A sede como estratégia de treinamento

Sempre elogio o Alex Hutchinson porque ele é daqueles caras pertinentes que pensam fora da caixa e tem a teimosia de só defender a prática do que possui evidência. Dias atrás ele postou um texto interessante sobre desidratação que eu não escreveria porque o autor fala a um público muito heterogêneo, que pode correr na úmida Honolulu, no árido Arizona ou no congelante Alasca. Existe regra universal pra essa gente expondo uma estratégia de hidratação agressiva com promessa de ganho de desempenho? Não mesmo.

melancia aguaResumindo, Hutchinson explica que “forçar” uma leve desidratação nos treinos pode trazer melhoras se isso for algo planejado, quase periodizado. O problema é que ele cai no grave erro de cálculo de desidratação. A Nutrição e o Treinamento sairiam das trevas nesse assunto se aplicassem mais matemática nesses cálculos. Aquela conta de se pesar antes e depois do treino é de um erro atroz. Este outro texto aqui é quase que perfeito ao explicar como nosso glicogênio muscular confunde há décadas o cálculo superestimando muito as necessidades hídricas durante e após a corrida. Faça basicamente como recomenda Tim Noakes, beba de acordo com a sede. Nunca a mais! E como mostram levantamentos recentes, beber de menos pode ser interessante. E é aí que entra a parte legal do texto de Hutchinson.

Voltei algumas semanas atrás a correr aos sábados na USP. NADA me dá mais urticária do que ver uma volta de 6km ter postos de hidratação montados por assessorias. Nada me incomoda mais do que ir ao Ibirapuera e ver atletas tendo que beber a cada volta de 3km. Nada me parece mais nonsense do que ver atletas correndo com mochila ou cinto de hidratação a menos que você esteja treinando para algum evento muito longo e sem suporte. Treinadores e Nutricionistas parecem ver você como um sapo cururu que não pode sair de perto da lagoa sob risco de morte ou com o Q.I. de uma vassoura piaçava que não saberia a hora de beber algo.

Todo mundo sabe, o corpo é um pouco do reflexo do treinamento. Eduque seu organismo a ter um copinho de água gelada entregue em mãos a cada 10 minutos de corrida leve e não espere uma adaptação muito diferente. Eu, e isso é muito pessoal, tento não beber nada até 20km. Eu “me treino” assim. Tenho sede? Sim. Muita? Nada anormal. Perco desempenho? Talvez. Mas não estou treinando para ser melhor nos treinos. E é aí que Hutchinson acerta em cheio!

chashkaLeve desidratação, exercícios leves até quase moderado por até 1h30 sob temperatura amena não exigem nenhuma hidratação especial. Eu, e ainda entra meu achismo, acho que correr sem água nos meus treinos me ajuda, me faz mais resistente. E o melhor de tudo: tenho uma enorme preguiça de parar ou de carregar água pra lá e pra cá. Bebo quando acabo. Se eu fosse fazer tudo o que meu corpo pede, eu não correria nunca.

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25 pensamentos sobre “A sede como estratégia de treinamento

  1. Fernanda Rolan disse:

    Bom dia! Sou uma corredora pangaré, treino sozinha e via de regra não há bebedouros, nem locais para comprar água onde corro. Portanto, ou levo água no cinto de hidratação que por si só é um estorvo, ou carrego na mão que também é um incômodo ou não bebo água até chegar em casa. Optei pela última opção já que usualmente não corro mais do que 18/20 k. No começo tinha um medinho de cair dura, desidratada no meio do caminhao mas isso nunca aconteceu.
    Conheço gente que não consegue correr 5k sem tomar meio litro d’água. Uma tremenda frescura.
    Acho seus textos e indicaçōes muito pertinentes e me divirto quando levanta algumas polêmicas.
    Um abraço,
    Fernanda

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    • Eowyn Istari disse:

      Bom dia Fernanda!!

