A Maratona acima das 2h00 ainda tem vida longa

Eu achei que não fosse cair na tentação de escrever sobre a Maratona Sub-2h00 por 2 motivos muito simples: primeiro porque ela ainda demora MUITO a acontecer (*15-25 anos, chuto). E segundo porque sempre acreditei que dentro do ambiente da corrida a ideia dessa demora, ainda que venha a ser menor, era quase um consenso. Não, não é.

Que a unanimidade é burra já sabemos, mas um pouco me espanta como tem gente comprando a ideia dos projetos sub-2h. Esqueça as revistas e portais de corrida, pois eles têm que produzir tantas matérias que eles encherão linguiça com qualquer coisa. Com QUALQUER coisa. Vale até lixo hospitalar se o prazo apertado pedir, qualidade não é essencial.

As pessoas que deixam se iludir pelo discurso dos Relações Públicas dos 3 projetos (fora os RPs fan-boys que trabalham quase de graça) se esquecem de alguns pontos sobre o tamanho da façanha que é o correr mais de 42km em menos de 120 minutos:

Usain Bolt, talvez o maior freak da história do atletismo NÃO conseguiu melhorar sozinho o recorde mundial equivalente a esse necessário;

– Faz décadas que o recorde mundial não cai nessa magnitude de 3 minutos;

– O ritmo de melhora média do recorde mundial nos faz imaginar que a barreira ainda tem vida longa, muito longa;

– É impensável vermos qualquer outro recorde mundial nas provas de corrida caírem nessa porcentagem.

Então… POR QUE NA MARATONA SERIA DIFERENTE!?

Não sei explicar muito bem a razão das pessoas se deixarem levar pela ideia mais comum, a que mais escuto: a ciência ajudou a bater as antigas marcas e novas tecnologias irão ajudar ainda mais a melhorar treinamento, alimentação, suplementação, tênis e vestuário.

A ideia do discurso de que ganhos marginais com tênis, carro-madrinha quebrando vento, percurso plano e bebida mágica se baseia na fé. Isso porque, e já disse aqui, a tecnologia e a ciência muito pouco ajudaram na evolução das marcas na longa distância. A tecnologia e ciência não ajudam, elas são lentas demais, elas apenas tentam explicar aquilo que o treinamento da corrida na base da tentativa e erro descobriu. Podemos dizer que a corrida chega quase sempre ANTES que a ciência e a tecnologia quando o assunto é desempenho. Não esperem contar em hora tão crucial com quem tão pouco ajudou em toda uma jornada de décadas.

São 3 os maiores fatores que melhoraram de modo considerável e mais impactante as marcas e recordes na longa distância nessas décadas: o aumento expressivo da profissionalização e principalmente da premiação em dinheiro, que em parte explica o segundo fator, que é a entrada dos africanos no cenário competitivo global. E por fim, o terceiro fator, que muitos (não eu) acreditam ser o fator mais forte e preponderante: o doping.

Quem acredita que os atletas estarão agora mais motivados cometem 2 erros graves e ingênuos. Já foram oferecidos prêmios milionários para quebras bem mais modestas que não caíram. E segundo, não há motivação reproduzível (em treino ou simulado ou teste) que seja equivalente ao de uma competição real, aberta. Não há como negar isso, ponto.

Quem se apoia na ideia do percurso fechado, ignora ainda que há por volta de 5 provas internacionais que anualmente recebem a elite da corrida em condições consideradas ótimas e AINDA ASSIM se mantêm bem longe da marca.

Quem acha que pode haver melhoras no treinamento, ignora que não há ciência que o construa, mas que o explique. Quem diz que pode haver melhoras na periodização, ignora que ainda sequer temos provas de que ela é tão decisiva assim na corrida. Quem diz que pode haver melhoras no vestuário, deixa-se iludir por comercial barato de marca esportiva e desconhece a importância fisiológica da vestimenta. E quem acredita que alimentação/suplementação pode ter melhorado, passa longe de conhecer o que é usado atualmente pela elite mundial e o que há de ciência por trás disso. Sabe-se pouco, quase nada.

