Acho engraçado como não há métrica do mercado de corrida… sempre que tinha alguma apresentação corporativa ou mesmo na academia (universidade) sobre o tamanho dele me perguntavam: existe alguma fonte com dados? Eu sempre respondia: coloque, invente qualquer número (de praticantes), não sabemos quanto há de corredores no Brasil. O mercado trabalha assim, às cegas! O pessoal do skate diz que é o segundo esporte do país. O handebol também. O vôlei também. Vai chegar a hora que a zumba ou o cross-fit vão dizer o mesmo. Saiu mais uma dessas pesquisas que transforma o brasileiro em um corredor nato. Mais de 33% teriam a corrida e caminhada como “esporte preferido”, seja lá o que isso quer dizer… isso porque nem de longe temos esses 60 milhões de corredores (não deve passar de 5% disso, ou seja 3.000.000) nem os eventos televisionados da Globo geram tamanha audiência e barulho. Aqui a pesquisa que transforma “academia” no 3º esporte de nossa preferência. Ah… outra piada… 75% dos que responderam praticam algum esporte… ahã! Depois as pessoas ficam surpresas quando o Trump “surpreende todas as pesquisas”…
Abaixo uma lista inútil que corredor amador adora: os tênis usados pelos vencedores das principais maratonas.
“O herói por acidente”, um belo curta do COI sobre um velocista escocês. Não vou contar mais detalhes para não estragar! *tem legendas!
A pergunta que parecia inevitável após sua vitória em Londres: seria Eliud Kipchoge o maior maratonista da história? Você deve, sim, considerá-lo em uma lista. Isolá-lo nunca. O atual recordista mundial (Dennis Kimetto) ganha sempre esse direito e Abebe Bikila (que já foi recordista mundial e é até hoje o único bicampeão olímpico da maratona além de ter chegado a vencer 11 de 12 provas) TEM que estar em qualquer lista.
Falando dele, uma matéria da Spikes com o primeiro e único treinador de Kipchoge: Patrick Sang.
Você acha as provas brasileiras caras? Elas podem não ser as mais baratas, mas oferecem mais do que apenas corrida, como é praxe lá fora. Abaixo você tem os preços em reais (R$) de algumas Meias Maratonas no continente. É um bom comparativo! Fonte: Um Só Lugar.
Kipchoge é fantástico, competitivo, muito consistente. Mas não dá pra dizer que é o maior…tem muita gente boa pra gente colocar nessa discussão…com certeza está no top 10. Essa é minha opinião.
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Top 5 certeza. Top 3 tb dá pra garantir. GOAT ainda falta.
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Pra ser o maior da maratonista da história falta o recorde mundial.
Pra mim o maior corredor da história ainda é Kenenisa Bekele.
Multicampeão nas pistas (Mo Farah nem chegou perto de suas marcas) e tem tempo na maratona melhor do que Kipchoge.
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Balu, essa questão do mercado é estatística. E você sabe, nós a usamos conforme nossa conveniência.
Nesses dias meu cunhado questionou se as pesquisas eleitorais valem alguma coisa, já que entrevistam “apenas” algumas poucas centenas ou milhares de pessoas. Eu dei a famosa resposta do profissional de engenharias & cia: depende !
Uma assertiva baseada numa descrição estatística tem sua relevância ligada ao intervalo de confiança, que por sua vez é proporcional ao tamanho e qualidade da amostra.
Assim, afirmar que xis por cento das pessoas votariam em A e ípsilon por cento em B considerando uma amostra de 3000 entrevistados com um intervalo de confiança de Z por cento é significativo e relevante dependendo do que se deseja. Se for para fins marqueteiros ou puramente informativos, é razoável aceitarmos. Agora, se for para fins de pesquisa científica ou uma aplicação mais séria, aí creio que não.
Tudo é uma questão do tamanho de amostra. Ter 100% de intervalo de confiança, portanto 100% de certeza, somente medindo o universo de estudo. Isto pode tornar a pesquisa inviável sob o ponto de vista físico e financeiro.
Então, se você for ao parque de manhã cedo ou no final da tarde e entrevistar as pessoas que lá estão, você fatalmente chegará nos números que gostaria sobre corrida e caminhada, ou seja, estará “cozinhando” os dados.
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Não me fiz claro… Só que dizer que a metodologia é vgb, que não vale nada o resultado.
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Sim, Balu, foi claro. E é isso que disse no comentário, com uma pesquisa estatística bem “cozinhada” dá para afirmar qualquer coisa que se queira, dando um respaldo aparentemente científico. Mas, é vgb, conta de chegar.
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