 2016 não houve eventos exclusivamente para mulheres, mas uma delas é noturna (Corrida de Reis). Apenas 3 têm distâncias únicas (São Silvestre, 10km Tribuna FM e Volta da Pampulha), somente 3 ficam fora do eixo Rio-SP, 6 têm transmissão pela TV e 2 entraram pela primeira vez na lista (Corrida de Reis e Maratona de SP).

Veja a lista completa abaixo!

*A Wrun (SP), as Night Run (SP), a Vênus (SP) e a M5K (SP) são provas que já figuraram na lista.

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As 50 maiores corridas de rua do Brasil (2017)

O Recorrido publica com exclusividade (aqui completo) os dados das 50 Maiores Corridas de Rua do Brasil em 2017. Este é um levantamento único no nosso mercado e busca principalmente dar números, apontar em quais cidades acontecem, as distâncias mais procuradas e de maior sucesso, além de listar quais são as nossas maiores corridas de rua sem depender dos números de pouca credibilidade das organizadoras que quase sempre inflam estes valores.

Comparando com 2016:

– Das 50 provas 14 entram na lista (9 pela primeira vez desde 2014, data do primeiro levantamento);

– O número de concluintes caiu 3,4% (308.000), o pior desde 2014;

– As provas de 5km continuam sendo as mais frequentes na lista;

– Mulheres são maioria em 17 das provas sendo que 6 dessas são exclusivamente femininas.

Já a localização destas provas mostra-se bem concentrada. 28 em São Paulo e 12 no Rio de Janeiro. Apenas essas duas, Brasília (3) e Belo Horizonte (2) são locais de mais de uma prova.

Nenhuma fica na Região Norte, apenas Florianópolis no Sul e somente Santos (SP) fora de capitais.

Outra característica é notar que 3 organizadoras possuem 32 das 50 corridas! E das 6 maiores, todas já foram exibidas ao vivo na TV, mostrando a força desse fator em determinar o sucesso de um evento.

Porém, organizar corrida não é algo fácil nem garantia de muito lucro, vale destacar que mais uma vez 4 das maiores corridas do país em 2016 foram descontinuadas em 2017. Ou seja, é um investimento que está longe de ser garantia de sucesso!

Para ver todos os números, fica aqui o convite para você ver o Infográfico das 50 Maiores Corridas do Brasil em 2017!

 

*aqui você tem ainda o infográfico das Maratonas e aqui o das Meias Maratonas.

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Os Maiores eventos de Corrida de Rua em 2016

Para acabar uma série iniciada dias atrás (aqui, aqui e aqui) e depois de publicar o infográfico das Meias Maratonas Brasileiras, o das Maratonas Brasileiras e a das 50 Maiores Corridas do Brasil, abaixo listo os Maiores Eventos de Corrida de Rua do Brasil em 2016.

Nesta lista, limitei apenas os eventos que somam mais de 10.000 concluintes somadas todas as distâncias e provas paralelas.

Em 2015 esses eventos eram apenas 9, mas em 2016 chegaram a 11. Desses, 2 são exclusivos para mulheres e a Night Run (Etapa II SP) ainda tem maioria feminina. Apenas 3 têm distâncias únicas (SS, Tribuna e Pampulha), somente 2 ficam fora do eixo Rio-SP, 4 têm transmissão pela TV e só 2 são noturnos.

Veja a lista completa abaixo! *reforço que são todas as distâncias somadas.

maiores-eventos-de-corrida-2016

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As 50 Maiores Corridas de Rua do Brasil (2016)

O Recorrido publica com exclusividade (aqui completo) os dados das 50 Maiores Corridas de Rua do Brasil em 2016. Este é um levantamento único no nosso mercado e busca principalmente colocar um pouco de luz dando números desse esporte em nosso país, uma vez que dependêssemos das organizadoras, não teríamos estatísticas confiáveis.

