Dicas de Nutrição? É só fazer o contrário do que diz a Revista!

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Há 40 anos estamos falando tudo errado, mas gostamos de dizer que a culpa é sua!

“No other area of the national health probably is as abused by deception and misinformation as nutrition” (White House Conference on Nutrition, 1969)

Todos sabem da importância da alimentação, que é necessário comer proteína, fibra, carboidrato, lipídios, minerais e vitaminas todos os dias. Contudo, existe uma enorme variedade de alimentos ricos em cada uma dessas substâncias”.

Difícil discordar do que está escrito no parágrafo acima. Ainda que contrarie uma regra fisiológica fundamental, da qual ainda falarei. É assim que começa matéria recente da Revista O2 sobre Nutrição. Até minha falecida avó, semianalfabeta, não discordaria. Mas… e no resto da matéria? Será que os “especialistas” convidados se sairiam melhor do que um chimpanzé jogando dados? Vamos ver?!? Bom, acho que já sabem o resultado porque o talento da revista em reunir “incompetentes do bem” quando o assunto é Nutrição é de uma tradição e competência enormes. Em frente!

“Para ajudá-lo na tarefa de acertar o relógio da sua alimentação, dividimos o dia em períodos e separamos algumas dicas do que você deve comer em cada momento”.

O “equilíbrio” que nutricionistas pedem não encontra paralelo no mundo real, apenas na fé…

Ainda que não esteja claro que haja ALGUMA ou REAL necessidade de dividirmos quais macronutrientes (proteína, gordura e carboidrato) comer em cada período do dia, a consultora da revista aposta que deve haver “periodização”. Aqui cabe uma reflexão. Na natureza e evolutivamente, nós e os demais animais nunca comemos “equilibradamente”, palavra que elas usam sem seguir NENHUM critério. É um delírio da Nutrição (e de muitos de seus profissionais) achar que temos que comer a cada 3-4 horas e todos os nutrientes. A biodisponibilidade das vitaminas tem épocas na natureza, os nutrientes não caminham juntos, e assim nosso corpo foi programado a conviver e a se desenvolver por milhões de anos. Mais do que isso! A não-linearidade na oferta e consumo de nutrientes é algo NUNCA estudado a fundo na Nutrição. Ainda assim, MUITO nutricionista incompetente do bem, como as 3 que citarei, não cansam nunca de repetir esse mantra que até o momento é uma enorme bobagem. No mundo real, ou seja, na natureza, o animal come carboidrato, OU come muita gordura com proteína. Ou: você consegue imaginar animais caçando e juntando o resultado seguindo um cardápio “equilibrado”? Reforço: Isso é um delírio da Nutrição naquilo que ela tem de pior, que é o de esperar que sua fé encontre suporte na realidade. A Nutrição repetidamente ignora milhões de anos de evolução para justificar muitas de suas diretrizes sem QUALQUER fundamento científico. É uma pena que não se faça uso rigoroso nem da Ciência nem da observação, mas apenas de muita esperança. A nutricionista não tem NADA que sustente sua recomendação sem apelar somente à boa fé. Vamos seguindo…

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Clique para ampliar e veja se ela acertou alguma coisa…

CAFÉ DA MANHÃ: (…) devido ao jejum noturno prolongado. É fundamental que o atleta consuma um café da manhã equilibrado, com alimentos de todos os grupos de nutrientes. (…) Para aqueles que se exercitam logo cedo, a preferência deve recair cobre os carboidratos de baixo índice glicêmico (IG). “Isso fará com que a energia seja liberada lentamente e, dessa forma, garantirá que todo o treino seja suprido com energia, preservando assim a massa muscular”, explica Vivian Ragasso, nutricionista esportiva do Instituto XXXXXXX. Além do carboidrato de baixo IG, o café da manhã antes do treino deve conter também proteína magra. Seguindo essas dicas, o atleta evita o catabolismo proteico (perda de massa muscular) e ainda garante melhor rendimento durante o exercício.

