Leituras de 4a Feira

Alex Hutchinson fala sobre um interessante estudo que acha alguma relação entre o arco do pé e o tipo de lesão (se óssea em quem tem muito arqueado ou tendínea em quem tem pé mais chato). É importante assumir que não temos ainda ideia do que fazer com a informação, por mais que ele sugira já haver alguma intervenção possível.

A Runner´s World lista 37 erros que corredores deveriam evitar. Boa parte delas, sabemos, não é de graça! Pena…

Off-topic: o que eu vou dizer muito provavelmente corre o risco de ter uma influência da minha experiência pessoal em uma intensidade muito maior do que uma avaliação realmente idônea poderia contar. É que eu acho que na corrida a fisioterapia na maioria das vezes apenas te entretem. Na verdade é a natureza quem trabalha. O fisioterapeuta tem que te distrair, te segurar nos treinos e motivar. Quase todas as minhas vezes foi assim com a categoria. Seja como corredor, seja como treinador, nas duas vezes mais sérias que a coisa comigo de fato funcionou, os 2 profissionais falaram para eu alongar em casa e não fazer mais nada de treino. Deu certo e ainda assim a natureza ajudou mais. Quando falo de corrida, seguro a risada quando observo a atual obsessão por “fisioterapia preventiva”. Isso não existe. Não na atualidade. É muita promessa, pouquíssima entrega. E nesse final de semana li um texto recomendado por um dos profissionais mais sérios que conheço nessa área e o artigo basicamente reforça que espuma, fumaça, moda e tecnologia ajudam a vender na fisioterapia. É o efeito placebo turbinado e mais caro.

Logo mais começa o Mundial de Atletismo. Vou assistir, lógico. Mas não como antes, achando que haveria muita justiça ali. Será uma luta entre meu lado irracional, que vai se levantar sozinho na própria sala para ver as finas de 100m e 200m, e o lado irracional, que sabe que o antidoping não pega mais do que 3 dopados a cada 100! Matéria no The Guardian vem nos lembrar de como o poço é muito fundo e que não há luz no fim dele… não enquanto não chegarem do outro lado.

Auto-jabá: fui convidado pela rádio CBN para dar meus pitacos sobre o milionário mercado de corrida de rua que não para de crescer no país.

Na Runner´s World matéria dizendo que a Maratona leva menos vidas (ataques cardíacos) do que salva. Já disse aqui, não entendo por que revistas chamam treinadores para falar sobre Nutrição, algo que sabidamente não sabem nem estudam. E por que chamam pessoas que não sabem diferenciar risco, de estatística do que é uma hipotenusa? Esse argumento de fazer conta de subtração não é só burro, é utilitarista que, levado ao extremo, nos faz financiar até plantação de coca e a matança de velhinhos. Quando alguém vem e diz que esteira é mais segura, me faz ter essas mesmas certezas. Viver tem seu risco, correr maratona também. Não é preciso ter conta utilitarista para justificá-la. Deixe disso! Se a pessoa não quer correr, em seu delírio ela dirá que é perigoso, mesmo que a realidade a negue.

Faltam menos de 10 dias para o Mundial de Atletismo! *dica do Helio Shiino.

2 pensamentos sobre “Leituras de 4a Feira

  1. Glauber disse:

    Infelizmente se ouve muito essa história de que a maratona é perigosa pra saúde, principalmente pra maioria das pessoas que não praticam e estão ao nosso redor.

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  2. Marcos Paulo disse:

    Balu bom dia. Cara não lembro como cheguei até “tua pessoa” mas bem, o que importa é que assinei o blog, comprei teus livros (tô terminando o Nutricionista, capítulo 30, dosagem homeopática, livrinho filhodaputa esse.., eheheheh) e acho que não vai ter saída pras crendices. Velho, se me permite, já fui um dos caras que tomavam suplementos pra ganhar peso, mas dava tudo errado (desarranjo intestinal filhodaputa), rangava de 3 em 3h, etc. Bem, tudo errado, larguei isso. Porra, será que não tinha como entrar em forma comendo “normal”, sem neurose alguma e me divertindo, praticando uma atividade física? O Nutricionista responde bem essa indagação matando a cobra e mostrando o pau (ou seja, embasado cientificamente). Venho diminuindo o consumo de açúcar, embutidos, artificiais, buscando alimentos benéficos à saúde (longe do natureba e do vegano, seria meio foda isso, teria que me tornar um monge).
    Finalizando esse lenga-lenga, eu gosto da porra da polêmica que tu acabaste trazendo por conta da sacanagem da indústria que nos usou (e ainda usa, óbvio) como cobaia. Não, não, cobaia, não! Seria idiotas mesmo, certo?. Os caras sabem o que fazem.
    Pau neles Balu!!! Abraço, risos… Até outro dia!

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