Leituras de 2a Feira

Eu demorei demais para entender o tamanho da grandeza e coragem nos dos gestos de John Carlos e Tommie Smith nos Jogos Olímpicos de 50 anos atrás. A Sports Illustrated faz jus trazendo uma bela reportagem revisitando aquele dia de meio século atrás.

No outro blog falei sobre o que comer antes, durante e após provas de até 10km.

Um garoto sueco conheceu a corrida aos 10 anos como terapia. Engrenou então uma sequência duríssima de treinos e competições ainda na adolescência. Problemas pessoais o levaram ao extremo para largar tudo e ir morar sozinho e sem nada no meio do mato (gélido da Suécia) e usar a corrida como terapia. E foram 4 anos assim! História incrível que virou livro e que é contada resumidamente em matéria da Runner’s World. E você? Corre do quê?

Eu tenho enorme dificuldade de entender o uso de substâncias proibidas (como analgésicos, anti-inflamatórios ou hormônios) entre atletas amadores. E repare: os que mais usam são atletas lentos, não os mais rápidos! Os mais parecem sempre querer pular etapas, parecem nunca entenderem completamente como funciona o jogo. Por isso que o combate ao doping no profissional tem enorme desafio, uma vez que os fãs parecem fazer uso de algo proibido à elite. Os amadores fingem que se importam, mas não querem saber a “verdade”. Um texto de Alex Hutchinson na Outside mergulha no uso corrente de substâncias proibidas entre atletas de ultramaratona. Acho inacreditável as pessoas buscando longas distâncias querendo evitar dor. Não faz sentido pra mim… não faz…

Um tipo de texto que não canso de ler são os perfis feitos sobre o maratonista japonês Yuki Kawauchi. Principalmente quando são feitos por americanos! Dessa vez foi no The New York Times às vésperas da Maratona de Chicago!

Vídeo fantástico da Nike sobre uma corredora que estreou na maratona aos 81…

10 pensamentos sobre “Leituras de 2a Feira

  1. Antal Varga disse:

    Balu, confesso que não sou o maior fã dos produtos da Nike mas, eles são mestres no mkt de conteúdo. No vídeo nenhum produto é anunciado nem vendido mas, sempre lembrarei dele como um vídeo da marca. E ele me inspira pois corri minha 1ª maratona aos 45 anos.
    Já emendando, interessante a conclusão do Alex Hutchinson. O maior adversário do não elite é ele mesmo, por isso da jornada interior principalmente quando a distância passa dos 21 km.
    Aliás, qdo estava me preparando para minha estreia na maratona, me consultei com médico, nutricionista etc. O ortopedista me foi muito útil por causa das minhas hérnias de disco mas, o “especialista” em alimentação de atletas deu soluções estranhas. Como sempre me alimentei bem, mexeu pouco na dieta mas, prescreveu algumas substâncias…. a beta alanina que não estava liberada no Brasil (agora não sei nem quero saber) que dá efeitos colaterais sinistros e (pasmem) receitou acetilcisteína para usar na semana da prova. Tudo isso para “melhorar meu desempenho”.
    Pergunto: se para minha 1ª maratona cujo objetivo é apenas terminar, esse coquetel foi recomendado, que tipo de PEDs andam indicando para os “amadores rápidos” além do combo bcaa (placebo)+whey+gel ?

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    • Danilo Balu disse:

      Alanina é bobagem… Especialista que perde o foco… Acetil pra quê???

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      • Antal Varga disse:

        Você não vai acreditar na quantidade de pessoas que “contrabandeavam” a beta alanina dos EUA na época. E pelo que pesquisei superficialmente a acetilcisteína além de fluidificar o muco nasal para quem está gripado/resfriado é um belo de um dilatador das vias aéreas superiores. Ou seja, teoricamente aumentaria sua capacidade respiratória.
        Bom, eu não uso nada dessas coisas (usei, confesso), e Alex Hutchinson foi taxativo: cheating !

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      • Danilo Balu disse:

        Nossa respiração NÃO é limitada pelas vias nasais… no contrário o dilatador nasal funcionaria para quem não tem desvio de septo. Não é uma questão física senão fisiológica. E a beta-alanina é delírio…

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      • Marcio Manzi disse:

        Balu, em algum texto compartilhado, acho que foi do próprio Alex, ele diz que se fosse apostar em algum ganho seria com a Beta Alanina. Ela pode ajudar a diminuir o cansaço mental no pico do treinamento?
        Um amigo treinador de Triathlon diz que ele vira um zumbi nesses picos.
        Corri minha 5ª Maratona com água e 3 géis, mas o que me faz bem é uma coca-cola no km 35.

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      • Danilo Balu disse:

        Se a pessoa não virar um zumbi no pico de treinamento algo está errado….

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  2. Felipe disse:

    Balu, as pessoas que usam algo proibido possuem a mesma mentalidade de quem usa bcaa e outras coisas. elas acreditam fazer bem, melhorar performance etc. usar maconha acho difícil considerar dopping em especial onde é legalizada, como certos estados estadunidenses. Acho mais anedótico que efeito real. Epo e similares aí sim é quem copia os profissionais. O que acho ok também, porque como você disse, essas pessoas não brigam por pódio. Dopping só é um problema pra competição se quem tá disputando pódio tá usando.
    Quem é lento usa dopping pra querer melhorar um pouquinho sem treinar igual profissional. Quem é elite se dopa pra poder treinar mais. Essa é a diferença fundamental que eu vejo.

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    • Danilo Balu disse:

      Não é assim t~áo simples. Usar maconha, independente da legislação do país/estado, é contra as regras, ainda que seja um doping social, sem efeito muito bem avaliado. EPO é MUITO mais barato e fácil de encontrar do que pensam… Não podemos achar que é um “problema” somente entre os que chegam na frente… cortar caminho, por exemplo… é contra as regras… auxílio (carona) tb… a pessoa pode suar disso? É mais complicado a meu ver…

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      • Julio Cesar disse:

        EPO consigo comprar sem receita na farmácia em frente ao meu.

        Mas como tenho medo de injeção nem cogito usar… kkkkk

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  3. Luis Oliveira disse:

    Balu, posso estar enganado, mas um textão sobre alimentação (não suplementação) em provas longas seria muito bem aceito pelos seus leitores.

    Eu, depois de muito sofrer, achei a combinação pra me levar vivo até o final de um tri longo: 1 gel antes da natação + 3 gels e gatorade na bicileta + Coca-cola e sal na corrida. Tudo treinado antes. E bastante conveniente, pois só tenho que me preocupar com os gels e o sal (levo em um tubinho, mais por garantia). O resto tem tudo no percurso.

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