Faz tempo que tento escrever um post com as 10 melhores corridas de 10km do Brasil. Enquanto a preguiça vence a chegada deste dia, separo aqui uma lista com as 10 melhores provas de 10km dos EUA segundo a World Running.
Quer ter a sensação de dar uma volta correndo pela pista dos Jogos Pan-Americanos? Clique aqui, então!
Estou longe de concordar com a abordagem de que “qualquer pequeno esforço ao longo do dia” gera benefícios no exercício como promotor da saúde – e um dia me alongo explicando o porquê essa tese é inteiramente falsa -, mas o texto do The New York Times falando sobre a ideia do esporte gerando recompensa imediata traz ideias bem interessantes para aqueles que precisam se automotivar para continuar treinando sozinho, seja logo cedinho ou muito tarde no dia.
Correr é um esporte de branco? É estranho você pensar isso quando os vencedores homens são todos negros (africanos) e as vencedoras são em sua maioria africanas, como já falei tempo atrás aqui no blog. Nos EUA a coisa é mais explícita ainda quando comparamos a proporção deles nas provas e na população. No Brasil a corrida é coisa de classe média, então os negros são raríssimos, já que são raros também nessa classe. Um texto bacana do iRun traz entrevista com a criadora do Black Girls Run. A própria mãe da co-fundadora deixa claro: corrida é coisa de (mulher) branca. Você pode não gostar da ideia de um grupo assim, mas o vídeo de apresentação é bem interessante.
Ato Boldon faz uma de suas ótimas entrevistas com o maior nome do atletismo de todos os tempos, Usain Bolt!
A Saucony dá prosseguimento à sua série de vídeos Seeker Stories. Abaixo mais um belo vídeo.
Enquanto estive na Carolina do Norte, de fato vi poucos negros correndo em provas. E acho que é pelo mesmo motivo que aqui: em média eles são mais pobres e correr custa caro. Nas parkruns de Durham (Durham tem mais negros do que Raleigh, onde eu morava) de vez em quando aparecia uma família de negros. O pai corria, a filha de uns 12 anos chegou até a ganhar uma prova.
Na Meia Maratona 13.1 de Raleigh tinha um grupo das Black Girls Run. Elas fizeram a maior festa depois da prova, dançando bem animadas.
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Existem dois tipos de corredores:
– os que vencem, em grande maioria negros, pobres, e que precisam dessas vitórias para sustentar a vida;
– os demais, meros participantes, imensa maioria branca, que de tão entediados com sua vida mediana precisam de desafios, medalhas, reconhecimento público. São os esforçadinhos, guerreiros de instagram, que não sabem o que fazer se não puderem treinar na USP….
Basicamente é isso….
Alguém por favor me aponte algum outro esporte que dá medalhas por participação, com frequência.
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1 – Correr não é caro. Compre um olimpikus rio de 100 reais em 10x no cartão.
2 – O fato de um esporte dar medalhas de participação não quer dizer que ele seja de uma elite branca em busca de reconhecimento, isso é uma construção textual falaciosa.
3 – Não existem apenas os pobres que não correm nem os brancos que correm. Nem todo branco é classe média, nem todo negro é pobre.
4 – não existe só o 1 e o 0.
Agora se você quer saber se tirar 100 reais para correr uma prova em um orçamento familiar de 700 é caro? Claro.
Se você quer saber se uma pessoa que acorda as 4h para pegar ônibus e chega em casa as 10 da noite vai correr, muito provavelmente não.
Eu olho para um campo de periferia, vejo uma galera com chuteiras nike mercurial e uma bola adidas. Elite branca?
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Correr não é caro, como sabe qualquer meliante que corre mais que o PM fardado…
Participar de provas, ter tempos aferidos, é outra história.
Campos de periferia, eu moro do lado deles. A maioria negros, as chuteiras e as bolas são imitações. E nem de longe dão medalhas.
A “superação” de correr é amplamente branca/classemédia. Não desqualifica o branquelo que corre, mas é fato…
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🙂
Concordo em discordar! Mas entendo seu ponto de vista.
Forte abraço!
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