POR FIM, CHEGAMOS AO QUE IMPORTA

Há primordialmente 3 aspectos que podem antecipar a quebra dessa barreira. O primeiro deles (e ilegal!) oficialmente e teoricamente não está sendo usado: DOPING. Você pode não dopar um atleta, mas se você EFETIVAMENTE NÃO dopar um grande grupo de elite, você tem apenas UMA certeza no curto prazo: eles no máximo ficam mais LENTOS. Ou seja, estaríamos indo assim na contramão da meta. Duvido que dopem deliberadamente esses atletas. Porém, duvido que deliberadamente façam enorme questão de os impedir de se dopar.

O segundo fator, que é o mais citado, uma vez que é o produto que os patrocinadores mais querem nos empurrar, além daquele Tang com água e açúcar sendo vendido a preço de uísque 16 anos, são os TÊNIS. Quem entende bem de biomecânica (e eu confesso que em 10 anos próximo da indústria de calçado nunca conheci um brasileiro deste mercado que entenda) sabe o quão difícil é tirar vantagem de tênis.

Basicamente temos que tênis bom é aquele tênis que pouco atrapalha. Borracha não acelera, ela freia. 100% das vezes. PONTO. Quanto mais, menos velocidade. Ou seja, quanto menos tênis (até certo limite), melhor. Isso na prática já se sabe há quase 100 anos, mas alguns fan-boys gratuitos da imprensa acham que é novidade. Os tênis de hoje não são melhores, não são mais leves, não são mais eficientes do que os de 10 ou 40 anos atrás. O enorme desafio da Nike (e também da adidas, mas esta não está prometendo nada) é conseguir um tênis que melhore a economia de corrida em larga margem (4%) sendo que isso é algo a ser feito individualmente. Um tênis que melhora a corrida do Kenenisa Bekele muito provavelmente pode não melhorar a minha, nem a do leitor que corre a 5´00”/km nem a daquele profissional que faz Maratona em 2h15 ou a daquele queniano que corre em 2h06 mas com padrão biomecânico muito diferente. Entende o tamanho do problema?

Exagerando, é mais ou menos como prometer o melhor tênis da história, mas sendo vendido a todos no tamanho 41. Eu uso 43, e você? Eu não faria prova com ele. Mas o que importa: será que todos dos projetos calçam 41? Para piorar, os testes são em esteira. Fazer teste com esses atletas na esteira é como convocar o Falcão para a seleção do Tite porque ele arrebenta no Futsal. São quase esportes diferentes! Pergunte a qualquer treinador de atleta competitivo (não de assessoria!) se treinar na pista de carvão, na de tartan, no asfalto e na esteira é a mesma coisa para o padrão mecânico da corrida. Pergunte!

E chegamos ao terceiro fator que pode antecipar a quebra da barreira: o IMPONDERÁVEL, que na verdade é um “freak”, um atleta ET. Eles existem, mas este terá que ser tão fora da curva que, como dito, mesmo Bolt não melhorou as marcas tão expressivamente como preciso. Na natação, por particularidades fisiológicas e biomecânicas da atividade que não vêm ao caso, eles são mais frequentes. Por exemplo, a nadadora Katie Ledecky é hoje melhor do que medalhistas olímpicos homens dos anos 80 e 90. Isso não existiu ainda no atletismo. Mas o inédito é isso, é algo que jamais aconteceu. Ele é imprevisível, querer prevê-lo SE ou QUANDO vai ocorrer é um exercício mais do que estúpido.

Se ainda assim a Nike conseguir desenvolver um tênis que ajude com recursos externos, aí seria quase uma trapaça. E aí o debate é meio inútil. Um amador já bateu o recorde de 100m de Usain Bolt ainda em 2009. Como? Correndo na descida. O recorde mundial da Milha (1.609m) e dos 10km também já foram batidos anos atrás também em descida. E é tudo tão inválido como sem graça que aposto que o leitor não sabia desses 3 feitos. Então nem entro nesse mérito.

