Hoje após o treino, na volta, paramos na casa em uma vila bem humilde fora da cidade para tomar café, uma cerveja local (NADA que lembre a cerveja como conhecemos) e gim caseiro (lembra mais uma cachaça). Te recebem como se fosse parte da família… Abrem a porta, fazem tudo na hora.
Eu acredito de verdade que ENORME parte do sucesso dos corredores locais (e também dos quenianos) está na simplicidade da vida que levam. Não há comida processada, pouca coisa industrializada e o corpo está em constante movimento para sobreviver.
Carece de enorme déficit lógico quem explica a magreza local por miséria. Até agora NINGUÉM nos pediu comida nem parece viver com fome. Açúcar branco? Ainda não vi. Mc Donald’s? Não existe. E por aí vai.
Voltar aqui após um ano apenas reforça algumas opiniões…. Se preocupar de mais com tênis é coisa de quem corre de menos… Ter que fazer musculação é coisa de quem no dia a dia fragiliza seu próprio corpo. Nos 2 treinos leves houve um constante trabalho de força de mudança de direção, de velocidade, subida, descida… NADA 100% reproduzível com halteres. MUITO MENOS com aparelhos.
Desde agosto eu não corri (por opção, um calcanhar esquerdo fragilizado) por mais que 5 dias. Aqui foram 2 treinos sem nenhum tipo de dor.
Biomecânica is overrated (sobrevalorizado).
Tênis is overrated.
Nutrição is overrated.
Como corredores amadores somos como aquele bêbado que andando de volta pra casa perde as chaves e fica embaixo do poste a procurá-la porque lá é o único local iluminado.