Quando eu fazia faculdade, o valor de VO2máximo era uma obsessão entre fisiologistas. Para ser aceito entre os que queriam trabalhar com preparação física, você tinha que saber de cabeça os valores por posição no futebol, a média do basquete, no vôlei… pra quê?!? Essa medida foi uma das primeiras a serem democratizadas em sua obtenção. Ela padece do mesmo mal do colesterol. Lá atrás ficou mais fácil medi-lo no sangue em um simples hemograma e deu-se uma importância tamanha que demorou décadas para ver o quão pobre ele é como preditor de risco cardíaco. Com o VO2 foi assim também. Hoje ele é um número que vimos foi demasiadamente superestimado, mas ainda encanta alguns. Aqui um belo texto do Steve Magness falando “contra” essa nossa obsessão ainda hoje…
Tenho uma dificuldade enorme de postar vídeos antigo aqui. Travo. Então deixo aqui o link de um do ano passado sobre Boston. O #WeWillRun é lindo! Passou despercebido, mas vale cada segundo da visita! Veja!
Já havia colocado aqui a história do lançador de dardo australiano Reg Spiers que se despachou de avião de Londres para casa. Agora é a vez da Athletics Weekly falando sobre um livro que reconta a incrível (e irresponsável) aventura.
As grandes corridas, as gigantes, fazem bem ou mal à Corrida? O que você acha? Muita gente, os mais tradicionais ou experientes, acham que elas fazem mal. Será? Essa é a pergunta que a Outside faz defendendo abertamente essas provas. Aplicando no Brasil, a Meia Internacional do Rio (Yescom) e outras… fazem bem? Eu não tenho dúvidas de que sim, fazem bem. O que você acha?
Acho que o tema “correr mata?” meio que já cansou, mas aquela pesquisa lá atrás que trouxe todo esse debate de um suposto grande risco (ou inutilidade) da corrida, faz necessário que leiamos outras fontes. Aqui um texto!
Eu nunca tinha ido com tempo a Paris. E só posso recomendar uma coisa: VÁ! Acredite, evitei a propositadamente a Meia de Paris e fui para a Holanda. Vendo abaixo o belo vídeo de melhores momentos da prova pude ver que ela deve valer cada segundo com uma vantagem enorme sobre a Maratona, pois correndo 21km você ainda tem energia para ficar fazendo turismo caminhando depois naquela que é uma maravilha da Europa.
Gosto tanto de VO2max que tenho vários, entre 40 e 69…
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Vamos por partes:
1) Meia de Paris
Você tocou num ponto importante: acho que deve ser muito melhor viajar para fazer meia. Não consigo fazer maratona e estar no outro dia com as pernas totalmente dispostas a caminhar. Em Nova Iorque até que estava muito bem no outro dia (minha mente está me dizendo que é por ter caminhado um monte entre o fim da prova e ter chegado em casa — a gente anda muito em NY, desde a chegada, até pegar a mochila, pegar o metrô, do metrô para casa. Deve ter dado uns 3Km ou mais). Mas no caso das minhas outras 4 maratonas, 3 foram em “casa” (2 em Curitiba e 1 em Cary-Raleigh) e foi muito bom ter ido para casa para ficar no sofá ou na cama.
2) Vídeos antigos
Se você ainda não postou e o vídeo é bom, tem que postar sim. O fato de ser antigo e ainda despertar interesse só prova que o vídeo é bom e não apenas “novidade”.
3) Sobre “correr demais mata”
Ok, correr demais mata. Isto é óbvio. Mas a minha questão é a seguinte: são tantas coisas que a gente faz numa semana de 168 horas. Como é que algo que seja feito por 10 horas (por exemplo) pode ter mais impacto do que o que se faz nas outras 158 horas?
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Complementando.
Eu acho que a pessoa que “morre por correr demais” não morreu por correr demais, mas sim por:
a) correr demais ou intenso demais
b) comer mal e muito carboidrato
c) dormir pouco (acordando cedo para treinar)
d) viajar demais para fazer provas (viagens são sempre um estresse)
e) estressar-se demais com treinamentos (além do estresse necessário do trabalho)
f) dar pouca atenção à família por conta de tanta corrida
g) estressar-se para pagar as contas de tanta prova
a-f são só exemplos, claro.
Só estou querendo deixar claro que provavelmente não é apenas correr.
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Não poderia concordar mais!
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