Quando DUNNING & KRUGER sobem correndo o “Monte da Estupidez”

Um dos maiores desafios que uma pessoa deve ter ao seguir escrevendo em um blog é como lidar pacientemente com o Efeito Dunning-Kruger. Para quem não sabe do que se trata, o efeito é sobre uma ilusão descoberta em experimentos realizados pelos pesquisadores Justin Kruger e David Dunning que notaram que justamente os mais ignorantes em um assunto demonstravam possuir uma confiança desproporcional nestes mesmos assuntos nos quais são ignorantes. Resumidamente: a ignorância gera confiança com mais frequência do que o conhecimento.

Muito provavelmente pesa o fato do veículo em questão. Tenho conversas produtivas com quem leu meus livros, mas um blog não gera o mesmo “respeito”. É como se o escrito aqui tivesse menos força do que algo escrito e publicado em papel. O Efeito Dunning-Kruger faz “indivíduos que possuem pouco conhecimento sobre um assunto acreditarem saber mais que outros, fazendo com que tomem decisões erradas e cheguem a resultados indevidos; é a sua incompetência que os restringe da habilidade de reconhecer os próprios erros. Estas pessoas sofrem de superioridade ilusória”.

Dois vídeos recentes em particular me chamaram a atenção. No mais novo deles, meu amigo Ricardo Nishi fala sua opinião sobre um tênis em particular. Desconsideremos que opinião é algo sempre… pessoal. Dizer que o que o Nishi dizia ali era uma – desculpe a redundância – “opinião pessoal dele”, é como dizer que um elevador “sobe para cima” ou “desce para baixo”.

mount-stupidOu seja, ignoremos que as pessoas leem um dicionário em frequência muito menor do que desejam escrever. O que impressiona é como as pessoas falam com segurança e certa agressividade de um assunto do qual não dominam, no caso, o papel dos tênis na redução de lesões na corrida.

Tempo atrás, quando convidei o fisioterapeuta e doutor Alexandre Lopes para escrever o capítulo sobre Tênis e Lesões em meu livro O Treinador Clandestino – o que nunca te contaram sobre corrida, um dos objetivos foi justamente o de dar embasamento às ideias apresentadas. As pessoas sofrem da síndrome do jaleco branco, elas precisam ver alguém vestido de branco quando o assunto é Saúde. É a falácia da autoridade. E não deixa de ser muito maluco isso.

Um dos argumentos mais citados justamente por quem mais demonstra não entender nada do assunto tipo de pisada, controle de movimento e calçados esportivos, é o de que deveríamos crer no que dizem releases de empresas fabricantes, pois elas têm pesquisas e investimentos brilionários em tecnologia.

Deixe de lado jornalistas do setor que parecem escrever sempre com o taxímetro ligado, encoste também ortopedistas e fisioterapeutas que parecem ainda escrever com o que fora produzido nos anos 70 ou 80 falando sobre tênis para diferentes tipos de pisada. Saiba sempre que não há investimento, não há pesquisa, não há evidências que tênis (modernos ou não) tragam maior segurança à nossa corrida. Não sou eu que estou falando isso. Basta procurar.

Mas os mesmos de sempre irão engrossar a voz. Vão argumentar que sou tolo em pensar que uma fabricante não investiria brilhões de dólares em pesquisas (não investem). Ou que os tênis de hoje são iguais (em segurança!) aos dos anos 70 (pois são).

Alguns são ignorantes porque não sabem do que falam. E isto não é crime.

Outros são ignorantes mesmo porque lhes é financeiramente conveniente.

Mas que é preciso paciência com os dois, ah isso é!

******

p.s.: se você chegou até aqui, poderia me explicar por favor o que é “suporte” em um tênis de corrida? Corro há mais de 20 anos, trabalhei em marcas esportivas, mas JURO que até hoje não sei o que é isso  rsrsrs Tolo que sou, sempre acho que são minhas pernas quem me dariam suporte rsrs

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33 pensamentos sobre “Quando DUNNING & KRUGER sobem correndo o “Monte da Estupidez”

  1. Hélio Shiino disse:

    Traçando um paralelo meio off-topic, um dos setores que mais se investe dentro de qualquer Empresa para que se tenha sucesso na venda de seus produtos é o Setor de Propaganda e Marketing! (Ponto)

    A exibição, através do impacto visual, tanto no que o produto oferece quanto no que JAMAIS oferecerá, é fundamental. Ambos estarão lado a lado no vídeo comercial. Cabe ao expectador discernir o que é plausível do que não é. Propaganda não mente! Mas gera impressões visuais que cabe à você interpretar da forma que melhor lhe convém!

