Ou ainda: PORQUE PRAGA A GENTE TEM QUE MATAR AINDA NO NINHO!
Esqueçam a tolice que te disseram sobre o pé ter que tocar o solo abaixo do quadril, onde fica nosso CG! Repare os 3 que lideram essa largada… Todos tocam o pé à frente do CG.
“Ensinando pássaros a voar”
Essa sanha por teoria faz a gente querer ensinar o homem a fazer seu gesto motor MAIS elementar depois da caminhada, a corrida. Você NÃO ensina a correr, você PERMITE alguém a correr.
Você NÃO fala como é correto, você aprende o correto olhando os mais eficientes. É um jeito de não negarmos a realidade! Quanto mais veloz, mais provável que o pé do atleta toque o solo à frente do CG (*eu NÃO disse que quanto mais veloz mais à frente, eu disse mais veloz mais certo que será à frente, são coisas distintas!).
Os melhores NÃO são os que tocam “mais abaixo” do CG, os melhores são aqueles que a cada vez que tocam o solo à frente, menos velocidade perdem! Um toque com médio pé (Frank e o 43) ou ponta do pé (47) à frente do CG desacelera menos que com o calcanhar, além de mais fácil (tente você em pé tocar à frente com o calcanhar e sinta, você terá que ceder o quadril e perder amplitude de passada).
Corrida é uma sucessão de saltos à frente, é movimento, é desequilíbrio. Pois se estamos acima do nosso CG não há muito desequilíbrio. Quanto mais LENTO corremos, em menor desequilíbrio estaremos. Sendo assim, se eu for trotar bem leve com o Frank Caldeira, o Molina e o Vini, estaremos os 4 pisando abaixo do nosso quadril, mas os 4 ao acelerarmos para – sei lá – 3’40”/km tocaremos à frente dele.
E se eu insistir em tocar abaixo dele quando estiver rápido? Perco momento elástico e apenas “empurro” minha corrida. É, pois, uma questão de velocidade, não de gesto certo.
📷 @NakanoFotografias (Marcelo Nakano)
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