Esqueça essas bobagens ditas pela nutricionista Vivian Ragasso, pois ela acabou por inventar leis fisiológicas. Para ela, o café deve haver carboidrato para não prejudicar a massa muscular e deve haver ainda proteína, sempre magra!, talvez porque em um mundo paralelo a gordura deva trazer algum tipo de problema. A base? Não sei… é provável que nem ela saiba explicar. Mais para frente vou falar do porquê é de um non-sense pedir que se faça consumo de um nutriente não-essencial (carboidrato) logo cedo. A parte do “proteína magra” tem relação com a fobia que ela possa ter de gordura. Com esse raciocínio, a Sra Ragasso provavelmente deve achar que se você comer lentilhas, você fica verde.

A tese dela deve residir primeiro no equilíbrio. Para a matemática, 100 dividido por 3 dá 33,3%. Para ela dá 50-60%, 15-30% e 10-15%. Depois ela sustenta a ideia de carboidrato porque o corpo precisaria dele para se exercitar. Se assim fosse, não estaríamos vivos, o homem passou a ter supermercado e geladeira muito recentemente. Esquimós não têm carboidrato a cada 3 horas. NÃO é necessário NEM MELHOR ter carboidrato pela manhã para treinar (ou não). Mas… seria indiferente? Você verá que a Vivian Ragasso não erra pelo indiferente, pelo azar, mas ela sugere que você faça algumas das PIORES ESCOLHAS POSSÍVEIS. Ela é uma incompetente do bem porque quer fazer o bem, mas por ser incompetente no que faz, ela recomenda que você faça escolhas PÉSSIMAS, NOCIVAS e ERRADAS. Já explico mais!

O delírio de nutricionistas por lanches pós-treino não tem limites e se baseia em MUITA fé.

LANCHE DA MANHÃ: O ideal é comer dentro de intervalos curtos de 3 ou 4 horas. (…) Se você corre pela manhã, aí o lanche é obrigatório no pós-treino, com alimentos ricos em proteínas e carboidratos simples.

Vou atropelar a tara do incompetente do bem com a ideia da estratégia de comer a “intervalos curtos de 3 ou 4 horas”, já que não há NENHUM suporte para isso. Isso porque algo agudo, para o bem ou para o mal, pode ser o oposto no longo prazo. Consumir cocaína aumenta o desempenho imediato em algumas tarefas, enquanto fazer esporte DIMINUI nossa capacidade para outras atividades. Comer a cada 3 ou 4 horas NÃO implica ganhos no futuro! Se ela tentar provar, ela verá que seu único argumento será a fé. Mas é sabido que você não precisa ter fé no low-carb para saber do enorme estresse pancreático ao comer a cada 3 ou 4 horas seguindo as recomendações absurdas e estapafúrdias da matéria.

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Siga o café low-fat da revista e ganhe de brinde uma síndrome metabólica, que tal??

Essa dieta quebrada, um sonho do nutricionista de fazer nosso organismo funcionar como o desejo deles e não o da realidade, é recorrente. Você tem que comer quando tem fome, não quando o alarme do aplicativo do seu celular dispara. E se você treina pela manhã, você tem que comer quando… tiver fome novamente! Mas vamos direto à parte perigosa de dar atenção ao que a Vivian Ragasso fala: novamente não só a nutricionista inventa regras, como ela atropela a fisiologia. Já dá para dizer, a profissional em questão é uma incompetente do bem, isso porque ela quer ajudar, mas sem saber do assunto, ela sugere alternativas que não explica e que ela não tem como fundamentar.