      Sabes, beber água nem sempre tem a ver com “frescura”. Eu por exemplo, mesmo que seja um passeio de 2km tenho de levar água, porque como sou asmática, e só respiro por uma narina, caso não vá constantemente bebericando água/molhando a boca, tenho um ataque de asma.

      Nem sempre o que não se aplica a uma pessoa, se deve aplicar a outra 😉

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      • renataster disse:

        Eu levo cinta porque morro de sede (moro numa das cidades mais secas do mundo!)…. mas essa historia de “beba agua mesmo sem sede” nao se aplica a mim nao….

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  2. Julio Cesar Kujavski disse:

    Eu não treino aí em SP mas imagino como deve ser. E quando estou numa prova de 10 km ou mesmo meia maratona e vejo corredores com cintos cheios de garrafinhas e sachês de gel carboidrato ou mochila de hidratação é bem como você diz: Me dá uma preguiiiiça.. E às vezes até me pergunto o que estou fazendo ali. Por essas e outras que me aproximo cada vez mais do atletismo master de pista.

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  3. Marcel Pracidelle disse:

    Treinos leves de até 15km eu passo sem beber água numa boa, se for mais intenso a sede me incomoda. Minha assessoria tem 2 postos de hidratação na USP. Para a volta de 6km, só uso um, mas o fato de ter dois, me ajuda a ter liberdade para fazer voltas maiores ou caminhos diferentes. O que penso diferente é em relação ao gel de carboidrato, pq se eu treinar sem e usar 4, 6 ou 8 numa maratona, eu não sei como meu estômago irá reagir. Então simulo no treino o que farei na prova. Quanto a perda de peso durante a corrida, eu perco em média, 1,5kg a cada 10km…

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  4. Balu, teus textos são libertadores. Obrigado por ser uma voz coerente e não aceitar cair no senso comum que impera hoje no mundo das corridas. Pra mim isso é um aspecto muito relativo ao clima. Até agora no inverno não bebi líquido em nenhum treino. Já treinei até 25 km sem água. Mas, no verão, a partir de 1h15 mais ou menos, eu costumo levar uma garrafinha pequena. Neste fim de semana farei uma prova de 5 km com posto de hidratação no km 2.5. Pra que, pergunto-me. Já vi posto de hidratação há 400m da chegada!

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  5. Breno disse:

    Nem 8 nem 80. Aqui em Brasília com a umidade relativa do ar batendo próximo dos 20% quero ver fazer 20 km sem água. Bebo bastante água, mas aí é porque sinto sede e transpiro muito mesmo. De todo modo acontece mesmo isso de educar o corpo…atualmente consigo fechar uns 5 kms sem beber água.

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  6. Cesar Augusto Martins disse:

    Os mais antigos lembram-se que os treinadores não deixavam o atleta beber água durante um treino ou mesmo durante uma prova (isso há uns 30, 40 anos atrás, eu acho). Daí, mais uma vez vieram os cientistas com seus números mágicos “provando” que era obrigatório hidratar-se antes, durante e depois da atividade. E conseguiram inclusive determinar a quantidade de água necessária por minuto ou por quilômetro percorrdo! (Eu morro de rir com isso) A sorte dos cientistas é que as pessoas impressionam-se e enganam-se facilmente com números. Incluindo os próprios cientistas! Pois eu gostaria que esses respeitáveis donos da verdade fossem um pouco mais humildes. Quem sabe, antes de querer quebrar os paradigmas, tentassem primeiro encontrar uma explicação para eles. Balu, lembra do seu post sobre os macacos levando choque ao subir na escada para pegar a banana? Existia um motivo para o macaco apanhar dos outros, sim! Ninguém sabia explicar, mas existia um motivo. Outro dia li outro post seu onde você sugeriu lermos um texto (ótimo) de um cara que detonou a importância do alongamento. Pois bem. Ele mesmo dizia no texto que, apesar de tudo, continuava fazendo alongamento! Não pelos motivos divulgados pelos especialistas, mas pelo simples motivo de se sentir melhor fazendo-o. Então… que tal a gente dar ouvidos aos que tentam explicar o porquê da boa prática, dos nossos costumes e tradições? Muitas vezes, é bem melhor que cair na conversa daqueles que chegam cheio de números e fórmulas mágicas, querendo desqualificar, ou explicar coisas que todos sabemos que não são tão facilmente explicáveis.

