Leituras de 5a Feira

Em tempos de quarentena forçada a Runner´s World britânica fez uma lista de 15 livros de corrida. Da lista li 4, não gostei de um e tem 2 ali que tenho interesse. E só. Achei bem fraca!

Já uma lista BEM melhor e mais elaborada é a da World Athletics com casos de triunfo sobre adversidades. Um deles, o terceiro, eu não conhecia!

Esse é para as Kipchogetes! O francês Théo Detienne fez 12’52” nos 5km e ficou a 1 segundo do recorde mundial. O detalhe é que ele fez isso em descida! Um desnível de 320m ao todo! O resultado virou um vídeo em tom de comédia, em tom de curiosidade, como deveria ser toda tentativa de quebra de recorde feita com auxílio. Sabe o que mais? A parcial dele nos 1500m (en route) igualou o recorde mundial dos 1500m!

 

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Um artigo BEM provocador na Outside vem questionar o hábito do aquecimento. Vamos lá, com calma antes. Um dos caras que mais admiro diz que aquecimento antes de treino ou atividade física é essencial a 2 tipos de pessoas: os velhos e/ou os lesionados. Após o texto que trago aqui, Kilian Jornet, um dos maiores corredores da história disse que algumas de suas melhores marcas foram em provas feitas sem qualquer tipo de aquecimento. Não se esqueça: evolutivamente falando, por uma questão de sobrevivência (que supera em importância e prioridade seus tempos na corrida de rua) nos programou a estarmos aptos a desempenhar de forma máxima nossas capacidades físicas sem prévio aquecimento e sem prévio alimento (ou refeição). Porém, consegui-lo não significa que seja melhor. Temos que enxergar o aquecimento de certa forma como o desaquecimento, como possuidor de vantagens ao atleta no longo prazo. E de cara vejo DOIS benefícios: primeiro que no aquecimento podemos trabalhar capacidades importantes ao desempenho de um atleta, como mobilidade, flexibilidade, capacidade aeróbia… E outro ponto é que mo longo prazo isso pode proteger o atleta (os velhos e/ou lesionados necessitarem de um aquecimento talvez seja outro indicativo). Um mecanismo de sobrevivência (fuga com máximo desempenho) liga para o curto prazo, o esporte liga para o longo prazo. Quem concluir deste parágrafo que estou dizendo que o aquecimento é menor, dispensável, pouco importante ou inútil, por favor, peço que releia. Já os que correm (competem) desde crianças talvez se lembrem do que eram capazes de fazer mesmo sem nada de aquecimento!

Um pensamento sobre “Leituras de 5a Feira

  1. Varga disse:

    Balu, apesar de ser do grupo dos jovens a mais tempo e com lesões, não disputo provas, participo.
    Não lembro agora se foi o Enzo Amato ou outro que um dia disse que o melhor aquecimento é o próprio gesto esportivo em questão, só que numa intensidade menor. Qdo participava das de 5/10 km até me aquecia mas, agora nas meias e maratonas aqueço msm é no trajeto. Quilômetros não faltam para isso.

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