    As pessoas tem uma bagagem conceitual para não cair nas armadilhas das ilusões “idióticas” que são jogadas constantemente nas suas caras?

    Abaixo, o exemplo de um vídeo. Após o término, se pergunte: “Quem é o responsável por fazer aquilo que você acha que é possível ser feito?”. (Se é que é possível…)


    ASICS: Levitation Test
    Compartiendo Publicidad
    Publicado em 22 de abr de 2012
    http://www.facebook.com/CompartiendoP
    To demonstrate the technical aspects of ASICS shoes, we created StopAtNever.com, a parallax scrolling site that houses 10 short, fun films, each about a different technical aspect of various ASICS shoes. Click to the right for a more technical look at what’s being demonstrated.

    Advertising Agency: Vitro, San Diego/New York, USA
    Creative Chairman: John Vitro
    Chief Creative Officers: Jonas Hallberg, Liron Reznik
    Creative Director: KT Thayer
    Copywriter: Schuyler Vanden Bergh, Simone Nobili
    Sr. Art Director: Cris Westrell
    Art Directors: Kevin Lukens, Kevin Cimo, Dominic Al-Samarraie
    Agency Producer: Mickey Strider
    Executive Digital Producer: Lina Drott
    Digital Producer: Christoffer Lorang Dahl
    Digital Production: Kokokaka
    Video Production: 13 Keys
    Video Editing: Dave Friz, 13 Keys
    Sound Design: 13 Keys

    Não seria tempo – e põe tempo nisso – de se traçar uma linha divisória no que é causa e no que é consequência???
    Assistiram o vídeo?
    Leram a legenda?
    Qual foi o elemento causador do efeito consequente?

    “A Propaganda é a Alma do Negócio.” Já ouviram essa frase?

    Excelência em Propaganda Padrão “ISO (…) Mil e Um”. (Nada não, apenas pensei alto…)

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  2. Everaldo Candido disse:

    Excelente texto, com relação aos tenis de corrida as duvidas ainda são muitas e os corredores não sabem qual o melhor caminho a seguir

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  3. Nishi disse:

    Acredito muito nisso. A influência de pouca informação, nem sempre correta, nem sempre aprofundada, mas absorvida pelo indivíduo, fazendo com que ele adote essa pouca informação como palavra final. Vejo e até faço isso diariamente. Conversa de bar, politica, futebol, esportes em geral…

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  4. Julio Cesar Kujavski disse:

    Quando compro tênis (e não o faço muito) eu levo em consideração três fatores básicos:

    – Preço
    – Peso
    – Se é bem colorido.

    Quando vejo em revistas ou sites aqueles “guias de tênis” ou depoimentos sobre testes de tênis eu já começo a cochilar.

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    • Danilo Balu disse:

      Sou assim tb 100% do tempo. Outra característica que peso mto é se ele é flexível. De brinde ainda ganho um tênis mais baixo, pois só eles reúnem essas características físicas.

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  5. Maicon Cunha disse:

    Achei desnecessário mesmo os comentários no video do nishi… mas sempre que o canal cresce, aumenta a abrangência e o público isso acontece… reclamar que é um parecer pessoal é simplesmente bizarro, mas é parte da educação que as pessoas tem onde mal sabem interpretar qualquer coisa… Ah, estou correndo com um tenis da dectalhon de 100 reais, sei lá se tem suporte… mas é leve e confortável

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  6. Pedro Ayres disse:

    Há pelo menos um caso bem documentado de que suporte NÃO funciona. Mas, claro, isso é conhecido como evidência anedótica. Tirem suas próprias conclusões:

    Acho que já citei aqui, vale lembrar: Gustave Le Bon tem um livro excelente, “As opiniões e as crenças”, em que demonstra como as opiniões se formam por falácia de autoridade, contágio, propaganda (como citou o Hélio ali acima) e outras crendices. Nós racionalizamos as coisas, o que está longe de dizer que tomamos atitudes racionais.

