Leituras de 4a Feira

6 desocupados…DIGO, corredores… corredores!, se juntaram pra correr 6 maratonas em 6 dias seguidos. Detalhe: eram 42km indoor! É muita falta do que fazer ou falta de laje pra encher ou de louça pra lavar…

Incrível o domínio africano recente na maratona

Incrível o domínio africano recente na maratona

Essa imagem ao lado pode ser o gráfico do ano. Ele indica não só a incrível dominância africana entre os Top 100 maratonistas anualmente, mas o assustador e recente crescimento desse domínio. *a saber, o gráfico vem desse levantamento de 2013.

Ainda sobre o tal gráfico, algumas opiniões e palavras sempre pertinentes do ótimo Ross Tucker a respeito do domínio queniano.

Semana passada falava da vaquinha virtual que a Maurren Maggi faz para poder treinar sem patrocinador. No mesmo dia, o Erich Beting escreveu um texto interessante sobre patrocínio em seu blog no UOL. Concordo muito com o que diz Beting sobre a visão paternalista que atletas brasileiros têm em relação às empresas e patrocínio. Quem já trabalhou com isso em qualquer marca esportiva se cansa de receber desde propostas a reclamações que beiram o surreal. O brasileiro não entende muito bem o papel das empresas na fomentação do esporte, o enxerga quase como uma função social, não como uma relação profissional de trocas. Por gostar da Maurren (no âmbito pessoal mesmo), preferi não me alongar quando publiquei o link porque iria ferir susceptibilidades alheias. A proposta da saltadora está crua, foi descuidada talvez porque ela aposta em seu inegável carisma, mas era preciso mais. Por outro lado, quase sempre quando falo de corrida, tenho que discordar um pouco do que fala Beting. A Copa é uma muleta na hora do “não” polido e educado que você tem que dar, mas é um fato inegável no ano de 2014. Listar como ele listou casos de empresas e patrocínios fora do futebol não serve pra provar nada. A Copa pode não ter parado o mercado de patrocínio esportivo, mas afetou muito mais do que isso. Na corrida basta ver as ações da Nike e adidas. Ou é mera coincidência o maior circuito de corridas de rua migrar assim tão de repente? Isso pra citar apenas um exemplo, do jeito que ele fez.

O Shoe Addicts elegeu a adolescente-sensação Mary Cain a atleta americana do mês de fevereiro. Vídeo abaixo:

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7 pensamentos sobre “Leituras de 4a Feira

  1. Nishi disse:

    Rá, eu acompanho, em francês (ou seja, não acompanho), um organizador de maratonas indoor em Québéc/Montreal. Entre novembro e março é praticamente impossível correr outdoor por lá, muuuuita neve, temperatura que varia entre -10ºC e -40ºC. Já cogitei fazer uma maratona indoor…

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  2. Não sei o que é pior: Se esses caras que correm maratonas por dias seguidos (parece que teve um que correu 365 num ano) ou os corredores de provas esquisitas no meio da selva ou do mato ou do deserto ou no gelo, ou ultra de montanha, ou sei lá como se chama isso, cuja duração é de 3, 4, 7 dias…
    Ainda não criaram a prova de ultramaratona se arrastando num manguezal, com direito a uns caranguejos pendurados nas orelhas, mas acho que não falta muito.

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    • Nishi disse:

      Pois é, quer coisa mais absurda também do que esse pessoal que inventou de correr dando 1, 2, ou pior, 3,75 voltas em pista oval? Pra que isso? Tem gente que chega a dar 25 voltas, coisa mais esquisita!!

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  3. Adriana Piza disse:

    Muito interessante esse levantamento do domínio africano! De 16% para 94% !!!!! No artigo eles também fizeram o levantamento para a maratona feminina…mas pelo resumo do artigo só dá para saber que em 2011 entre as 100 melhores 52% eram africanas. Fiquei curiosa, por que será que na maratona feminina elas também não dominaram nas mesmas proporções que a masculina? Será que ainda não deu tempo e ainda vai acontecer? Ou será que existiria alguma característica genética, fisiológica, cultural….diferente dos homens africanos?

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    • Danilo Balu disse:

      Eu tenho minhas desconfianças… Qto mais pobre, mais corrupto e menos democrático um país, mais diferenças há nos direitos de homens e mulheres. No antigo recorrido postei esse belo texto sobre a Tegla Lourope (http://online.wsj.com/news/articles/SB10001424052702303843104579169881599887664). No Quênia, até bem pouco tempo atrás (anos 90), correr era coisa de… bom, mellhor nem dizer…. só homem podia correr! Pra mim, do que vc falou (“genética, fisiológica, cultural”), a explicação é mto mais cultural.

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      • Adriana Piza disse:

        Muito bom o texto! Não me lembrava dele! Realmente acho que essa é a explicação…acho que potencial para serem 90% entra as 100 é o que menos falta!!!

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      • Nishi disse:

        Também acho. Explodiu agora, mas tem corredor queniano aparecendo desde a década de 60. Aparece, um, dois, quatro, dezesseis, sessenta e quatro… entre as mulheres, por causa desse “atraso” esportivo-cultural, elas estão na segunda ou terceira geração de corredores.

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