Comparado com 2015, pouca coisa mudou no perfil das 50 maiores provas. Os destaques:

– As 50 provas continuam com quase o mesmo número de concluintes (316.000), um aumento de apenas 0,7%;

Há cada vez mais mulheres (42% *já descontadas as provas exclusivamente femininas);

– As provas de 5km são as mais frequentes na lista. Em 3 anos passaram de 15 para 19;

– Já as de 10km são cada vez mais raras (de 13 a 7);

– Talvez por serem mais tangíveis, as provas de até 9km vêm ganhando bastante destaque.

top-50

Já a localização destas provas mostra-se bem concentrada. 29 em São Paulo e 13 no Rio de Janeiro. Apenas essas duas, Brasília e Fortaleza (com 2 cada) são locais de mais de uma das 50 provas.

Nenhuma fica na Região Norte.

Nenhuma na Sul.

Outra característica é notar que 4 organizadoras possuem 36 dessas 50 corridas! E das 5 maiores, todas já foram exibidas ao vivo na TV, mostrando a força desse fator em determinar o sucesso de um evento.

Porém, se ainda assim você acha que fazer corrida é fácil e garantia de muito lucro, vale destacar que mais uma vez duas corridas Top 50 foram descontinuadas de um ano para cá. Ou seja, é um investimento que está longe de ser garantia de sucesso!

O que você não pode deixar de dar é atenção às mulheres. 6 provas são exclusivas delas! E elas são maioria em 20 das demais 44. E talvez tenha que saber que nem toda prova grande é domingo de manhã! 8 são sábado à noite.

Para ver todos os números, fica aqui o convite para você ver o Infográfico das 50 Maiores Corridas do Brasil em 2016!

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De Bandidos, Pipocas e São Silvestre

Sendo sucinto: nunca antes dessa São Silvestre (SS) tinha visto em um evento de corrida tamanho número de corredores-bandidos, os Pipocas. Aliás, esse nome bonitinho de Pipoca nada mais é do que um jeitinho bem brasileiro de “passar pano” em infrator, temos receio de dizer que um crime tem um infrator. Porém, houve consequências! Faltou água a muitos dos mais lentos.

Correr como bandido é tão errado quanto ir a um concerto de rock pulando o muro porque ele era muito caro ou estava esgotado. É como roubar a cerveja de uma mesa em um bar porque você queria.

Corridas gratuitas e baratas existem e os parques são públicos. Porém, espaço público não significa necessariamente “de todos ou para todos”. Tente você fazer um churrasco no quintal do Palácio do Governador. Ou então andar de carro em Interlagos no dia da Fórmula-1. Há regras para tudo.

Não quero aqui convencer um corredor-bandido a não mais pipocar, até porque quando você quer passar por cima da lei, você cria o seu próprio raciosímio. Quero apenas explicar o que Yescom e veículos de corrida precisam fazer.

O que o Metrô e o Trem em SP nos ensinam sobre os Corredores-Bandidos

A cidade de SP tem um dos metrôs mais limpos do mundo. As linhas Amarela, Verde e a Azul são, além disso, civilizadas. Já a linha Vermelha é limpa, mas não é civilizada. Os trens de SP não são limpos nem civilizados. Mas todos, sem exceção, estão debaixo de um mesmo guarda-chuva: as leis estaduais. Como isso é possível?

Há duas teorias sobre o porquê infringimos as leis. Há uma, a mais popular, que diz que é uma questão de pesar custo e benefício. Seria, ainda, uma questão de “a oportunidade fazer o ladrão”. Se compensa e há pouca chance de ser pego e pagar por isso, você rouba, do contrário não. Roubar um banco dá muito dinheiro, mas você pode ser preso. Você pesa os 2. Alguns poucos toparão, a maioria de nós não. Dirigir bêbado pode matar, mas ninguém é preso. A maioria não fará isso, mas muitos de nós irá dirigir embriagado, porque não há punição que não seja a própria consciência. Mas muitos de nós não irá dirigir bêbado por outra razão: a pressão social.

Pressão Social como combate ao Corredor-Bandido

A teoria de custo e benefício para uma irregularidade é mais do que incompleta, ela tem inúmeros furos. Ela é explicada brilhantemente em A Mais Pura Verdade Sobre a Desonestidade por Dan Ariely.