Mas o mais importante, mais do que incompetente, as orientações da Sra Ragasso fazem mal. Ao dizer que “é obrigatório no pós-treino alimentos ricos em proteínas e carboidratos simples” ela faz um desserviço à saúde púbica de que a procura. Ela não só não conhece uma lei fundamental da fisiologia humana, que carboidrato é o único macronutriente NÃO-essencial ao ser humano, como parece desconhecer que o consumo de carboidrato simples está diretamente relacionado a um MAIOR risco cardíaco, à incidência de diabetes e/ou síndrome metabólica. Qualquer nutricionista que recomende a um indivíduo o consumo de carboidrato simples que não seja DURANTE uma competição de muito longa duração (>1h30), mostra que ele não sabe do que fala quando o assunto é esporte e/ou saúde. PIOR: ela pede que se faça, do ponto de vista da saúde, uma das piores escolhas possíveis.

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A esperança do nutricionista que ignora a realidade e pede que você coma “integral” como se isso por si só significasse esperança.

Seguir o que fala a revista aumenta o estresse pancreático, aumenta o risco de contrair diabetes, dificulta a perda/controle de peso e restringe o consumo de um alimento essencial (gordura) em prol de um alimento diretamente ligado à hipertensão e, novamente, diabetes. Ela acerta de tal jeito que basta correr para o outro lado! Muito provavelmente ela não sabe que a cada 150 calorias a mais de carboidrato simples aumenta em 11 VEZES o risco de diabetes. Pague uma consulta com ela e ganhe de brinde um retorno! Mas talvez você ganhe algo mais…

ALMOÇO: Assim como o café da manhã, o almoço deve ser equilibrado e conter alimentos que forneçam todos os nutrientes. De acordo com as recomendações de Vivian, é preciso ingerir carboidratos integrais, pois geram energia para conseguirmos realizar nossas tarefas na parte da tarde. (…) Na hora de escolher a proteína animal, a boa notícia é que as carnes vermelhas não precisam ficar de fora. Basta optar por aquelas que são mais magras.

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Seria interessante as 3 tentarem explicar onde uma dieta com tanto carboidrato pode ser boa fora de um conto de fadas…

A nutricionista Vivian Ragasso acerta em uma coisa porque se ela fala A, corra para o B. Sério! Nosso organismo além de não ler rótulos, não diferencia muito esse lance de “integral”, natural… Basta uma breve consulta para vermos que alguns alimentos integrais têm IG MAIOR do que sua contraparte “normal” (ou refinada). Na imaginação de muito nutricionista, a palavra integral mudaria a composição molecular do alimento, como se um carboidrato integral fosse virar, sei lá, “esperança”, e não açúcar no sangue! Novamente, a Sra Ragasso não só mostra desconhecer que o carboidrato é o macronutriente diretamente relacionado com diabetes como ignora que ao não citar ou restringir gordura, ela abre espaço para aumentarmos AINDA MAIS o consumo de carboidrato. Repare que já “estamos” na 3ª refeição do dia e ela não citou gordura. E do carboidrato ela definitivamente parece não saber de uma característica importante (desculpe a insistência): ele não é essencial ao ser humano. Porém, ainda assim, é a base da dieta que ela sugere. Ela desconhece que o macronutriente que ela sugere está diretamente relacionado com maior risco de doenças cardiovasculares e quando ela pede alimentos magros, por um passe de mágica ela sugere o quê? Que você consuma ainda MAIS dela.

Mas a culpa, dirá o nutricionista, é que VOCÊ vem comendo mal, não que a orientação é tosca...

Mas a culpa, dirá o nutricionista, é que VOCÊ vem comendo mal, não que a orientação é tosca…

Além disso, outro detalhe, sempre me divirto com uma frase que todo nutricionista incompetente do bem gosta de usar: “a dieta deve ser equilibrado e conter alimentos que forneçam todos os nutrientes”. Para essa turma, equilibrado significa “não coma gordura, e coma muito carboidrato”, ainda que… (vocês já decoraram, menos eles) ele seja um nutriente não-essencial e seu consumo (e não o da gordura!) está diretamente relacionado com maior chances de diabetes, maior risco cardíaco e síndrome metabólica. Alguém pode explicar a lógica?

