*post automático. Em viagem de férias não sei quando poderei responder ou mesmo liberar comentários “presos”…
Sempre acho que cedo ou tarde virá alguma descoberta sobre respiração (e músculos envolvidos nela) que trará oportunidade de grande melhora. Não foi desta vez, mas Alex Hutchinson na Outside fala sobre como um simples treinamento do diafragma pode ajudar um atleta (no conforto!) competindo em grande altitude.
Como é a distribuição por continente de recordes mundiais em praticamente todas as idades? De um levantamento espetacular (daqueles que eu gostaria de ter feito) do canadense Graydon Snider em seu blog dá para tirar análises e análises. Bem resumidamente, quando o dinheiro está na mesa, a África arrepia. Quando falamos de veteranos, a Europa é a potência. E quando falamos de idade bem avançada, americanos aparecem com força. A quem gosta do tema, não deixe de ler o texto com sua análise mais profunda. Muito bom!
Eu sei que o assunto “já passou”, mas não dá para deixar de comentar. Na Maratona de Austin (EUA) a queniana Hyvon Ngetich que liderava até o 38km quebrou feio e pelos 2km finais correu sem saber o que fazia (palavras dela) e completou as 2 quadras finais engatinhando conquistando seu 3º lugar (vídeo aqui). Todo mundo é livre para achar o que quiser: bonito, feio, exemplo, mau exemplo. Mas é avaliação rasteira chamar isso de “superação (exemplar)”. Não, não é isso! Ela mesmo não tem lembranças do ato. Profissionais correm por motivos outros que nós amadores. Sem pesquisar, posso arriscar que a inscrição para essa prova era maior do que a renda per capita média queniana. Você acha que quenianos vêm morar em Taubaté (SP) por amor a corrida? Hmmm… certeza que não! Eles são profissionais e mergulham em uma profissão que os tire da miséria. Chegar ou não ao final da prova dentro da premiação (sempre em dinheiro!) não é questão de superação, é questão de sobrevivência. Nossos motivos são outros, bem distintos, menos nobres, lembre-se disso… *vocês são adultos para saber os riscos à saúde, mas não custa reforçar, como fez essa boa cobertura desse episódio “feio”…
Off-topic: conversava com um amigo corredor que se machucou. Ele disse que um médico (corredor), amigo nosso em comum, em conversa à distância teria “diagnosticado” essa lesão como resultado do maior consumo repentino de gordura na dieta. Para certas coisas você não tenta achar a resposta certa, mas sim o que não explica o que aconteceu. É o tal do “conhecimento é subtrativo”, você vai aprendendo o que não explica determinada coisa. A gordura nesse caso é inocente? Isso é bem diferente de você dizer que ela não é a culpada! Provavelmente o médico por acreditar nisso, na pressa resolveu ignorar todas as demais inúmeras variáveis (volume, intensidade, biomecânica, calçado, blábláblá…). Se um médico fez isso, o que não fariam Treinadores e Nutricionistas que têm uma característica em comum com todos nós, o fato de serem humanos? Esse exercício de tentar entender causa e consequência (tão mal feita na área da Saúde e em MUITAS outras áreas) de forma tão pobre é um defeito, reforço, HUMANO. Fique com essa dica do Luis Oliveira com um texto do Five Thirty Eight, um site que tem obsessão por evidências e análises.
Já falei duas vezes sobre o jovem atleta Mikey Branningan. O jovem americano, ainda que autista, consegue ser um dos melhores corredores escolares do seu país. Sua história de superação é de arrepiar! Aqui um post falando sobre ele no tradicionalíssimo Millrose Games!
Um comercial da ASICS tão bom, com uma pegada tão original que eu quase achei que fosse da Nike! Veja!