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  7. Cara, como gosto de ler seus textos,

    Eu tb tenho essa mania de questionar o que todo mundo aceita religiosamente como certo.
    Treino em jejum qdo tenho pouco tempo, treino sob sol forte quando é o único horário que tenho, e treino às vezes até 20 kms ou mais sem água. Até agora tem funcionado muito bem pra mim – me sinto ‘otimamente bem’ depois de cada treino – ás vezes 5k, às vezes 30 ou 40k, tomando água qdo bate a sede, às vezes entro numa pastelaria no meio do treino e como um pastel frito com coca cola, às vezes com música, às vezes sem e sigo me divertindo muito. (nessa onda já foram 3 ultramaratonas, 6 maratonas e muitas meia maratonas sem ter nenhuma lesão) …E assim pretendo continuar.

    Bom saber q não sou o único a achar q “quem manda nessa zorra de treino de corrida sou eu e pronto”. kkkkkkk

    Excelente texto

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  8. Perfeito. Quando comecei a correr me vieram com essa orientação de tomar água a cada meia hora. Ainda bem que minha assessoria não era das mais abastadas e só tinha água no local de encontro e geralmente só voltava nela no fim do treino.

    Depois que passei a treinar por conta própria, comecei a não tomar mais água nos treinos, muito pelos motivos que você falou no fim do texto. Não queria segurar nada, queria as mãos livres e onde eu treino não tem água fácil. A preguiça e a liberdade das mãos me fez correr sem água.

    Hoje, treinos de até 21 ou 22 km faço sem nada de água ou gel. Vou direto. Penso que no treino, ficar sem água é bom. Minha sede não é nada de anormal e ainda me preparo para as corridas que não tem postos de hidratação ou tem em lugares muito espaçados. Vejo gente reclamando de hidratação em prova de 5 km.

    Corro sem água há alguns anos e ainda estou vivo. Parece que funciona. Quando vejo pessoas tomando água ja no km 3 da maratona porque tem que beber água, dá um negócio ruim. E depois dá na pessoa também, que fica cheia de água na barriga e não consegue correr direito.

    É difícil colocar isso na cabeça das pessoas. Falo isso e a pessoa já vem com “mas meu treinador falou isso, minha assessoria aquilo”. Nem perco mais meu tempo. Só corro, sem água.

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    • Julio Cesar Kujavski disse:

      E os corredores que já no primeiro posto de hidratação pegam um copinho só pra jogar na cabeça ? Uma vez estava uma prova em Curitiba bem cedinho num dia frio, e o cara pega 2 copinhos já no km 3 e bebe um e derrama o outro sobre a cabeça, fiquei meio atônito, até perdi meu ritmo por alguns segundos.. hehehe. O que acontece muitas vezes é o corredor tentar compensar a falta de treino com a hidratação, por isso dão tanta atenção pra isso nas provas, acham que se tiver mais postos de hidratação vai compensar a falta de treino. E ai do organizador se não tiver um posto a cada 3 km, que hoje em dia já mudou pra 2,5 km, e de preferência com água e isotônico, e de preferência bem gelados.

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      • Tadeu Góes disse:

        “O que acontece muitas vezes é o corredor tentar compensar a falta de treino com a hidratação, por isso dão tanta atenção pra isso nas provas, acham que se tiver mais postos de hidratação vai compensar a falta de treino. E ai do organizador se não tiver um posto a cada 3 km, que hoje em dia já mudou pra 2,5 km, e de preferência com água e isotônico, e de preferência bem gelados.”

