*post automático. Em viagem de férias não sei quando poderei responder ou mesmo liberar comentários “presos”…
Dias atrás rolou o New Balance Boise Indoor, uma competição para atletas jovens. Aqui um curto vídeo com alguns dos melhores momentos.
Bom, quando resolvi explicar meu ponto do porquê ir ao Nutricionista Esportivo ou quando você quer emagrecer é um péssimo, houve uma enxurrada de comentários que eu nunca podia esperar. Mas mantenho meu ponto original. Daquilo lá surgiu um belo texto do Nishi reforçando o que eu achei: quanto mais nutricionistas apareciam, seus comportamentos (com muitas exceções também!) mais me davam apoio do que tirava razão…
Aqui um vídeo de 10 minutos com algumas das melhores imagens da Ultra Trail Cape Town 2014.
Off-topic: Vivemos em uma geração que da noite para o dia acha que virou sensível ao glúten e à lactose. Todo mundo tem um conhecido que não come (ou evita) esses 2 nutrientes. Há muito debate sobre o glúten. Eu particularmente acho que há benefícios em sua restrição, mas em um público determinado. Mas na Nutrição são tantas as variáveis que fica difícil determinar o que trouxe benefícios, se a retirada dele próprio ou de todo o carboidrato da dieta, ou ainda a entrada de outro fator importante: o placebo. Gosto do Five Thirty Eight porque são obcecados com evidências e/ou números. Aqui um belíssimo texto deles sobre o tema que dá para ser estendido para outros campos.
Aqui um texto da Outside explicando para não termos medo de correr porque isso não nos matará. Lógico que ele veio no vácuo daquele estudo que deu o que falar. O “engraçado” é que o estudo acompanhou 5.000 por 10 anos, mas aos olhos de uns parece pouco. Você sabia que a diretriz nutricional de consumo de Sal foi estabelecida em um estudo com 412 pessoas por 30 dias? E aí?
Bernard Lagat é uma espécie de versão de Haile Gebrselassie do meio-fundo. Ele começou recentemente a rescrever o livro de recordes mundiais máster agora que ele chegou aos 40 anos. Aqui matéria do The New York Times antes dele bater a marca da Milha indoor.
Abaixo um vídeo da primeira parte de uma ação da PUMA com 5 corredores japoneses correndo 5km em 5 cidades. #IgniteTokio
De volta à programação normal. Maravilha!
Não que eu não goste de textos sobre nutrição, mas já li demais nos últimos 2 anos e guardei todos os seus textos naquela lista de ler-um-dia-se-tiver-tempo.
E sobre o estudo que “acompanhou 5.000 por 10 anos”, o problema do artigo não é a quantidade total de sujeitos. Os problemas principais, na minha opinião, são:
– O artigo busca “a dose ideal de exercício para aumentar a longevidade” (“the ideal dose of exercise for improving longevity” http://content.onlinejacc.org/article.aspx?articleID=2108914). Bem, com tantos fatores que podem confundir (e eles dizem ter tratado vários), acho complicado sequer tentar achar essa dose ideal. Deveriam ter sido mais modestos.
– O artigo concluiu apenas que “os que correm mais tem uma taxa de mortalidade não estatisticamente diferente do grupo sedentário” (“strenuous joggers have a mortality rate not statistically different from that of the sedentary group”). Ou seja, que não houve diferença estatística, não que “correr muito mata”. Os exageros foram feitos ou informalmente pelos autores ou por jornalistas.
Taí uma classe que merece um post como o que você escreveu sobre nutricionistas do esporte: jornalistas da ciência.
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Danilo,
Sobre o glúten vou discordar de novo de você. Acho que todo mundo pode ter benefícios ou, ao menos, se arriscar bem menos evitando glúten. Claro que quem não tem sensibilidade clara talvez não precise zerar seu consumo anual (eu mesmo como uma fatia de pizza aqui e ali ou tomo uma cerveja), mas evitar o glúten como princípio básico me parece uma excelente ideia.
O princípio que eu gosto de aplicar em relação ao glúten é o da Via Negativa (ver este post do Taleb https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=10150379534483375&id=13012333374 e você deve ter lido sobre isso no livro Antifrágil também do Nassim Nicholas Taleb).
Ou seja, evitar glúten não tem efeito colateral. Eu não preciso de números para me provar que eu não devo evitar glúten. Eu precisaria de números apenas se fosse para me dar evidências de que comer glúten é seguro no longo prazo.
A conclusão do 538
“If you don’t have celiac disease or a wheat allergy and are experiencing distressing gastrointestinal symptoms after eating gluten — lack of satisfaction with your stool consistency, for example — there is something like a 1 in 30 chance that the gluten is potentially responsible. If you cut out gluten and it makes you feel better, great. Although it may all be in your head.
If you are cutting out gluten for any other reason, all that will happen is you’ll feel the same, but without the pleasure of bread that tastes like bread.”
vai bem contra o princípio da Via Negativa. Para mim, é “bullshit”.
Melhor ler o Mark Sisson:
– http://www.marksdailyapple.com/does-gluten-have-any-effect-on-non-celiacs/
– http://www.marksdailyapple.com/gluten-free-fad/
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Não poderia concordar mais com vc….
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Mas o Taleb tb não bebe nada com menos de 1.000 anos. Ou seja, refrigerante nem socialmente. Será que nem socialmente vale o gluten??
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O Michael Joyner publicou outro post sobre o assunto exercício demais ser ruim ou não. E cita um artigo onde mostra a correlação quanto mais intenso menor o risco de morte por problemas cardiovasculares, sem achar um limite onde teria um efeito reverso ou nulo.
http://www.drmichaeljoyner.com/fitness-mortality-update/http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0735109714072489
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Ops, acho que os links saíram errados…
http://www.drmichaeljoyner.com/fitness-mortality-update/
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0735109714072489
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[…] Leia mais no original: https://blogrecorrido.com/2015/03/05/leituras-de-5a-feira-36/ […]
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