Meio que por acaso resolvi dividir com vocês que desde o início da pandemia um ano atrás eu abandonei 100% o uso de meias.
Faz muitos e muitos anos que eu não uso palmilhas. Coisa de mais de década. A primeira coisa que faço é arrancar e jogar fora pra não correr o risco de usar.
E sempre as pessoas se espantam. Como se o ser humano nascesse de palmilhas. Acho um pouco estranho eu ter que ficar explicando por que não uso algo que nunca se mostrou superior ou essencial ou vantajoso.
O Fábio Pierry escreveu em seu Instagram uma sequência de 3 posts bem didáticos sobre a importância do músculo mais subestimado no esporte: os do pé.
O pé é a base, o fundamento. É a ligação com o solo firme (e por isso acho estúpido o uso de desestabilizadores como bosu e pranchas, isso não existe na execução prática. O solo é firme, a estabilidade pode ser buscada de forma mais inteligente).
Um pé fraco significa menor estabilidade. Menos estabilidade significa menor força. Menos força, menos desempenho.
Um músculo não exigido e não solicitado se fragiliza.
E nada fragiliza e amolece mais do que o conforto, do que o isolamento, do que a mobilização.
A palmilha tira a sensibilidade do pé. A meia tira também (ainda que bem menos) e tira graus de liberdade (mobilização).
Então era mais do que natural que apó\s dividir isso com vocês quem tentasse o mesmo relataria o óbvio:
1. Os pés cansam (décadas sem graus naturais de liberdade);
2. A diferença aparece em dias.
O corredor amador se preocupa com o que vai aos pés e esquece deles. Se preocupa com a cereja do bolo e esquece a base.
Não tem como dar certo.