Uma frase famosa diz que há duas certezas na vida: a morte e os impostos.
Outra certeza a um corredor regular é: cedo ou tarde você vai se machucar como fruto da corrida.
Então é natural que o assunto ganhe destaque quando vamos falar de treinamento.
Qual treinamento ou qual intervenção é capaz de prevenir ou evitar lesões?
Há muito boato, muita promessa e muito equívoco no assunto.
Tênis, perder peso, musculação, alongamento, “recovery”… NADA disso encontra suporte em evidências minimamente razoáveis. Nada.
Para entender a questão da lesão temos que entender talvez suas razões.
A corrida é um ambiente de certa forma bem controlado, diferente do futebol, por exemplo, onde você tem os choques e um adversário como obstáculo físico tentando impedir sua progressão.
Então vamos deixar de lado as quedas e tropeços correndo.
Lesão assim podemos assumir como sendo uma incapacidade do indivíduo em assimilar uma carga de treino (aguda ou crônica, o que dificulta nosso trabalho) sem prejuízo à funcionalidade de sua própria estrutura orgânica (músculos, ossos e tendões, principalmente).
Dito e compreendido isso, para evitarmos as lesões temos que “ajudar” o corpo. Como?
Termos cargas de treino condizentes, que progridam de forma coerente e razoável.
Além disso, acho que fica claro entender que um corpo fortalecido para o gesto do esporte, no caso a corrida, permite que cargas excessivas sejam mais improváveis de serem executadas.
Tudo de certa forma simples, mas não fácil.