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  7. Carlos disse:

    Balu, indo no sentido deste trecho do seu texto: “é o de que deveríamos crer no que dizem releases de empresas fabricantes, pois elas têm pesquisas e investimentos bilionários em tecnologia”, mas com foco no açúcar, há o livro “The Case Against Sugar” do brilhante Gary Taubes… ainda não terminei de lê-lo, mas é intrigante o seu conteúdo.

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  8. Jorge Paulo disse:

    Mais um excelente tempo gasto na leitura do Recorrido, e aprendendo coisas novas e aprendendo argumentos novos para conversas dessa cachaça chamada corrida.

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  9. Elisângela disse:

    O que acontece na verdade segundo a minha percepção, é que não apenas as pessoas não possuem conhecimento para sí, mas teimam em passar esse “tal conhecimento” aos outros. Muitos educadores físicos se auto proclamam treinadores de corrida e grande conhecedores do universo da corrida e seus acessórios. Abrem acessorias esportivas e começam a patifaria sem fim, enganando, iludindo e minando pessoas leigas que buscam um respaldo para começarem a correr. Dessa forma o assunto mais comentado nesse meio é o tipo de tênis. Sempre são indicados tênis caros de marcas conhecidas nacionalmente e sendo assim quanto mais caro o aluno paga em um tênis mais “bonzão” ele é. Esses pseudo treinadores não conhecem absolutamente nada de passada, mas destilam sua “sabedoria” à torto e à direito. Digo isso por que comecei do zero sem conhecimento e experiência nenhuma e fui vítima desses charlatães.
    Demorou muito tempo até eu aprender que o mais importante em um tênis é o objetivo que tenho e o conforto que o mesmo me proporciona. Se um tênis tivesse a capacidade de evitar lesões deveria ser santificado e colocado em um pedestal. Excelente seu texto como sempre! Parabéns!

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  10. martinhovneto disse:

    Vou te explicar o que é suporte Danilo. Suporte é quanto você suporta correr com o tênis. Bom, isso “na minha opinião pessoal” (Nishi, 2017)

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  11. Robério disse:

    Tênis pelo menos para mim é um item muito importante na corrida. Sou um corredor de 80kg e não consigo correr com tenis minimalistas. Se tênis não tem importância, então pega um corredor pesado e manda ele fazer uma meia maratorna de all estar ou de kichute e vamos ver se ele consegue completar a prova. Aposto que não completa, e se completar, é bem provável que tenha uma lesão.

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    • Danilo Balu disse:

      Já viu como tem SE’s…. Se eu tivesse nascido no Japão, seria japonês.

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    • Julio Cesar Kujavski disse:

      Ué, já correram maratona de chinelo, de sandália, de conga.
      Como você acha que corriam maratona nos anos 60 ou 70 ? Não vejo problema em correr de kichute ou de all star.

      Aliás, na minha época a gente usava kichute pra tudo. ficava o dia inteiro de kichute.

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    • Rafael Costa de Araujo disse:

      tbm tenho estrutura pesada (80 kg). E Acredito que para essa faixa de peso , “as regras”, sejam outras. (volume, tenis, …)

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      • Vinicius Morais Nunes disse:

        Sou um corredor de 85kg e corro com tênis minimalista. É só questão de treino e adaptação. Joguei futsal minha vida toda e os tênis de futsal não tem amortecimento. Nunca tive uma lesão.

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      • Danilo Balu disse:

        Quem fala que minimalismo machucaria corredores acima de 80kg ficaria chocado se visse como eram os tênis de basquete até os anos 80… jogadores amadores e profissionais de pelo menos 1,90m MTO mais pesado fazendo movimentos extremamente mais agressivos que a corrida.