O porquê somos honestos (ou não) tem a ver também com o que fazem aqueles à nossa volta. Todos sabemos ser errado derrubar lixo no chão do Metrô. Ou do Trem. Mas na Linha Amarela ninguém joga lixo no chão. Também por conformismo e por pressão social, procuramos uma lixeira. Por ser normal a sujeira dos trens, jogamos lixo e acotovelamos assim que saímos da Estação Pinheiros (Amarela) para fazer a baldeação para pegar um trem. O errado em um (Amarela), passa a ser o padrão em outro (Trem), ainda que as regras sejam as mesmas. Há aceitação social de que é permitido sujar e empurrar no Trem. Mas você se sente mal fazendo isso no Metrô.

Sabendo disso, a Yescom e outras organizadoras em seus eventos precisam fazer algumas coisas essenciais. Vamos a elas:

O Chaveiro e os Corredores-Bandidos se encontram

Se você já chamou um chaveiro, você deve ter se impressionado com a facilidade com a qual ele abre a porta trancada. Um cadeado é fácil de ser violado, mas ele afasta 99% das pessoas, até mesmo aqueles que roubariam por uma questão de oportunidade. Porém, há o 1% que irá tentar roubar ainda que você use 5 trancas. A Yescom (e as outras organizadoras, lembrem-se) tem que inibir os 99% e caçar o 1%. Como?

Existem neste quesito 4 tipos de Corredores:

  1. O corredor que não é bandido;
  2. O que não sabe que é errado ser bandido;
  3. O bandido por oportunidade;
  4. O bandido por essência.

Como criar cadeados de corrida que inibam os 99%.

Esqueça o corredor 1! Ele sabe o que é errado. Mas o 2 precisa ser educado!

Acreditem, eles existem aos montes! Falo por mim, na minha vida corri 4 ou 5 provas como bandido porque não sabia que era errado. Deixei a minha vontade de fazer a prova suplantar o meu não-direito de estar lá. A corrida é um dos esportes com maior entrada de novos praticantes. As pessoas passam a correr sem saber regras básicas e mínimas desse esporte! Assim como treinadores e revistas educam o beabá, precisam ensinar que correr como bandido não é correto!

Não há hoje nenhum movimento de assessorias, veículos, revistas, portais, patrocinadores e organizadoras em educar o corredor. Isto precisa mudar!

Os “cadeados” para estes bandidos e para o do tipo 3 (o bandido por oportunidade) são de 2 tipos. O primeiro é que o corredor precisa sentir que correr inscrito é vantajoso para ele! O corredor precisa ter a impressão de que ele perde quando é bandido. Há várias formas de isso ser feito. As empresas precisam:

Dificultar o acesso à saída. Os 10km Tribuna em Santos por exemplo cerca a largada e a chegada da prova. Nada é pior do que você correr menos do que a distância. Grades nas ruas que dão acesso à SS. Esta pode parecer uma solução inútil, mas lembre-se da questão da oportunidade. O cachorro vira-lata entra na igreja quando vê a porta aberta, mas uma barreira física, por menor que seja, inibe até o ser humano. A pessoa pode não achar errado correr uma prova aberta, mas achará errado ter que pular uma grade para fazer isso.

Dificultar o acesso à chegada. Novamente, não é inútil. Retirar as pessoas bem antes da Avenida Paulista, ainda na Avenida Brigadeiro Luís Antônio tira a percepção de valor porque correr a distância completa e na Paulista são 2 dos maiores charmes do evento.

– Kit na chegada: o corredor se impressiona com kit “gordo”. Seja uma toalha ou viseira ou qualquer badulaque na chegada, dá ao corredor-bandido a impressão que ele perde.

A pressão social como cadeado ao Corredor-Bandido

Um dos argumentos mais prejudiciais do corredor devidamente inscrito é o de achar normal, não se incomodar. É como achar OK uma pessoa jogar lixo no chão do Metrô. Há um ponto da virada onde vários sujando, tornarão o Metrô da Paulista mais sujo que um trem indiano, ficaremos mais parecidos com o sujo Metrô de NY. A pressão tem que vir da enorme maioria.