Eu relutei em escrever este texto porque acho o debate infrutífero já que a Matemática, a História e a Fisiologia são tão claras nesse sentido que não sei como alguém sério ou gabaritado em algumas dessas áreas acredite que estamos realmente em uma corrida séria. Não vejo gente qualificada (Alex Hutchinson à parte quase brincando de fan-boy) apostando que saia coelho dessa cartola porque eles sabem que é algo que apenas o tal imponderável pode antecipar. E esta mesma aleatoriedade é que pode por muita reputação a perder. E esta é meio que a graça de escrever aqui que a marca NÃO cai em condições normais (sem trapaças nos pés). Eu acho que sei e guardei bem o nome de quem da área pagou ingresso para o circo montado dizendo que sim, que cai. Daqui 1 ano eu posso estar errado, mas se posicionar também é um jeito deste texto valer algo.

A discordância que há entre mim e os que acreditam que é coisa para logo mais é que eu vejo ligação entre o progresso (cada vez mais) lento da marca – tem sido assim nos últimos 20 anos – e a raridade intrínseca do imponderável. Enquanto os crentes acham que o imponderável tem dia e hora marcada assim como que por mera boa-vontade a tecnologia e a ciência farão logo mais o que nunca fizeram em mais de 50 anos, ou que um pessoal das marcas esportivas em meia dúzia de reuniões viu o que ninguém que vive desse esporte teria visto ainda em décadas.

Esses da imprensa brasileira que apostam na quebra são mais felizes do que eu.

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35 pensamentos sobre “A Maratona acima das 2h00 ainda tem vida longa

  1. Marcos Paulo disse:

    Pôrra Balu tivesses tu num tribunal de acusação, o réu (sub 2h) tava condenado…!!!

    Curtido por 1 pessoa

  2. Joao disse:

    Fiquei curioso de saber que são 3 projetos. Pra mim era só o da Nike

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  3. Mauro Leão disse:

    Será com um ET dopado. O recorde Mundial feminino é um assombro e prova que não é só boa vontade… tem qtos anos que nenhuma mulher nem beira a marca… qd ela fez provavelmente tinha tomado muito Todynho.

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  4. Hélio Shiino disse:

    Afastando e observando por cima desse “Olho do Furacão”.

    Essa “Corrida Espacial” à parte, a maior relevância para as Marcas é que esse suspense, que a chegada desse grande dia, e principalmente, esse burburinho dure bastante.

    Se essa marca demorar a ser batida, tudo bem.
    Se vier mais cedo do que esperavam, também tudo bem.

    “Há apenas uma coisa no mundo pior do que falarem mal de você: Não falarem sobre você.” (Oscar Wilde)

    Inexoravelmente, enquanto em cada esquina estiverem fazendo as suas apostas, Marca X ou Marca Y estarão sendo proferidas. Ou seja, estarão perpetuando o nome da Marca – e o melhor de tudo – sem gastar 1 cent sequer.

    Por curiosidade – bem por alto – eu fiz uma pesquisa de quando foi levantada esse assunto e por quem. Não sei se digitei as palavras-chaves certas. Foi lá pelos idos de 2013. Alguém sem qualquer pretensão.
    Marca que não é boba, pegou o enredo sabendo que o seu desfecho é uma grande incógnita.

    E estejam certo. A Marca ganha com isso de uma maneira ou de outra. E por tabela, quem sustenta essa assunto também.

    Opinião pessoal. Tem um pequena parcela de Desafio e tem uma grande parcela de Guerra de Marcas.

    http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/gestao-de-marcas-o-motivo-das-pessoas-comprarem-nike/65053/
    Gestão de Marcas: O motivo das pessoas comprarem Nike
    Este artigo tem o objetivo de abordar o impacto que a marca reconhecida globalmente tem junto ao cliente, tornando em muitas situações um fator determinante para a compra
    Thiago dos Santos, 29 de julho de 2012

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  5. Kleber disse:

    Acredito que a estratégia está funcionando muito bem. Não acredito que irão baixar das duas horas. Mas na verdade nem acho que seja esse mesmo o objetivo. Mas essa brincadeira trouxe todos os holofotes de volta pra Nike e de quebra pode trazer de volta pra eles o recorde mundial, nas mãos da Adidas há quase 15 anos.

