Matéria falando sobre as irmãs Dibaba, a família mais rápida do planeta.
Um tema bem interessante é sobre o que pensar durante a corrida pensando em melhoras e ganho de desempenho. Os achados não são muito conclusivos. Há quem ache que você tem que pensar em corrida (técnica e respiração) e outra linha dizendo para se pensar “fora da corrida” (paisagem ou tarefas além do exercício, por exemplo). Um texto aborda o assunto de maneira interessante. Acho que apenas quando se falou da elite não foi lembrado que esses caras têm o gesto e tarefa muito automatizados… quanto mais automatizado, menos se pensa tecnicamente na ação.
Nada me deixa mais indignado e desanimado do que ligar a TV e ver comentarista brasileiro dizendo que “Fulano é favorito no sprint porque corria provas mais curtas”. Uma prova não se decide assim! Ela se decide em todo seu desenrolar! A pessoa pode ter corrido 1500m a vida inteira, o quilômetro final de uma Meia Maratona é diferente porque ela chega lá com todo o desgaste dos 20km iniciais. Por isso que o texto de Alex Hutchinson na Outside é MUITO bom! Ele apresenta ao amador conceitos como o de velocidade de reserva, que acaba ajudando a dizer como o desenrolar de toda uma prova afeta e determina as chances dos corredores na volta final de uma competição.
Um curto texto batendo na tecla do básico que mesmo sendo básico precisa ser dito sempre: o corredor melhora como resultado de consistência e disciplina.
Correr é uma ferramenta ineficiente e ineficaz no emagrecimento. Não importa o quanto de evidências apareçam reforçando esse ponto, esse tema parece atrair com mais força profissionais incompetentes e torcedores. Um texto mostra a esquizofrenia nesse debate… os dados mostram uma coisa, mas o texto vai na contramão (“não emagrece, MAS….”).
Você acha que os tênis Pogobol com placa foram os primeiros a serem banidos? Um cara tem guardado na caixa uma sapatilha histórica feita para os jogos de 1968 no México. Ela foi inventada pela Puma e ajudou a bater um recorde mundial nos 200m, depois anulado. O equipamento que foi proibido pela então IAAF por ter muitos pregos (alegavam que ia ferir a pista, além de ter sido inventado e lançado em ano de Jogos Olímpicos). A relação da adidas com a entidade deve ter pesado na decisão? E a relação da Nike com o atual presidente da ex-IAAF também não deve ter pesado na regulamentação dos cheatflyers? Fica pro leitor decidir. Bom, no vídeo abaixo o dono da sapatilha recebe uma proposta de U$90.000 pelo calçado. E aí?!