Um segredo que guardo comigo é que não gosto nem leio as recomendações do treinador Renato Canova. Puro preconceito. Tenho dificuldade em quem planilha tanto os quenianos, um grupo tão “selvagem” de corredores. Tem mais… eles são melhores maratonistas que nós brasileiros somos jogadores de futebol… assim, acho que o peso do treinador tem peso baixíssimo. Ainda assim, estou com uma palestra do italiano para ver aqui, uma super dica do Andre Berlesi!
Por mais que o politicamente diga o contrário, a fisiologia é cega, o peso (baixo) é fundamental ao sucesso na corrida de longa distância, ainda que seja um elefante no meio da sala , algo que fingimos não ver. Um texto interessante autoral mostra como até mesmo uma atleta fora de série tem que enfrentar esse tipo de patrulha.
Durante todo o tempo que eu trabalhava na ASICS lembro que não consegui fazer com meus pais sequer pronunciassem o nome da empresa. Eu mesmo, antes de trabalhar lá nunca havia tido ou usado um ASICS. Se você não é japonês ou não corre nem joga vôlei ou tênis, é provável que não conheça a marca, era um assunto mais do que recorrente. Não à toa muitos dos que começam a correr, o fazem calando Nike ou adidas (quando trabalhei na marca alemã meus pais sabiam muito bem onde eu trabalhava). Ou ainda correm de Mizuno, resultado de um esforço descomunal no início dos anos 2000 com anúncios de produtos até em jogos de futebol. O que dizer então de marcas como Brooks, Altra, Newton, Saucony…? Se você não for corredor, é improvável que as conheça, ou muito menos tenha tido um (eu nunca tive 3 das 4). É um pouco disso de que fala o texto da Bloomberg sobre a Brooks tentar agora alcançar aquele que não gosta de corrida. Para quem quer saber mais da força dessa marca no mercado americano, o maior do mundo, tem que ler!
Auto-jabá: no blog co-irmão falo sobre achocolatado ser um péssimo pós-treino, sobre haver ou não um inocente Dia do Lixo e ainda sobre como pode ser libertador um real entendimento do que é uma gordura boa!
Abaixo mais um daqueles comerciais da Nike! A loirinha que aparece correndo é a meio-fundista recordista canadense e medalha de prata no Mundial nos 800m, Melissa Bishop!
[…] Dias atrás postei aqui uma análise sobre a Brooks tentar agora vender produto para não-corredores que correm, um mercado muito maior do que os aficionados por corrida. Eu tenho comigo que tênis caro é para corredor que não corre ou para aquela pessoa muito pouco sensível a preço. Não faz sentido você gastar R$800 em um Nimbus (ou Kayano, ou Creation ou Boost) se você corre todos os dias. É mais fácil você gastar isso quando você corre 1 vez por semana na esteira e o investimento se dilui por mais de 1 ano. Ou então você é aquele tipo de pessoa que não olha o preço de muitas coisas. Quem corre muitos quilômetros e paga seu custo, prefere economizar no tênis e investir onde realmente vale (treino). Por isso que no dia da prova você consegue ver quem corre bem apenas olhando para aos pés das pessoas: mais alto o preço do tênis, mais lenta a pessoa. Funciona muito bem, experimente! Por isso que trago um texto com argumento interessante: se a Brooks for atrás de quem não corre, não estaria ela indo na contramão? O mercado sabe que o iniciante corre com Nike e adidas porque conhecem as marcas, mas também porque essas conseguem oferecer um produto “honesto” por U$80 (no exterior). Já as marcas especializadas sempre tentam te empurrar produtos caros, muito caros. Você começaria a correr tendo que pagar R$800 em um tênis de uma marca nova a você ou colocaria R$250 em uma marca famosa que seu jogador de futebol usa? É um dilema. […]
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