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    • Hélio Shiino disse:

      Sabia que eu não prestava muita atenção por esse viés até a Copa 2014 aqui no Brasil?

      Quando foi afunilando e entrando nas 4as de finais, por acaso, vi em um site a seguinte tabela.

      ==========================================================
      França – Nike X Alemanha – Adidas
      Brasil – Nike X Colombia – Adidas

      Argentina – Adidas X Bélgica – Burrda
      Holanda – Nike X Costa Rica – Lotto

      Batalha das marcas líderes no segmento esportivo (Adidas X Nike)
      Adidas – 3 X 3 – Nike
      ==========================================================

      Enquanto os torcedores viam entretenimento, as Marcas viam Negócio em 360º.

      (Você se lembra da grande sacada da Adidas em lançar uma camisa da Seleção Alemã que fazia alusão a uma camisa do Flamengo, o Clube mais conhecido do Brasil, em plena Copa no Brasil?? O que alavancou de vendas esse produto não está no gibi…)

      E na Final deu Adidas!

      Hegemonia, para eles não é o suficiente. Eles querem ter o prazer de dar o Golpe Final no Arquirrival em plena Arena lotada.
      O Mundo dos Negócios tem um Q de Concorrência Darwiniana!

      E na Corrida, enquanto uns veem Sub-2h, Quenianos etc, as Marcas só tem olhos para a captação do Dízimo Esportivo $$$.

      E é bem isto. A Adidas é uma espinha na garganta da Nike em termos de Maratona.

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      • Péricles disse:

        Acho que a questão é essa. Muito bem observado. Enquanto os grandes colhem dinheiro os pequenos brigam entre si.

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  6. Rafael disse:

    acho que será tipo “homem foi a lua”

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  7. Andre Berlesi disse:

    Tenho algumas dúvidas sobre a aferição dos percursos. Existe algum tipo de “margem” para que a certificação das distâncias seja aferida e atestada? Qual é o real controle existente nas medições de pistas, percursos de maratona e etc? Ninguem me tira da cabeça que Berlin tem menos do que a media das outras maratonas. Pode ser pouca coisa como 25 ou 50 m mas acho que isso pode acontecer sim.

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  8. Brunoluiz disse:

    Precisava desse texto pra organizar o que penso! Tem gente que só quer numero, pouco importa se ele vem pela lógica ou não! Sera que ele vem pela fé? Que gente feliz!

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  9. Henrique disse:

    Balu

    Ainda bem que o recorrido não acabou!!! kkk

    E o fato de que os atletas não estarão em uma prova… e sim em um desafio? Isso não ajuda?

    Eles podem esperar por um dia com clima perfeito, redução de resistência do ar…
    Sub 2 não acredito, mas reduzir o tempo do Kimetto é possível, e caso isso ocorra, o recorde continuará com o Kimetto.

    É “apenas” uma “brincadeira”!!

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    • Danilo Balu disse:

      Tirar de âmbito competitivo não ajuda, só atrapalha. Já viu algum recorde importante cair em treino?? Bater o WR é factível, óbvio. Bater em 3min somente na descida.

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      • Henrique disse:

        Os treinos sempre são feitos para atingir o ápice em competições, dessa vez não, o “treino/desafio” será para quebrar o WR.

        Vamos aguardar….

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      • Danilo Balu disse:

        Qual a diferença se em ambos os casos a ideia é estar melhor do que qq um?

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  10. liporati2002 disse:

    Vai cair! Basta usar a mesma estratégia da Paula!
    O recorde feminino caiu 3m22s em 18 meses. 2:18:47 (Ndereba) + 1 ano -> 2:17:18 (Paula) + 6 meses -> 2:15:25 (Paula).

