O blog é sobre atletismo, corrida, seu mercado e sua ciência que gira em torno (Nutrição, Fisiologia, Treinamento, Biomecânica…). Mas é também sobre comportamento e de coisas que parecem não pertencer à corrida, mas dizem muito sobre nós que corremos. Então listo aqui a terceira de 4 partes com as leituras off-topic que foram publicadas ao longo de todo o ano de 2015. *também por brevidade, nessa republicação não mencionarei os leitores que contribuíram. Mas agradeço de coração!
O médico Luis Claudio Correia é autor do mais interessante blog de saúde do país. Ele entrevistou o médico britânico Aseem Malhora. Ambos têm a estranha mania de contestar tudo aquilo que é dito da boca para fora pelos profissionais de saúde que insistem em repetir sem questionar se estamos fazendo a coisa certa. O trabalho dos 2 valem a visita! Na terra da Rainha, Malhora não sai da TV e dos jornais! Já aqui no Brasil se está na TV…
É patético, é machista ao extremo entre as próprias mulheres tenistas o discurso babaca de que evitam e têm medo de fazer musculação com medo de ficarem “grandes”…. esquecem elas que mulheres não têm a testosterona aditivada da turma do fisiculturismo… e esquecem também que para ganhar no alto nível é necessário abrir mão de algumas coisas, nesse caso, da pele lisinha sem as curvas do bíceps e deltoide saltados. Sou fã da Serena Williams, e sou ainda mais ao ver como ela se aceita enquanto as demais têm um discurso de menininha. Eu costumava dizer nos meus tempos de treinador de atletismo feminino universitário que ganha mais entre elas quem carrega mais no agachamento. Era esse o diferencial. Quer ser velocista boa sem carregar peso? Então nem venha tomar meu tempo! No paralelo da corrida de rua, parece a turma do #TreinaQueVem que é raçuda 2 vezes por semana porque está sem tempo ou mais do que isso não dá… NINGUÉM tem ou precisar treinar forte, mas se quiser correr forte, amigo, aí o chicote estala. Aqui o belo texto do The New York Times com uma mulherada fresca no osso.
Uma matéria e ensaio bacana da ESPN pegou 12 atletas tirando fotos nus para desmistificar. Duas são do atletismo: aqui e aqui também.
Em um ambiente tão repleto de achismos e recomendações baseadas em dinheiro como é a corrida, ver a palestra de Beatriz Bohrer do Amaral no TED sobre o mito do cientificamente comprovado dá um pouco da ideia de como muita coisa é feita sem o menor embasamento correto.
Para quem gosta de esporte universitário americano, uma das bases dessa potência olímpica, talvez devesse dar uma olhada neste vídeo do excelente John Oliver.
Um belo texto do The Guardian discute a trapaça no xadrez, um esporte sabidamente não-atlético. Resumidamente, eles explicam que os smartphones trouxeram o desafio de impedir a possibilidade de você usar ajuda de programas de computador ainda que sem ganhar com isso grandes fortunas, que ficam reservadas aos top 20 ou 30 do mundo. Transpondo a situação às corridas, são os mesmos celulares com redes sociais que levam MUITOS corredores a usar de trapaça (atalhos, cortar caminho nas esquinas, doping, largada à frente das baias, e mentira na medição do tempo…). Para quê?!
A NBA sabe fazer minha garganta fechar…