Leituras de 5a Feira

Uma história incrível de um atleta nos anos 50 fugindo do comunismo.

Autojabá: no outro blog houve a repostagem de um texto que vocês já viram aqui, mas se perderam, leiam lá a questão da dieta low-carb em corredores amadores. E em outro texto eu falo sobre a humanização da dieta de nossos cachorros.

Longa Leitura: Recebi uma dica do grande Erik Neves de um texto da Wired sobre como um maratonista amador, para bater as marcas da sua juventude, teve que atropelar o próprio passado. Eu comecei a ler e pensei: um tempo atrás li um texto na Wired sobre correr rápido aos 40… E eis que no meio da leitura descubro que foi do mesmo autor! O texto é BEM bacana! Mas umas coisas me incomodam… Acho de certa forma divertido como recontamos histórias…. O texto de 2018 era uma matéria paga na época, então o foco era, como esperado, enormemente focado na tecnologia (o produto a ser vendido pelo jornalista na época)… Lembre-se: sempre quando tentam te vender uma ideia tente entender antes se não há também a tentativa de vender um produto! No texto de agora o foco é na na pessoa, então some boa parte das referências à tecnologia ou o fato dos tênis usados nesta nova epopeia de agora serem “desleais” (ainda que dentro das regras!). Antes os tênis ajudavam, agora eles são ignorados para que a história faça sentido, fica assim apenas o mérito da pessoa. Antes o responsável seria o extra, o produto, agora o protagonismo volta a ser o humano. Não que as pessoas não mudem de ideia! Não há problema nisso! Mas é a narrativa, entende? Enfim, o texto é bem bom, não me leve a mal! Continuando… Eu sempre percebo padrões no comportamento de corredores mais lentos, mas há algo também bem comum nos “naturalmente rápidos”. Num provável gesto defensivo essas pessoas privilegiadas geneticamente (como o autor) esquecem de dar esse peso no resultado… o avô dele foi boxeador de alto nível, o pai correu maratona em 3h01 sem orientação, ele fez 1 milha em 5’25” dentro de uma prova de 2 milhas com um mês de treino, mas ele não enxerga esse padrão, até porque faria da jornada dele menos bela aos olhos dele mesmo.

Uma das maiores corredoras irlandesas da história nos coloca de volta ao passado dos anos 80 para mostrar como estar fisicamente próximo de ídolos a ajudou e a motivou a seguir uma carreira que se iniciava. Bem bacana!

 

Um pensamento sobre “Leituras de 5a Feira

  1. Giuliano disse:

    Gostei muito da reportagem do NIcholas Thompson. Não deixa de ser muito estimulante para o meu caso particular. Me sentir mais impetuoso quanto aos meus desejos na corrida.Impetuoso aqui, não no sentido de ter certeza. Longe disso. Até porque conforme bem acentuado por você, Balu, o histórico esportivo familiar e particular do cara deve ser levado em consideração. Não quer dizer que esse exemplo seja replicável facilmente e indistintamente. Tenho histórico de ser menino do interior, de ser bastante ativo. No entanto, a longa vida de adolescente e adulto foi dedicado ao sedentarismo. Somente aos 35 anos quando o resto da vida me permitiu, comecei a fazer musculação, levantar peso. 10 anos ininterrupto. Até uma lesão recidivante de epicondilite me afastou dele por um tempo. Para não ficar parado comecei nesse mundo da corrida. Correndo aleatoriamente, mantive contato com alguns maratonista. Com apenas 4 meses corri os 42 k sob o sol escaldante de Natal. Foram em 4:06, tive contato com minha primeira “quebrada”. Nao sabia o que era correr 42 km ininterrupto. Sair feito cavalo doido.kkk 15km foram me arrastando. Isso em outubro de 2017. Começo 2018 com vontade de fazer melhor. Corro minha primeira meia para 1:38:00. Faltando 2 meses para Maratona de POA. Lesão. Excesso. Musculação pesada, treinos indistintamente pesado. Tudo para mim era em alta voltagem. Posterior Esquerdo, inserção, origem e piriforme. Foram meses de fisio. Mesmo assim Corri POA infringindo as recomendações para “puxar” a namorada á época ser SUB4. Comecei 2019 ainda sob efeitos das lesões. Um trabalho de fortalecimento, treinos agora acompanhado me fazia sonhar em chegar em junho de 2019 em Florianopolis bem preparado. Metas indice de Boston e pular da casa das 4 horas para o tal SUB 3. Mais uma vez a maratona me provou que ela sempre dar lições. Entre o túneo e a ponte destruiu a minha meta mais ousada. Cruzei a linha de chegada com cara de tristeza. Gosto de derrota na boca. Fechei em 3:01:04, embora com índice de boston, nao conseguir o tal SUB 3. Tirei duas semanas de folga. Voltei de cabeça nos treinos para correr Buenos Aires em Setembro. Tinha que tirar o gosto que ficou na minha boca. No dia 23 de setembro Cruzei a linha de chegado em 2:52:47, muito além do que eu poderia ter sonhado, minha cabeça pensava em 2:54:00 no melhor das hipóteses. 2020 Começo o ciclo para BOSTON 2020. Estava tudo correndo perfeito. Tudo indicava fazer uma excelente prova apesar das peculiaridades da prova e aí tentar chegar em setembro em Buenos Aires e correr a PACE 4:00. Resultado.Abortei o ciclo quase ele concluído. Todo esse encher de linguiça BALU para saber, um cara sem historico atletico, com 3 anos e pouco de corrida e com 45 anos, preste a entrar nos 46 anos, pode sonhar em correr melhorar a performance e tentar chegar na casa dos 2:4(x):00?? E a matéria do Nicholas, guardada as peculiaridades, manteve aceso o sonho de tentar. Ao menos valerá pena. Sigo sonhando BALU???

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