LANCHE DA TARDE: Assim como o lanche da manhã, essa pequena refeição intermediária evita que o organismo fique muito tempo sem glicose. De acordo com a nutricionista Rute Mercúrio (…) se for comer depois das 17h. “Nesses casos, é bom retirar os carboidratos e preferir as proteínas e fibras”. Mas se o atleta ainda for praticar atividade física, ele deve dar uma reforçada no lanche, que deve ser rico em carboidrato, ter pouca gordura e uma quantidade moderada de proteínas magras. Caso o treino ocorra após 2 ou 3 horas do lanche da tarde, a nutricionista afirma que é bom incluir mais uma porção de alimento rico em carboidrato.

MUITAS das diretrizes da Nutrição se baseiam na teoria e na esperança, mas sem suporte da prática...

MUITAS das diretrizes da Nutrição se baseiam na teoria e na esperança, mas sem suporte da prática…

Para a 2ª parte do dia, a revista reforçou o time com outro incompetente do bem, a nutricionista Rute Mercúrio. Ela fala que não podemos ficar muito tempo sem glicose. Como é que é?!? A Sra Mercúrio não sobreviveria a uma aula de biologia evolucionista se ela soubesse que o homem, acreditem!, não teria sobrevivido até aqui se dependesse de glicose nessa frequência que ela diz. Vou repetir: a glicose é um nutriente não-essencial em nossa dieta. Quando será que irão ensinar isso nas faculdades de Nutrição? Ops! ENSINAM! Depois ela insiste que o cardápio pós-treino tem que ”ser rico em carboidrato, ter pouca gordura e uma quantidade moderada de proteínas magras“. De onde tirou isso? Está aí uma boa pergunta! Mas o ponto principal é: a revista convida para dar dicas duas pessoas que pedem que façamos uma dieta rica justamente no macronutriente diretamente mais correlacionado com doenças cardíacas, síndrome metabólica e diabetes! Mas ainda piora aguardem! Porém, quero colocar em perspectiva: se você sair perguntando para um papagaio desses de feira, ele tem mais chance de acertar do que qualquer uma delas, isso porque, sem saber, ele irá para a aleatoriedade, mas as duas nutricionistas não, elas acertam o errado em cheio!

Muito do que as 3 falam se baseia em fé, esperando que funcione. Mas sabemos o que acontecerá...

Muito do que as 3 falam se baseia em fé, esperando que funcione. Mas sabemos o que acontecerá…

JANTAR: Segundo a nutricionista Dione P. S. Silva, essa refeição deve preparar o corpo sem sobrecarregar o organismo, e repor os nutrientes e energias perdidos durante o dia. Alimentos ricos em gorduras também devem ser evitados, uma vez que tornam a digestão mais difícil. Já os carboidratos não podem faltar no prato, pois são importantes para repor os estoques de glicose nos músculos. Se a refeição for feita muitas horas antes de ir dormir, uma pequena ceia talvez seja necessária. Nesses casos, os alimentos sugeridos são iogurtes magros, leite semi ou desnatado, entre outros”, explica a nutricionista.

Agora o time está completo! Agora é a nutricionista Dione P. S. Silva que vem falar uns crimes. Ela também parece ter faltado em todas as aulas que falam que (até vocês sem fazer faculdade de Nutrição já sabem) carboidrato é um nutriente não-essencial e que ele está relacionado com incidência de diabetes, síndrome metabólica e risco cardíaco. Mais do que isso, ela sugere outro crime, que você consuma “laticínios magros”. FUJA de um profissional que fala isso! Ele está parado no tempo e fala o que lhe dizem, ainda que seja um erro. Laticínios magros está na mesma gaveta que adoçantes, é uma categoria de alimento que não deveria ser JAMAIS sugerida. Para um alimento desses ser magro a Sra Dione também deve achar que injetem esperança em seu lugar. Não! Ele ganha em carboidrato e muitas vezes ganha em adoçantes artificiais. Não é possível que em 2015 ainda haja nutricionista que sugira laticínio semidesnatado e saia impune…