        Por isso estou gostando cada vez mais de correr, e menos de corrida!

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      • Deh disse:

        Definição perfeita, eu gosto mais de correr do que me inscrever em corrida, fico tensa demais (vide meu estado de ~nelvos~ antes da G4).

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  9. Andreia disse:

    CORRO HÁ UM ANO, E DEPENDENDO DA TEMPERATURA CORRO MEUS 10KM TRANQUILAMENETE SEM AGUA, MAS SE O SOL TIVER DE RACHAR O CANO NAO TEM JEITO

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  10. Hélio Shiino disse:

    E se formos interpretar alguns desses atletas como que se estivessem adotando a logística de não perderem segundos preciosos durante uma prova não tendo que disputar com os demais competidores??? – Nem estou relevando se “batem o ponto” de X em X minutos.

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  11. Giovana Kaupe disse:

    Existe uma diferença grande entre “poder” e “dever” beber água no treino. As assessorias devem sim oferecer água em um ou mais postos (claro que eu vou defender meu lado né? Kkkkk), por uma razão: atendem muitos corredores, com necessidades diferentes. Uma coisa é o treinador empurrar água goela abaixo dos atletas, outra é oferecer. Quem treina iniciantes, sabe que eles pedem água mais vezes, quem faz treinos longos vai precisar em alguma volta, quem sua muito vai sentir mais sede. E a assessoria lida com todos eles ao mesmo tempo. Errado é afirmar que precisa tomar água mesmo sem sede e toda hora. A percepção de sede tb não é fixa, mas de forma geral regula bem a hidratação. Eu particularmente bebo água várias vezes no treino, pq sim, sinto sede, pq corro onde tem água, pq me sinto bem e faço provas que contam com hidratação.

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  12. Marcelo Nakano disse:

    Quando eu treinava na Alemanha a gente saía pra correr na floresta, onde nao havia qualquer tipo de suporte pra se hidratar ou alimentar (nenhum bebedouro, rio, fonte, nada). Nosso grupo tinha uns 4-8 caras e ninguém nunca levou nada consigo pros treinos, que duravam cerca de 1,5h-2h e com volume entre 10-18km (sejam estes com tiros das mais variadas intensidades, fartleks ou rodagens).

    Sempre tive um bom desempenho nos treinos lá e uma evolucao muito grande. Fico com a impressao de que aqui no Brasil preocupa-se mais com o que cerca a corrida do que com o treino propriamente. Muita frescura e pouco treino.

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  13. Deh disse:

    Ixe. Água eu nunca tomo antes de dar 1h de treino. Se estiver um calor do demônio (muito comum aqui em Bauru) e o treino for longo (acima de 15) paro na metade e bebo uns goles pra ajudar a descer a bananinha/damasco. Tenho dificuldade em entender o lance do TEM QUE, seja qual. TEM QUE pendurar mil sacos de carbogel na roupa. TEM QUE tomar suplemento (não tomo de jeito nenhum). TEM QUE bla bla bla (no momento tô indignada pensando como assim “é pra beber um golinho de isotônico toda vez que tiver ponto na G4”, orientação da nutricionista. Por outro lado fico pensando no meu corpo coberto de sal depois dos treinos e…sei lá. É minha primeira meia, sou corredora pangarezona, corro “pouco” – 21 não é pouco não – e sou lenta. Não sei como vou reagir na hora da prova). O TEM QUE é de amargar. E é de amargar também isso do “o que cerca a corrida” que o Marcelo falou ali em cima. Às vezes acho que pra muita gente é mais a paquitagem do que a corrida em si. Nada contra (até conheço gente que curte e tal) mas pra mim isso não faz parte não.
    Tenho seguido o blog e a fanpage de uns dias pra cá e tenho gostado muito do conteúdo, parabéns!