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      • Ciro disse:

        As regras são exatamente as mesmas. Aliás, para pessoas com mais massa, a consciência e a responsabilidade deve ser muito maior. VOCÊ precisa saber como apoiar o peso após cada salto e não jogar a responsabilidade para os tênis. Vc necessariamente deve saber o que esta acontecendo em cada impacto e os tênis com amortecimento só camuflam e te enganam……por um tempo.

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    • Robério disse:

      Obrigado pela resposta!. Favor me retirar da sua lista de emails.

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      • Robério disse:

        Se minimalismo não machuca corredores é só pesquisar sobre o five fingers (tenis minimalista) gerou várias lesoes em corredores inclusive fascite plantar e ainda foi processado nos EUA por propaganda enganosa.

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      • Danilo Balu disse:

        Vc tem certeza disso? Porque a razão do processo foi outra…

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      • Robério disse:

        http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/a-verdade-nua-e-crua/

        Reportagem da exame falando sobre minimalismo, five fingers, lesões e tudo mais. Com opiniões de quem tem competência para falar disso: fisioterapeutas e médicos.
        Há uma diferença muito grande em colocar tênis minimalistas em jogadores de basquete profissional e amadores. Estes fazem musculação, fortalecimento, enfim, os músculos estão mais preparados para o esporte e sem contar que um jogador de basquete não corre 21km muito menos 42km numa partida. Pegar uma pessoa que entra para o mundo da corrida fora de forma, com sobrepeso, corpo com a musculatura pouco desenvolvida principalmente a panturrilha e que se apresenta numa assessoria esportiva querendo correr e vc indica para ele um tênis minimalista de cara seria uma atitude no mínimo irresponsável. A tecnologia está aí para ajudar as pessoas em vários setores ,e no tênis também pode haver evolução, porque não? Vcs acham que os jogadores da NBA preferem jogar com os tênis de 1980 ou os tênis de hoje? Vcs sabiam que existe um tênis que foi proibido pela NBA?
        Na temporada 2010-2011 a NBA proibiu um novo modelo de tênis que revolucionaria o mundo do basquete completamente. O APL (Athletic Propulsion Labs) surgiu como um tênis que daria grande vantagem a quem usasse o modelo, dando maior um impulsão, sendo esses o motivo do banimento. Vejam que a NBA quem proibiu.Não estou falando aqui para ninguém comprar tênis de 800 ou 1.000 reais. Não sou vendedor de tênis e nem rico para ficar ostentando com tênis caros e não tenho nenhuma intenção em criticar ninguém aqui, mas tenho capacidade de discernimento das informações que me passam e no meu entendimento tênis é um item que tem certa importância na corrida.

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      • Danilo Balu disse:

        Oi Robério! Confesso que não entendi o link…. a matéria fala o que é meio consenso na área, ainda que demostrando ceticismo a usar um recurso que demonstra opinião, ignorância ou má fé de quem escreveu qdo apenas alega que Daniel Lieberman somente argumenta qdo na verdade há inúmeros estudos apontando evidências daquilo que ele afirma (como a questão da redução do impacto e da maior percepção de quem corre com menos entressola). Não sei se vc conhece o trabalho de Lieberman, se conhecesse, tenho certeza que vc seria mais cuidadoso ao tomar partido apenas lendo release de tênis. Na própria matéria ele fala o que sempre digo aqui sobre o assunto: não é conclusivo e correr descalço traz lesões diferentes da corrida com mto tênis.
        Vc cai na falácia da autoridade, entendo seu pto. Bastou a pessoa falar que é gerente de produto, médico ou fisioterapeuta, vc assume como verdade. Não é crime. Lieberman, por exemplo, não é nada disso…
        Qdo vc vai pra área do basquete imagino que vc desconhece completamente a dinâmica de cargas desses esportes. Não há nada de errado nisso! Vc parte da premissa que eles fazem todo um trabalho de preparação (isso se chama fé) ou ainda que um amador correndo 21-42km gera cargas mais elevadas (isso é desconhecimento técnico mesmo).
        Qdo fala da pessoa com sobrepeso, vc desconhece, por exemplo, que estudos trazem evidências que qto maior o peso, menor a velocidade, menor a carga, menor o volume e… menos lesões!
        Para vc afirmar que dar de cara um minimalista a um iniciante é uma irresponsabilidade. Será? Deve haver alguma evidência disso? E se eu dissesse que o mais prudente seria exatamente fazer isso? Mas não somos ortopedista, não há como conversarmos.
        Eu entendo a crença que as pessoas têm na tecnologia, mas veja que engraçado: em 30-40 anos de “tecnologia” no tênis vc acredita que não há sequer mensuração de algum amortecimento em tênis? Acredita que até hj não há evidências que eles reduzam em 1% sequer as lesões? Acredita que não há evidência alguma que eles entreguem uma mínima parte do que prometem? Estranho, né? Vc prefere acreditar que reduzem, mas por algum motivo eles não mostram as tais evidências, eu prefiro acreditar que se eu tivesse o QI de uma abelha e tivesse essa evidência, elas estariam amanhã na caixa dos tênis da minha marca. Vc prefere acreditar, eu prefiro apenas questionar o motivo do porquê continuar acreditando na propaganda.
        Se vc gosta mesmo de NBA, há um texto fantástico (que não toma partido) sobre Minimalismo. Já achar que um jogador escolhe o que vai usar na quadra flerta com a ingenuidade.
        Por fim, a questão da proibição do APL. Não sei o qto vc conhece a fundo essa questão dos calçados… nos anos 60 uma sapatilha da PUMA foi proibida, nos anos 80 um Nike foi proibido. Hj se vc usar a super tecnologia de usar uma perna de pau ou um tênis com 5cm de entressola, vc será proibido de competir. É a tecnologia wood, madeira em inglês. O APL não aumenta a impulsão, ela permite diminuir menos usando “molas”. Do contrário, se vc derrubasse seu tênis no chão, vc poderia fazê-lo entrar em órbita. É um princípio que vc não pode nunca esquecer, além é claro, de ler o livro de regras da modalidade que impede que vc use muitos cravos na sapatilha (o exemplo da PUMA) ou mtas travas altas na chuteira no futebol.
        Pra finalizar: 1. em nenhum momento eu disse que o barefoot/minimalismo reduz lesões. Eles mudam o padrão delas. 2. Quem fala que tênis tem que ter amortecimento ou controle de movimento para reduzir lesões, TEM que trazer evidências. É assim que funciona sempre. Se vier afirmar isso, eu pego no pulo, porque a pessoa só irá dizer algo do qual ela definitivamente parece não entender nada.
        Até mais!

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      • Robério disse:

        Não sei o motivo pela qual não entendeu a reportagem. Veja um trecho do texto:

        “Entre 5% e 10% dos nossos pacientes nos procuram porque sentiram dor ao alterar a mecânica de corrida, seja ao começar a treinar descalços, seja com tênis minimalistas”, afirma Reed Ferber, diretor da clínica. No Brasil, ortopedistas e fisioterapeutas também começam a se familiarizar com a questão. “Torço para que essa onda pegue de vez(minimalismo), não vai faltar trabalho”, afirma ironicamente um renomado ortopedista.”

        Não concordo com o que vc fala e tenho todo direito de discordar.
        Recente video de um canal de corrida com bastante seguidores está circulando no youtube e em determinado trecho do vídeo um corredor pergunta para outro sobre qual tênis um corredor com sobrepeso deve usar. Veja o que é falado. Portanto, não estou sozinho nessa. Não são corredores profissionais, mas já testaram vários tênis e têm bastante rodagem para falar.
        No mais, seja feliz com suas idéias.

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      • Danilo Balu disse:

        Não entendi? Ok…

        “Entre 5% e 10% dos nossos pacientes nos procuram porque sentiram dor ao alterar a mecânica de corrida…”
        Eu não entendi exatamente o que vc quis dizer coma citação… quer dizer que mesmo com Barefoot/Minimalismo machuca?!? Alguém de bom senso acha que não machuca?? Eu desconheço…

        Sobre o tal vídeo recente, o que é falado não me importa! Cada um pode achar o que quiser, até que o David Luis é uma gde opção pra zaga da seleção…. Acha que eu ligo??? Mtos de vcs têm essa mania de achar que eu me importo… eu não me importo! Só que reforço, se um profissional falar que amortecimento protege, eu pego o profissional picareta no pulo! Só isso! Mas não ligo se vcs acham que tecnologia é Santo Graal. Não ligo!