É capaz que você tenha chegado aqui achando que não gosto das 3. Sinceramente? Não conheço e fiz questão de não jogar no Facebook para saber a minha relação com elas. Quando li essa matéria, só pensei uma coisa: um ENORME desserviço de saúde pública. Mas é um reflexo de três coisas em especial:

  1. O mundo paralelo no qual vivem MUITOS (maioria) dos profissionais de Nutrição;
  2. Total despreocupação do CFN com o que sai em púbico depois que você os paga;
  3. A idade da Pedra em que se encontra quem é consultado para falar com corredores amadores.

Eu não tenho absolutamente NADA contra a Revista O2, com quem já colaborei no passado, mas ao juntar 3 nutricionistas que falam TANTA besteira, eles só reforçam meu ponto: LEIA, e faça o contrário do que elas dizem, fazendo isso no escuro, é sempre mais seguro!

Ou fiquem com o que já falei e repito com certa tristeza, na saúde, jamais vá a um nutricionista. É mais seguro. Veja que uma revista especializada chamou 3 especialistas que gabaritaram ERRANDO. Se você fizer o diametralmente OPOSTO do que elas regam, você se sai melhor.

Seria interessante ver o que a Revista tem a dizer… enquanto esse dia não chega, esqueça as 3 e vá pelo modelo abaixo!

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16 pensamentos sobre “Dicas de Nutrição? É só fazer o contrário do que diz a Revista!

  1. Carlos disse:

    Acho que uma boa maneira para se começar uma conversa com um nutricionista é: “Como faço para melhorar a eficiência metabólica do meu organismo?” e se ele responder algo que contenham as palavras “coma carboidrato”, para mim, é análogo a alguém indicar fazer tiros na descida para melhorar a sua corrida em subidas.

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  2. Enio Augusto disse:

    Baita texto, Balu! Fez eu me atrasar para o almoço porque não consegui sair até terminar de ler haha. Mas nem estou com tanta fome assim, mesmo depois de um treino de tiros em jejum. 😀

    Antigamente, eu fazia isso. 200 refeições no dia. Hoje são 2 ou 1 só. Gostei do NO GPS, mas a parte do P ainda consumo batata doce. Tenho vontade de ir em uma consulta só para ver o que a nutricionista vai me dizer.

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  3. Luis Mello disse:

    Parabéns, Balu. Este ano fiquei estarrecido com o que li sobre nutrição . Gary Taubes, Nina Teicholz, blog lowcarb-paleo do Dr. Souto e blog recorrido me abriram para uma nova dimensão do conhecimento sobre alimentação. Siga em frente. Assim como eu, tenho certeza de que muitas outras pessoas têm sido beneficiadas pelo esforço de vocês de combater os erros cometidos no passado e que são propagados no presente.

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  4. Gustavo Bianch disse:

    Não sou nutricionista nem tenho leitura aprofundada na área. Mas vejo que sua linha de interpretação é apenas a inversão da pirâmide alimentar da corrente hegemônica nutricional: o que os nutricionistas fazem com a gordura vocês fazem com o carboidrato. Vcs dizem que o CHO não é essencial e eles praticam o mesmo com a gordura. No fim das contas vcs são farinhas do mesmo saco, mas com paradigmas diferentes.

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    • Danilo Balu disse:

      Qdo eu disse que o ideal é a “inversão da pirâmide alimentar”???

      Encontre UM nutricionista, de QUALQUER corrente, que diga que gordura é não-essencial. É simples, coloque numa ilha um indíviduo sem proteína, em outro um sem carboidrato e em outro um sem gordura. Sabe qual morre? Eu te respondo. Só o SEM carboidrato sobrevive. No meu texto estão as referências que explicam. Referências, não fé.

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      • Tu quis dizer que o SEM carboidrato é o único que sobrevive.. isso né?

