Leituras de 2a Feira

Tudo bem que é uma lista britanicamente enviesada, mas a Athletics Weekly separou 10 grandes momentos da história dos Mundiais de Atletismo.

Ótimo texto do The Guardian explicando como os dopados escapam impunes.

Leitura Obrigatória - BLOGLeitura Obrigatória: com o talento de sempre, no The Guardian Adharanand Finn nos reconta a INCRÍVEL história de um quase campeão improvável. A trilha de um queniano ao sucesso está longe de ser fácil e previsível… Demais!

Imagine você quebrar o recorde mundial e depois receber a notícia de que poderá nunca mais correr novamente? Jon Mulkeen conta o drama do barreirista Aries Merritt que terá que se submeter a um transplante de rim após o Mundial.

Se eu tivesse sem pensar muito que dar UMA ÚNICA dica, não necessariamente a mais importante, seria: NUNCA abandone uma prova. A partir do dia que você fizer isso, é tão fácil que você vai se questionar em TODA prova se não seria hora de fazê-lo novamente, mediante tamanho sofrimento que uma competição nos submete. Eu corro todos os dias, mas já se faz alguns meses que eu não me submeto a um treinamento pesado visando alguma prova. No momento desaprendi a sofrer na intensidade que me faz correr tempos que me agradem. Nas provas curtas que fiz recentemente na Europa, em TODAS corri o tempo todo querendo aliviar. Esqueci um pouco como se sofre. Como reencontrar essa capacidade? Ainda não sei… acredito que seja só uma questão de tempo. Meu amigo Nelton nos brindou com um texto primoroso sobre isso que de modo particular o aflige às vésperas de uma Maratona. “O oposto da depressão não é a felicidade, mas a vitalidade”. Ainda vou usar essa frase…

O mundo todo estaria ficando mais veloz nos 100m? 2015 é o ano da velocidade? Não necessariamente. Um levantamento cuidadoso mostra a “produção” de homens sub-10.30. Má notícia para o Brasil…

Tente não se arrepiar com este novo vídeo da Under Armour! #RuleYourself

11 pensamentos sobre “Leituras de 2a Feira

  1. Julio Cesar Kujavski disse:

    Também desaprendi a sofrer, depois do brasileiro master em 4 de junho estou bem devagar, mas é de propósito.

    Estou começando a fazer uma km um pouquinho maior e já encaixo uns tirinhos nas rodagens e faço outras em um ritmo um pouco mais forte.

    Mas acostumar a sofrer mesmo só quando começar a planilha, daqui a um mês e meio, com um singelo treino de 10 x 300.

    Pra reacostumar a sofrer só fazendo muito intervalado botando os bofes pra fora.

    Mas pra estar disposto a sofrer aí já é mais complicado, cada um precisa ter seus motivos, e nem sempre os temos.

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  2. Enio Augusto disse:

    Precisa de um objetivo e de muita vontade e disciplina para sofrer nos treinos e provas. Ainda estou tentando 1h39 na meia. Depois disso, acho que abandono o sofrimento nas longas distâncias. Já está complicado agora…

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    • Rafael disse:

      e eu tentando 1h35 na meia, na última faltou 17 segundos.
      será que não é melhor corrermos tranquilo e ficar no 1h40 e no 1h36?

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      • Foi uma pergunta retórica, certo, Rafael? 🙂

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      • Enio Augusto disse:

        Melhor é, mas a impressão de que ainda pode dar não me deixa correr tranquilo nas provas alvo que escolhi haha. Hoje o que faz sentido é (tentar) correr forte e o mais rápido possível.
        Já sei que vai ter um ponto que vou ter que me conformar com o que a genética me permite e nada mais, mas acho que ainda dá.

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    • igor oliveira disse:

      Eu tentando o 1h30 e tá cada vez mais foda… Hoje faria 1h35 tranquilamente, meu PB é 1h32, mas ainda quero tentar…

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  3. Nelton Araujo disse:

    Obrigado pelo conselho a posteriori, Balu.rs

    Mas verdade seja dita, quando abandonei NY,deixei parte do Nelton-Atleta lá nas ruas do Brooklyn.Terei que voltar lá pra buscar, a não ser que tenham mandado um Fedex lá pra Chicago.

    E a frase mais que perfeita, que resume bem como é a vida de um portado de Transtorno de Bipolaridade (como eu e o Boechat) , infelizmente não é minha, é do principal especialista do tema, Andrew Solomon, que deixo aqui uma conferência dele no TED, na qual ele profere essas palavras.

    Obrigado por colocar mais um texto meu no seu blog, dentre tantos fantásticos . Elogio maior só o da Adriana Piza. rs

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  4. adrianapiza disse:

    Apesar de ja ter tido muita vontade, nunca parei em provas, exatamente por esse motivo. A vontade iria vir de novo numa próxima e seria mais difícil lutar contra. Por isso, sempre corri mentalizando o depois da linha de chegada, já no descanso, imaginando que quanto mais rápido corresse, menos tempo levaria para chegar esse momento. Isso funciona eu diria em provas mais curtas….agora se considerarmos provas mais longas como maratona, se a quebra for no início, ou mesmo no meio….a luta é muito mais árdua com os pensamentos, é mais trabalhoso enganar o cérebro imaginando a linha de chegada ainda tão distante. Não tenho muita experiência em maratonas, prefiro provas mais curtas onde é mais fácil me convencer a não amolecer….mas também não me permito mais o sofrimento de antigamente, agora é mais light rs.

    A história do Merrit é incrível! Logo antes da largada dos 110 com barreiras lembro que comentaram no Sportv que ele faria um transplante de rim quando retornasse. Fiquei curiosa imaginando o que poderia ter acontecido, ia até procurar, acabei me esquecendo. E hoje aqui está. Eu jamais poderia imaginar tudo isso. E o cara conseguiu ainda o bronze! Espero que consiga correr mais ainda após o transplante, quem sabe.

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  5. Eu desaprendi a sofrer. E não quero reaprender.

    Acho que nunca aprendi de verdade. Sofria, mas achava errado.

    Sei lá, não faz sentido nenhum ficar sofrendo numa prova de 10Km, por longos (no meu caso 43 a 44 minutos). Nem mesmo numa prova inteira de 5K faz sentido.

    Eu quero beleza. Eu quero aprendizado. Eu quero amizades (ou ao menos coleguismo). Eu quero treinar habilidades que façam sentido, não habilidades sem sentido (correr o mais rápido possível pensando em segundos não faz sentido).

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  6. E o caso do Aries Merritt (uma das poucas provas que vi no Mundial foi a dele e foi fnatástico ele ainda assim conseguir o bronze) só confirma o que o Maffetone diz: saúde é bem diferente de boa forma. A pessoa pode estar em ótima forma mas a saúde estar uma droga.

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