Se achamos errado o corredor-bandido em uma prova beneficente, há como tirar 2 benefícios nesse sentido. Se as organizadoras reverterem parte da inscrição a uma ONG séria, famosa e completamente desassociada da empresa, isso cria uma pressão social.

Exemplo: se fica BEM claro que R$5 ou R$10 vão para uma causa de apelo social, há uma pressão de todos os lados, do inscrito e do não-inscrito que não estará roubando apenas da Yescom ou inscritos, mas também de alguém com menos condições. Isso comprovadamente funciona!

Outro argumento muito usado pelo corredor-bandido é que há pessoas que não têm condições econômicas de arcar com a inscrição. A Yescom, como todas as demais organizadoras, deveriam por obrigação moral e social oferecer vagas a pessoas carentes. Algumas já fazem, não sei se a Yescom faz. Isso cria um apoio e pressão social em favor da empresa. Mas quem argumenta que a pessoa vai sem inscrição por causa do dinheiro revela algo muito grave: correlaciona a má conduta ao nível sócio-econômico do corredor. Isso não é só ignorância no tema, mas um preconceito asqueroso.

A responsabilidade da Yescom e organizadoras

Que ninguém me acuse de aqui inocentar a Yescom. Ela tem culpa no cartório! MUITA! Mas há também cúmplices e testemunhas oculares que pouco fazem. O problema dos corredores-bandidos na SS (ou na Volta da Pampulha ou Meia Internacional do Rio de Janeiro) só irá voltar a níveis aceitáveis quando houver vontade de quem organiza o evento. Inclusive os patrocinadores.

Os patrocinadores como incentivadores

Na transmissão da Globo parece que o narrador disse que não importa se inscrito ou não, o importante é participar. Não são únicos nesse comportamento bizarro. Todas as organizadoras e patrocinadoras, todos, sem exceção, mentem inflando números. Para TODAS as empresas, patrocinadores e fabricantes de tênis, SEM EXCEÇÃO, um número gordo é mais importante do que a satisfação de quem corre. Repito: sem exceção. Não escapa ninguém.

É um tiro no pé porque parecem querer agradar a quem não foi correr! Isso TEM que mudar.

Resumindo, o problema dos corredores-bandidos só vai melhorar quando:

– Houver “cadeados”;

Dificultar o acesso na largada e chegada…

– Valorizar a percepção de valor da prova também no dia;

Dificultar completar a distância, oferecer mimo (toalha, viseira…)…

– Criar pressão social

Educar o corredor (antes, durante e depois da prova), fazer parceria com alguma ONG…

– Organizadoras, Veículos especializados e Treinadores fizerem sua parte.

Organizadoras e patrocinadores precisam priorizar quem paga, não quem assiste. Mentir nos números é sinal claro de quem é importante para eles. Veículos e Treinadores precisam educar os corredores!

– Os inscritos fizerem sua parte

NÃO ao discurso do ódio! Porém, tolerar 100% o corredor-bandido é jogar contra.

A Suíça e o Corredor-Bandido

Não há solução 100% eficaz, existem ladrões suíços e na Suíça, mas ainda assim há combate e esperança de zerar infrações. Há de se reduzir os corredores-bandidos. Havia nesta SS 18 copos por corredor! DEZOITO. Foram roubados cerca de 100.000 copos de água. Eu não quero convencer o corredor-bandido por essência porque este é incorrigível. Lembre-se, há gente que não tem correção, ele entortará a lógica para se fazer certo. Mas podemos e devemos fazer o trabalho dele mais difícil e deixar claro que ele não é nunca bem-vindo.

Há solução! A Yescom tem boa parte da culpa. Mas tem também a solução que não pode vir sozinha. Vamos ver se Yescom, concorrentes, patrocinadoras, fabricantes de calçados e muitas pessoas honestas realmente querem o fim dos corredores-pipocas.

Por enquanto nem todos querem. Infelizmente.

 

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