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  14. Nishi disse:

    Ufa, ainda bem que você perdoou o pessoal das mochilas que treinam pra provas sem suporte, ia me sentir meio mal lá na USP… rs… falando sério, eu tendo a concordar com a Giovana e o Marcel, a respeito de mais postos trazerem mais possibilidades de percursos e treinos, o que não se traduz ou não se deve traduzir na obrigatoriedade de que a pessoa tenha que pegar água a todo instante. Mas entendo o ponto de vista, no sentido de que isso pode criar uma proto-dependência aquífera.

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  15. Hélio Shiino disse:

    Acabei de voltar do treino. Saí sem beber água. – Foi automático. Nada proposital – Fiz 11,9km sem uma gota de líquido. – Novamente. Foi automático. Nada proposital – Faz tempo que não bebo líquido em treino, ainda mais nesta época fria do ano. – Voltei para casa e fui direto para o banho. – Idem. Por um estalo, lembrei deste post que havia lido de manhã.

    Muitos fatores contribuíram para eu abstrair da necessidade de líquido a todo momento e compreender que estar hidratado não necessariamente quer dizer um estado após beber líquido constantemente.

    Faz 2 anos, depois de 1 ano de corridas oficiais, os fatos, não necessariamente todos ligados a corrida, foram acontecendo nesta ordem ao longo deste 2 anos até chegar ao estágio citado no 1º parágrafo.

    – Ficar pegando água em todos os postos me fazia perder segundos preciosos nas provas.
    – Uma pessoa me recomendou fortemente parar de beber líquido nas grandes refeições (janta e almoço)
    – Para eu aceitar parar de beber líquido eu precisava compreender o porquê desta recomendação.
    – Sabiamente, algum animal, não ser humano, come e bebe alternadamente como 95% da população mundial (números chutados aproximados)??? Sem a ajuda dos universitários, a resposta é NÃO. O ser humano é o único animal que adota o hábito de comer e beber alternadamente durante uma grande refeição. Simplificando, o nome disso é “empurrar a comida goela abaixo por preguiça de mastigar”. E se você perguntar para alguém o porquê de beber enquanto come, ele lhe dirá porque está com sede. MENTIRA. Se mal acostumou e pratica este vício no “piloto automático”.
    – Releia o 2º parágrafo. Você pode estar hidratado sem beber líquido! Levou um susto? Muita gente entende estar hidratado como algum processo que passe por estar com a boca molhada.
    – Pepino – uma das maiores fontes de água. Alface entre outras comidas. Muitos alimentos hidratam o corpo através das moléculas de água e não tão somente através de líquido na forma como conhecemos.

    Então, o primeiro passo que eu dei para eu não ficar “maluco” por água, nos treinos e provas, foi retirar a ingestão de qualquer líquido nas grande refeições. Foi difícil??? Extremamente difícil!!! É parar de ter preguiça em mastigar os alimentos! O seu estômago lhe agradecerá eternamente por você ter parado de jogar patacas de comida para que ácido gástrico fizesse o serviço que é inerente a mastigação mas você era preguiçoso.

    O passo seguinte foi ligado a corrida. Aí já foi mais fácil.

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  16. […] escrevo em 5 minutos. Não tem como “amar” nem chamar de “libertador” (usaram isso quando falei sobre hidratação) algo escrito com preguiça e rabugice. Eu procrastino todos os meus textos, não fazem ideia o […]

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  17. […] Quando falei dias atrás sobre passar sede, muita gente falou que “é impossível (pra mim) correr X quilômetros sem água”. Então faço um desafio, num dia ameno (15-20⁰C) coloque um quebra-vento, manguito, luvas e legging (ou meias de compressão), reduza 2km dessa sua distância mínima sem água e tente correr. Tente! Tente a sorte! Seu motor vai fundir, você vai quebrar. […]

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