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  11. Edivaldo Araujo disse:

    Seus argumentos são muitos bons Danilo e concordo com ele. No entanto, apenas, quero citar a capacidade humana de superar suas barreiras. Esse ponto, torna o homem capaz de conseguir tal feito, quando?? essa é a minha discordância da sua narrativa. Acredito que não podemos prever… em setembro de 2017 em Berlim ou em 2094 na rua Javarai… o impoderável!

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    • Danilo Balu disse:

      Mas eu não estou negando que o homem nunca pise em Marte. Eu só acho que não acontece esse ano. Porém não posso tb dizer que um dia pisaremos no planeta vermelho. Eu pessoalmente acho que um dia faremos os 2!

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  12. Ciro disse:

    Balu, vc acha que essa Paula Radcliffe,pode ter sido esse atleta ET que vc fala, como vc cita a Katie Ledecky…?
    Porque se eu não me engano ela correu maratonas abaixo de 2:25 umas 8 vezes.
    Ela tem 2:23, 2:22, 2:20, 2:18, 2:17….

    Outra pergunta:
    Vc acha que por ser inglesa, essa seleção de talentos que ocorre lá, é realmente eficiente?
    Porque na Inglaterra, eles tem caras sempre bons… ou tb sempre tem aquela ajudinha de doping?
    Froome e Mo Farah a gente ja sabe…. mas irmão Brownlee, Cavendish, Bradley Wiggins….etc etc etc

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    • Danilo Balu disse:

      Bom, o que eu acho da Paula Radcliffe, de inegável talento, eu não posso dizer 100%… Ela é um ET, sim, maaas….

      Os britânicos são potência olímpica! Fizeram algo que nunca conseguiremos fazer: se planejaram e conseguiram! Eles têm talento, competência e uma orientação por medalhas que faz com que MUITA gente lá faça QUALQUER coisa por medalhas. Entendeu?
      Vc daria um cheque em branco a um ciclista pró como Wiggins ou Cavendish? Está acompanhando pelos jornais de lá a Sky se desmanchando? Qto ao triatlo, é algo pequeno, né? Os irmãos são bons demais e tal, mas triatlo é nicho, não dá pra colocar no degrau de atletismo e natação, por exemplo…

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  13. Desculpe o meu ceticismo mas acho que a barreira de 2 horas pode sim, ser quebrada, dependendo dos avanços na farmacêutica. De resto é aquilo que um colega acima disse, falem mal mas falem de mim…

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  14. Isabel Lopes disse:

    Eu também não quero mais saber desse sub2h00 esse assunto é muito transcendental pra mim, queria só saber como melhorar o meu pace até maio, porque vou participar de uma corrida e quero fazer bonito perante meus amigos e familiares.

    Você sabe quantos km tenho que correr na semana para em maio fazer 55 minutos nos 10Km da Tribuna? Ano passado fiz 1h08.

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  15. Cadu Pagnoncelli disse:

    Muito bom o post! Também acho que essa marca vai demorar para ser batida, mas a única explicação que me leva a pensar que pode acontecer antes do que a gente imagina é a desse vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=iKFHU0EFsZ8
    Parabéns pelo blog!

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  16. Thiago disse:

    Muito bom texto. Geralmente eu discordo em um ou dois pontos com seus textos, mas nesse tá difícil! kkkk
    Essa parte então “Quanto mais, menos velocidade. Ou seja, quanto menos tênis (até certo limite), melhor.” concordo plenamente. Tenho 2 wave universe, 1 piranha gel e 4 hattori (2 praticamente destruídos e posso dizer que sinto saudades de quando a “modinha” dos tenis era barefoot. Me saio muito bem com eles, pena que todas as marcas adotaram agora EM TODAS AS LINHAS o tal athleisure, me deixando sem opção a não ser usar os de solado baixo na base do conta-gotas.
    Boas corridas a todos!

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