A vida é curta e a quantidade de conteúdo produzida faz ser humanamente impossível acompanhar e se avaliar tudo. Se algo tem nome, regra pessoal, não me debruço nele pra estudar, já assumo que seja ruim! Depois que me provem o contrário.
Quando resolvi escrever sobre a BAAASE do Método MAF me deparei com algo pelo qual já esperava, seus defensores ferrenhos. Há quem defenda aveia, suco… há até quem defenda óleo vegetal! Então com certeza haveria quem defende o MAF (e olha que só falei mal da BASE! Nem acho o resto ruim!).
Pra mim a BASE do MAF é como homeopatia (que também não falta quem lhe defenda): você NÃO treina uma valência para ficar bom nela. Ou seja, quem nunca fez força, aos 40 anos deve ser capaz de fazer supino com um Fusca. Mas há quem enxergue aí um padrão lógico. Ok, é um direito.
E não faltaram citações a um suposto método 80:20 do Matt Fitzgerald. Deixa eu lhe dar uma notícia: o Método 80:20 não existe!
QUE ENTRE PARETO…
Das pesquisas do economista italiano Vilfredo Pareto no século 19 veio o Princípio de Pareto que se aplica a diversos campos como vendas, economia, ciência, marketing, gestão do tempo e de recursos. O princípio diz que 80% dos resultados podem sempre ser atribuídos à apenas 20% das causas. E olhe a magia acontecendo… analisados os volumes de treino das mais diversas escolas (espanhola, americana, queniana, etíope…) temos que eles fazem – adivinhem – 80% do volume mais lento que a prova e 20% igual ou mais rápido. Ficou claro?
Minha birra com método de treino é que eles embalam algo que sempre existiu. Não há NADA que você tente fazer na corrida que já não tenha sido feito MUITO à exaustão pelos grandes corredores da história. Não se engane!
Ou como magistralmente disse Steve Magness: o que você vê inevitavelmente é que todos estamos fazendo quase a mesma coisa. Sim, existem variações, pois alguns enfatizam um pouco mais disso ou um pouco mais daquilo. Mas, em geral, os melhores treinadores que eu já vi estão todos usando peças de um mesmo quebra-cabeça.
Pois é, Balu. Normalmente se confunde simples com simplório, daí a necessidade de se empacotar as coisas e enfeitar o pavão.
E vale tudo, já vi um método ou receita dessas de revista para se preparar para uma maratona apenas fazendo academia: esteira + musculação (pasmem os senhores !). E como o objetivo é vender, se agregar os termos disruptivo, digital, patinete, cashback, drone, tanto mais o povo achará que é o máximo.
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Enfeitar o padrão… Hahaha
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Vou postar lá no grupo Maffetone Brasil!
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