O ativista, professor e ex-atleta Tommie Smith escreve sobre o legado de Ali fora dos ringues.
Para quem gosta do assunto com tão poucas fontes, a Running Competitor explica como os coelhos ganham seu dinheiro em ano olímpico.
Pobrismo e a pobreza como espetáculo, estão aí duas coisas que abomino. Nunca entrei em uma favela que não fosse para fazer uma visita a alguém, não um tour pago, sapateando deslumbrado sobre a dura vida na pobreza. Porém, não há UMA única vez que eu pegue um táxi no Santos Dumont ou próximo à Rocinha que o motorista não me faça oferta de pacotes. É a espetaculização do sofrimento alheio. Tenho pavor de outra coisa também: a corrida engajada. Não acredito em nenhuma que não direcione 100% da arrecadação à causa. 100%, nada menos que isso. Corrida da Mulher, pela água, pela conscientização… Se você tem retorno financeiro, por menor que ele seja, isso não é filantropia, é sua humildade esperando e cobrando dinheiro pelo aplauso. Semanas atrás rodou por aí um vídeo de um grupo gringo que foi correr no meio da miséria da ditadura cubana (me recuso a colocar o link). O ignorei por completo, mas tive que voltar a ele ao ver dessa vez um curto documentário, o Further, falando sobre uma ultramaratona beneficente feita no paupérrimo Haiti. Poder correr por um dos países mais miseráveis do mundo é coisa para privilegiado que tenta traçar um paralelo entre o horror da vida dos haitianos e seu suposto guerrerismo como ultramaratonistas. Infelizmente não precisamos ir longe… anda na câmara de SP a ideia do nosso prefeito querendo fazer pista de cooper em cemitérios. Nem os mortos respeitamos. Sobre os pobres sapateamos com eles ainda vivos. O corredor é realmente o sujeito mais vaidoso e egoísta que existe.
Veja aqui um curto vídeo do camping de treinamento da Nike feito com jovens velocistas americanos.
Abaixo o vídeo com os melhores momentos do forte meeting britânico Birmingham!
Aqui em Colônia – Alemanha um dos parques muito usados para correr na cidade na verdade é um dos cemitérios mais antigos daqui.
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Sempre fico com uma sensação esquisita quando vejo coisas como: “Compre kms e ajude a instituição x, y z.”. Quando na verdade o sujeito está é usando o nome das instituições e o sofrimento de crianças e doentes parra realizar seus projetos pessoais, geralmente ultramaratonas e essas baboseiras.
Tem uns por aí que vivem só disso hoje em dia.
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Não existe maneira mais fácil de ganhar dinheiro do que apostar na estupidez e na vaidade. Corridas engajadas são só uma versão limpinha de outras coisas horrorosas que andas por aí, como a Vê são odara – color run – ou a versão guerreiro – military run.
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sei lá, mas acho que se o sujeito organizar a corrida e parte da grana for para caridade, ótimo. De qualquer maneira ele organizaria a corrida e ganharia seu dinheiro. Não acho que o fato de ser filantrópica impulsione as inscrições, se for, é pouca coisa.
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