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      • Danilo Balu disse:

        Isso! Acertei lá!

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      • Gustavo Bianch disse:

        Mas existem menções no seu texto que beiram o absurdo. Inúmeros países as pessoas têm como base a alimentação por carboidrato. Vai dizer para os quenianos comerem aquela pasta branca de milho só nas corridas longas (acima de 1h30), pois nelas não existe produção de insulina. Isso é insano! Ou vá dizer para um cidadão que quer ganhar massa muscular (que é o famoso magro de ruim) comer ovos mexidos com mussarela. A dieta paleolítica trouxe um significativo questionamento em relação ao excesso de CHO e explosão de comida processada. Porém, ela peca em estabelecer na PRÁTICA uma inversão na pirâmide alimentar ao DESPREZAR os carbos.

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      • Danilo Balu disse:

        Pera lá, Gustavo! Não podemos JAMAIS tomar a parte pelo todo! Dizer que quenianos comem basicamente CHO (o que é verdade!) não o torna a alimentação segura para toda a população. Vamos partir para outros exemplos: diabéticos (do tipo I) NÃO inviabilizam o açúcar como SEGURO porque a maioria pode comer uma bomba de chocolate sem morrer. Por outro lado, um grupo de anciãos nonagenários que fume 2 charutos por dia NÃO tornam charutos seguros, assim como o sal não é letal só porque há indivíduos sódio-sensíveis. Não podemos JAMAIS falar apenas de grupos especiais! Já que vc falou de populações que consomem CHO, falemos dos japoneses que se entopem de arroz. Qdo vc pega os que migraram aos EUA e adotaram uma dieta com CHO mais processados, eles tiveram aumento da incidência de câncer e acidentes cardiovasculares. Até o momento não há NENHUM exemplo contrário, o que NÃO significa que não possa haver!
        Sobre o cidadão que quer ganhar muscular qual o problema??? São 3 os hormônios anabólicos mais correlacionados com hipertrofia muscular: insulina >>> testosterona > GH. A proteína AGE TAMBÉM sobre a insulina, uma vez que vc consegue produzir glicose a partir dela. E um indívduo low-carb é mais sensível ao CHO, precisando de menor carga glicêmica para produzir insulina.
        Vc não pode confundir LOW com NO! A dieta paleo, tema central do texto é LOW (não NO!) porque recomenda o consumo de vegetais não-tubérculos e folhas que são fonte razoável de…. CHO!
        E não! Insisto! A paleo ou low-carb NÃO prega a inversão da pirâmide e não despreza o CHO justamente porque é “IMPOSSÍVEL” não consumi-los numa dieta assim.

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  5. Marcel Rodrigues disse:

    Boa Balú!

    Infelizmente, toda a mídia “especializada” está nesse nível aí!
    Entre os piores, está o portal Sua Corrida, que aliás, de corrida não tem quase nada! É só matérias de nutrição, que quando leio da vontade de chorar!

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  6. Luana disse:

    Ótimo texto Balu, como sempre!
    Sou estudante de Nutrição, mas de verdade…. confesso que me sinto mal as vezes pela escolha do curso, mesmo eu NÃO compartilhando o mesmo pensamento que a maioria dos estudantes e nutricionistas, é tanto absurdo e pelo que vejo esse tipo de coisa não vai mudar tão cedo, isso se um dia mudar…

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  7. […] lá vamos nós de novo… até parecia uma piada da Revista O2 que, no mesmo dia que postei sobre como erraram rude recentemente, voltaram a publicar mais bobagens sobre Nutrição (já falo […]

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  8. […] tem muita FÉ, ou pior, pensa por aproximação, como 5 dos “incompetentes do bem” que citei aqui (e aqui) recentemente. Eles pedem que você faça algo (no caso comer picado) na esperança de que […]

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  9. Cintia disse:

    Vc é um bosta invejoso, mano. Faça seu próprio artigo e publique ao invés de atacar excelentes profissionais. Cheira cola de USP

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