        Robério, insisto, felicidade começa com FÉ!

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    • Leonardo Rodriguez disse:

      Comecei a correr com sobrepeso, 103kg. Corri com o tênis que tinha, sketchers, um modelo dos primeiros que apareceram por aqui. Pouco amortecimento, largo na frente. Mas já estava velho. Parti para um barato, da New Balance, também comprado pelo preço. Mas, muito leve, drop que, hj considero alto, 10mm, mas confortável. Hj ele está com 790km de rodagem e com ele, faço rodagem, tempo, velocidade e prova. Ele tem amortecimento, sim! Mas ele é confortável, e era com toda a banha que eu carregava comigo. Detalhe, minha filha tem 13kg, um carregava mais que uma Eliza nas costas em todos os treinos e corridas.
      Hj, 8 meses depois, com 87 kg, saí do sobrepeso há 2kg, tenho 1,89m, coisa que ocorreu quando aprendi a entender o que como, usando menos processamento de alimentos e menos carboidratos. Consigo correr 2h30 sem parar e completar corridas de 22km. São 8 meses de corrida, 8 meses sem lesões. 8 meses sem dor? Sem microlesão? Sem adaptação óssea, muscular, articular? Não! Mas entendendo meu corpo, nunca tive que ficar mais que 3 dias sem correr devido a isso.
      É preciso entender os sinais do corpo, hora de parar ou continuar. Ninguém vai te dizer qual é a sua hora.
      E agora. O mais importante!
      Quer correr? Aprenda a fazê-lo! Vai ter que aprender a bater o pé no chão! Vai ter que ler, estudar e experiência e fazer exercício! Ir a loja de tênis ou ficar vendo Review de tênis não vai fazer vc perder um kg de gordura, não vai fazer vc ganhar 1 minuto de Pace, ou não vai fazer vc completar uma prova.

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  12. geocaju disse:

    Fantástico Balú! Quem acredita nestas falácias sobre os tennis, estão de fato procurando um bom viés de confirmação para justificar gastar mais de R$800 em um tennis…

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  13. Fernando Saldanha disse:

    Sobre os tênis e outras “necessidades”.Marketing do mentiroso. Com tudo é assim. Elas gastam em bolsas, sapatos, sutien( alguém presta atenção neles?), eles em carros, cervejas, tênis… Balu, deixar os cras gastarem assim mantendo a cadeia produtiva. Precisar não precisa, mas se pode ou quer…

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  14. Marcos disse:

    Muito bom o texto Balu. Principalmente quanto à questão psicológica envolvida. Excelente essa abordagem do efeito Dunning-Kruger.
    Sem dúvida tênis é importante para o corredor. Óbvio que é um assunto sobre o qual temos que falar. Pesquisando acho até que se encontra boa informação. Mas a maioria da discussão produzida me parece perda de tempo.
    Por fim, acho que é preciso ter paciência e aprender a lidar com essa “voz coletiva atribuída a quem quer que seja”. Para não perder tempo. Para aprimorar as reações.
    Umberto Eco:
    “As mídias sociais deram o direito à fala a legiões de imbecis que, anteriormente, falavam só no bar, depois de uma taça de vinho, sem causar dano à coletividade. Diziam imediatamente a eles para calar a boca, enquanto agora eles têm o mesmo direito à fala que um ganhador do Prêmio Nobel”
    http://epoca.globo.com/vida/noticia/2016/02/5-frases-memoraveis-do-escritor-umberto-eco-sobre-redes-sociais-e-tecnologia.html

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  15. mbmoraes disse:

    Como prefiro exemplificar, segue o que é tênis de corrida com suporte.

    https://goo.gl/BorIx4

    😉

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  16. Julio Cesar Kujavski disse:

    Alguém deveria pegar esse pessoal que ficou dependente de tênis acolchoados, coloca-los em uma pista de atletismo, dar uma sapatilha de fundo e mandar correr 10.000 mt.

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